Hubs de tecnologia dão vida nova a antigas regiões

4 out 2021
Por Agência EY

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4 out 2021

Experiências como o Porto Digital, no Recife, aliam a inovação tecnológica como a movimentação da economia e recuperação de áreas urbanas

Unir a inovação tecnológica com a revitalização urbana. Conhecidas como “hubs de tecnologia” as startups estão mudando, para melhor, a realidade em regiões degradadas de grandes cidades do Brasil e do mundo. O melhor exemplo é o Recife, onde, desde os anos 2000, o hub de tecnologia instalado no centro da capital pernambucana atraiu empresas para uma região praticamente abandonada, ofereceu novas oportunidades de negócios, empregos e ganhou diversos prêmios nas áreas de tecnologia e urbanismo.

Outras cidades, como Salvador (BA) e Varginha (MG), também apostam em hubs de tecnologia para melhorar espaços urbanos e gerar oportunidades de negócios na área de inovação, especialmente para os mais jovens.

“Os hubs são uma maneira de revitalizar antigos espaços urbanos e criar um novo polo de atração para espaços degradados e desvalorizados”, explica Rafael Colnago, consultor da EY. A EY desenvolve, desde o ano passado, um estudo sobre como a tecnologia pode melhorar a vida dos cidadãos.

No caso do Recife, o objetivo é coletar e analisar informações para criação da primeira plataforma aberta da América Latina com dados sobre o ambiente de negócios. Segundo o relatório anual da EY de 2020, empreendedores, comunidades locais, iniciativa privada e governo poderão consumir os dados dessa nova plataforma para entender como podem prestar melhores serviços aos cidadãos.

“É um projeto com foco em empreendedorismo e desenvolvimento socioeconômico e que também propiciará maior engajamento da população e integração entre as diferentes áreas da gestão do município”, diz o estudo da EY, sobre o trabalho desenvolvido no Recife.

Criado no ano 2000, com o objetivo de reter bons profissionais na cidade e de revitalizar a região central do Recife, o Porto Digital se transformou rapidamente em case de sucesso. Atualmente o projeto ocupa uma área de 171 hectares no Bairro do Recife e um polo em Caruaru, no interior.

Foram investidos mais de R$ 90 milhões públicos e privados, na última década, no patrimônio arquitetônico e infraestrutura. “O Porto Digital complementa as ações de revitalização, no esforço de demonstrar que é possível combinar o desenvolvimento tecnológico com a preservação da história e da cultura”, explica o texto de apresentação na página oficial do projeto. Atualmente, funcionam na área do Porto Digital cerca de 330 empresas, organizações de fomento e órgãos públicos municipais e estaduais. Aproximadamente 11 mil trabalhadores atuam na região e o faturamento anual registrado em 2019 foi de R$ 2,3 bilhões. 

“A chegada das empresas em um determinado lugar cria um círculo virtuoso em uma região que estava abandonada. Com elas vêm os trabalhadores, novos restaurantes, investimentos, segurança etc”, explica Colnago. “Nesse processo, muitos talentos profissionais também são atraídos e permanecem na região, provocando melhoria na qualidade de vida para todos”, conclui o consultor da EY.

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Resumo

Os chamados "hubs de tecnologia", como o Porto Digital, no Recife, aliam a inovação tecnológica como a movimentação da economia e recuperação de áreas urbanas.

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