
Capítulo 1
Relatórios ESG
Identificação das áreas financeiramente mais relevantes em termos de desempenho organizacional e valor de longo prazo e mapeamento dos maiores desafios para utilidade e eficácia.
Com relação aos relatórios ESG da sua organização, foram identificadas como as áreas financeiramente mais relevantes em termos de desempenho organizacional e valor de longo prazo:
- Desempenho de inovação (25% dos entrevistados no Brasil em comparação com 24% globalmente).
- Questões de governança, como comportamento ético e anticorrupção, incluindo questões como denúncias e tratamento de dados pessoais (23% dos entrevistados no Brasil em comparação com 22% globalmente).
- Questões sociais, como geração de empregos e riqueza (23% dos entrevistados no Brasil em comparação com 20% globalmente).
- Questões ambientais, como risco climático (15% dos entrevistados no Brasil em comparação com 18% globalmente).
- Questões de pessoas, como diversidade e inclusão (15% dos entrevistados no Brasil em comparação com 16% globalmente).
Considerando os relatórios ESG divulgados nas organizações, foram mapeados os maiores desafios para utilidade e eficácia:
- A falta de informações em tempo real (45% dos entrevistados no Brasil em comparação com 33% globalmente).
- A falta de foco nas questões materiais que realmente importam (40% dos entrevistados no Brasil em comparação com 38% globalmente).
- A falta de divulgações prospectivas (38% dos entrevistados no Brasil em comparação com 32% globalmente).
- A falta de informações sobre como a empresa cria valor a longo prazo (33% dos entrevistados no Brasil em comparação com 38% globalmente).
- A desconexão entre os relatórios ESG e as informações financeiras convencionais (28% dos entrevistados no Brasil em comparação com 39% globalmente).

Capítulo 2
O futuro
O estudo faz uma previsão sobre como se preparar para os próximos 3 anos.
Olhando para os próximos três anos e considerando as suas principais prioridades para finanças e relatórios, os executivos de finanças priorizarão principalmente as áreas de tecnologia abaixo:
- A versão mais atualizada das ferramentas de Enterprise Resource Planning (ERP) (45% dos entrevistados no Brasil em comparação com 37% globalmente).
- Inteligência Artificial (IA) (43% dos entrevistados no Brasil em comparação com 37% globalmente).
- Ferramentas baseadas em blockchain (40% dos entrevistados no Brasil em comparação com 23% globalmente).
- Ferramentas de planejamento e previsão empresarial baseadas em nuvem (30% dos entrevistados no Brasil em comparação com 37% globalmente).
- Advanced Analytics ou Predictive Analytics (25% dos entrevistados no Brasil em comparação com 38% globalmente).
- Robotic Process Automation (RPA) (18% dos entrevistados no Brasil em comparação com 28% globalmente).
Sobre as necessidades de agregar e analisar dados não financeiros, foram apontados como sistemas ou recursos de dados mais importantes para os próximos três anos:
- Ferramentas avançadas de análise e capacidade de IA para analisar grandes quantidades de dados não financeiros para avaliar as implicações financeiras de questões e riscos ESG (40% dos entrevistados no Brasil em comparação com 32% globalmente).
- Ferramentas avançadas de análise e capacidade de IA para produzir dados e divulgações ESG (28% dos entrevistados no Brasil em comparação com 22% globalmente).
- Plataformas de relatórios que facilitam para as equipes financeiras relatar o desempenho e os riscos ESG financeiramente relevantes (28% dos entrevistados no Brasil em comparação com 21% globalmente).
- Sistemas para coletar dados ESG que são tão robustos quanto os sistemas usados atualmente para coletar dados financeiros (5% dos entrevistados no Brasil em comparação com 21% globalmente).
Pensando na interrupção dos últimos 18 meses e no impacto da pandemia da Covid-19, foram identificadas como mudanças mais importantes implementadas em finanças e relatórios como resultado:
- Aceleração da transformação da tecnologia de core finance, incluindo maior uso da computação em nuvem (63% dos entrevistados no Brasil em comparação com 39% globalmente).
- Aprimoramento dos relatórios corporativos para atender as crescentes demandas de divulgações não financeiras sobre desempenho ambiental, social e de governança (ESG) (48% dos entrevistados no Brasil em comparação com 37% globalmente).
- Automatização de uma quantidade maior de processos básicos de finanças e relatórios (33% dos entrevistados no Brasil em comparação com 32% globalmente).
- Desenvolvimento de análises de dados mais ágeis e capacidade de previsão (18% dos entrevistados no Brasil em comparação com 32% globalmente).
- Transformação do modelo operacional de função financeira, incluindo maior uso de terceirização e serviços gerenciados (18% dos entrevistados no Brasil em comparação com 31% globalmente).
Ao mesmo tempo, os líderes financeiros estão buscando novas formas de trabalhar à medida que adotam a disrupção, a inovação e a mudança resultantes da pandemia da Covid-19. A pesquisa mostra que 57% dos entrevistados no Brasil disseram que usarão uma abordagem de trabalho híbrida para práticas de trabalho pós-pandemia da Covid-19 no futuro (em comparação com 56% globalmente). E, ainda, 23% dos entrevistados no Brasil disseram que usarão um modelo de trabalho totalmente remoto para práticas de trabalho pós-pandemia da Covid-19 no futuro (em comparação com 23% globalmente). E, por fim, 20% dos entrevistados no Brasil disseram que usarão um modelo de trabalho principalmente presencial e no escritório para práticas de trabalho pós-pandemia da Covid-19 no futuro (em comparação com 21% globalmente).
Olhando para os próximos três anos, foram identificadas como principais habilidades que as pessoas de finanças precisarão adquirir para ter sucesso em suas funções:
- Capacidade de inovação (33% dos entrevistados no Brasil em comparação com 28% globalmente).
- Compreensão de tecnologias avançadas, como automação e Inteligência Artificial (IA) (30% dos entrevistados no Brasil em comparação com 36% globalmente).
- Inteligência emocional (28% dos entrevistados no Brasil em comparação com 19% globalmente).
- Qualificações formais de contabilidade (28% dos entrevistados no Brasil em comparação com 17% globalmente).
- Análise de dados e previsão avançada (23% dos entrevistados no Brasil em comparação com 35% globalmente).
- Capacidade de resolução de problemas (23% dos entrevistados no Brasil em comparação com 29% globalmente).
- Perspicácia comercial (20% dos entrevistados no Brasil em comparação com 16% globalmente).
- Habilidades de comunicação e influência (18% dos entrevistados no Brasil em comparação com 21% globalmente).

Capítulo 3
Líderes financeiros e stakeholders
O estudo destacou os stakeholders internos e externos com quem os líderes financeiros tiveram maior contato a respeito de medição ou divulgação de desempenho ou riscos não financeiros ou ESG:
Por fim, os líderes financeiros reconhecem o importante papel dos padrões de relatórios ESG na comunicação eficaz da sua estratégia de valor de longo prazo. No Brasil, 93% dos entrevistados disseram que seria útil se os formuladores de políticas desenvolvessem padrões consistentes para medir e comunicar o desempenho ESG, semelhantes aos principais padrões aceitos para relatórios financeiros (em comparação com 76% globalmente). E, ainda, 90% dos entrevistados no Brasil disseram que seria útil se os formuladores de políticas obrigassem a relatar as medidas de desempenho ESG em relação a um conjunto de padrões globalmente consistentes (em comparação com 74% globalmente). Por último, 93% dos entrevistados no Brasil disseram que seria útil se os formuladores de políticas exigissem garantias independentes em torno do relatório de medidas de desempenho ESG (em comparação com 75% globalmente).
Nos últimos 12 meses os líderes financeiros tiveram maior volume de interações significativas com os seguintes stakeholders internos em termos de medição ou divulgação de desempenho ou riscos não financeiros ou ESG:
- Chief Sustainability Officer, no desempenho da organização em relação às métricas ambientais financeiramente relevantes (53% dos entrevistados no Brasil em comparação com 48% globalmente)
- Chief Human Resources Officer, em torno de questões como talento e engajamento de funcionários (50% dos entrevistados no Brasil em comparação com 41% globalmente).
- Boards and audit committees, sobre tópicos de relatórios não financeiros (50% dos entrevistados no Brasil em comparação com 39% globalmente).
- Head of operations, em torno de questões como emissão de carbono e indicadores operacionais (43% dos entrevistados no Brasil em comparação com 41% globalmente).
- Head of supply chain, em torno de questões como riscos éticos na cadeia de suprimentos da empresa (40% dos entrevistados no Brasil em comparação com 39% globalmente).
Nos últimos 12 meses os líderes financeiros tiveram mais volume de interações significativas com os seguintes stakeholders externos em termos de medição ou divulgação de desempenho ou riscos não financeiros ou ESG:
- Principais fornecedores da organização, em torno de métricas de sustentabilidade (55% dos entrevistados no Brasil em comparação com 41% globalmente).
- Investidores e outros participantes do mercado de capitais, para entender o que eles querem e exigem dos relatórios ESG da sua organização (45% dos entrevistados no Brasil em comparação com 45% globalmente).
- Reguladores e normatizadores, em torno de métricas ESG e relatórios não financeiros (38% dos entrevistados no Brasil em comparação com 42% globalmente).
- Representantes do governo, em torno de programas liderados pelo governo para fornecer apoio financeiro (38% dos entrevistados no Brasil em comparação com 37% globalmente).
- Grupos de defesa ambiental, como grupos de ação climática (35% dos entrevistados no Brasil em comparação com 36% globalmente).
Resumo
O mundo enfrenta desafios significativos, desde a construção da prosperidade pós-pandemia da Covid-19 até a abordagem das principais ameaças ambientais. Relatórios corporativos aprimorados podem desempenhar um papel central em ajudar as organizações a navegar pela turbulência e construir um futuro sustentável. CFOs e líderes financeiros devem desempenhar um papel estratégico importante na aceleração da transformação dos relatórios corporativos – criando transparência no desempenho ESG e ganhando a confiança de investidores e outros stakeholders.