29 jul 2021

Estudo Global de Desinvestimento Corporativo 2021

Por Fabio Schmitt

Sócio-líder da EY-Parthenon para Brasil

Apaixonado pela área de transações corporativas e por ajudar seus clientes a gerar valor – além de ser um ótimo mentor.

29 jul 2021

O ano passado ressaltou a rapidez com que as necessidades de tecnologia podem mudar. Negócios que foram considerados decisivos no portfólio agora podem estar desnecessariamente utilizando recursos limitados e utilizando capital que poderia ser empregado em outro lugar. 

Quase todos os respondentes brasileiros do nosso estudo Global Corporate Divestment Study - 95% afirmam manter ativos em seu portfólio por mais tempo que deveriam. O estudo global de desinvestimento corporativo deste ano revela que as empresas que executam desinvestimentos estão falhando em atender às expectativas de preço, prazo de venda e impacto do múltiplo valuation sobre o negócio remanescente (RemainCo).

Isso está acontecendo mesmo em um mercado aquecido de transações. Há um ano, 86% das empresas brasileiras respondentes disseram que planejavam realizar desinvestimentos nos próximos 24 meses. O que vem gerando um alto volume de desinvestimentos entre fim de 2020 e 2021.

A falta de sucesso em atender as expectativas com as transações mostra que nunca foi tão importante que os CEOs conectem a estratégia da companhia com decisões de desinvestimento. Para conseguir aumentar o crescimento e o valor para os stakeholders, as empresas precisam de uma clara visão do papel que cada negócio representa na estratégia corporativa e como eles contribuem a longo prazo.

Mesmo um negócio de forte desempenho, mas que não se encaixa na estratégia da companhia, pode estar utilizando capital que poderia ser mais bem empregado em outro negócio, com maior impacto. Comunicar esta proposta de valor pode ajudar a conseguir o apoio dos stakeholders na hora de decidir separar algum ativo ou negócio. Os CFOs também reconhecem que precisam melhorar seus processos e frequência de revisão de portfólio, para melhor orientar as decisões estratégicas de desinvestimento.

Isto exige analisar rigorosamente os negócios em relação às principais métricas e estar preparado para agir assim que ficar claro que o negócio deve ser desinvestido. O valor de um negócio que não vem recebendo o capital e atenção necessários pode rapidamente se degradar. Por fim, o desinvestimento deverá representar uma oportunidade para reimaginar a companhia remanescente, RemainCo.

Reavaliar seu propósito e visão pode exigir uma reformulação da estrutura de negócios, levando foco para produtos, mercados, cadeia de valor ou funções. Essas decisões críticas podem ajudar as empresas a usar os desinvestimentos para aumentar valor aos stakeholders, incluindo acionistas, enquanto transformam sua empresa - e seu modelo operacional - para capturar crescimento futuro.

Das empresas brasileiras, 95% afirmaram que mantiveram ativos no portfólio quando já deveriam os ter desinvestido. E esse número não é alto apenas o Brasil. Dos respondentes no mundo, 78% também afirmaram ter mantido ativos por tempo demais. Em 2021, chegamos a nona edição do Global Corporate Divestment Study, revelando que as empresas precisam construir uma relação mais forte entre a estratégia da companhia e seus desinvestimentos para atender o desempenho esperado pelos stakeholders.

 

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Resumo

Quase todos os respondentes brasileiros do nosso estudo Global Corporate Divestment Study - 95% afirmam manter ativos em seu portfólio por mais tempo que deveriam. O estudo global de desinvestimento corporativo deste ano revela que as empresas que executam desinvestimentos estão falhando em atender às expectativas de preço, prazo de venda e impacto do múltiplo valuation sobre o negócio remanescente (RemainCo).

Sobre este artigo

Por Fabio Schmitt

Sócio-líder da EY-Parthenon para Brasil

Apaixonado pela área de transações corporativas e por ajudar seus clientes a gerar valor – além de ser um ótimo mentor.