4 Minutos de leitura 22 out 2020
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Performance do Setor Bancário

Autores
Rui Cabral

Sócio-Líder de Risco e Finanças para o Setor Financeiro na EY

Apaixonado pela transformação do setor financeiro, diversidade e inclusão. Economista de formação, Consultor por vocação e pai de 2 filhos.

Rafael Schur

Sócio da EY e Líder do segmento de Mercado de Serviços Financeiros para o Brasil

Líder do segmento de Mercado de Serviços Financeiros, Rafael acumula mais de 25 anos de experiência no desenvolvimento de soluções para projetos que alinham estratégia, governança e tecnologia.

Ivan Habe

Associate Partner Líder de Pagamentos da EY

Consultor de negócios para o setor de pagamentos. Entusiasta e cheio de energia.

4 Minutos de leitura 22 out 2020
Related topics Serviços Financeiros

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Estudo da EY mostra que os custos de crédito crescentes intensificaram a pressão sobre a lucratividade.

Apandemia da COVID-19 teve um efeito profundo nas nossas vidas e, inevitavelmente, na vida das instituições financeiras. Os números que apresentamos neste estudo são apenas um reflexo limitado desses impactos, num setor que tem sido essencial para combater os efeitos na economia da pandemia e será crucial na recuperação econômica do país.

O Retorno sobre o Capital (ROE) dos bancos brasileiros diminuiu 7,7 p.p. no 1º semestre de 2020 (1S20) em relação ao 1º semestre de 2019 (1S19), registrando uma queda acentuada nos bancos que compõem a nossa amostra. O volume total de crédito do Sistema Financeiro aumentou 9,8% YoY, com maior ênfase para o segmento Pessoa Jurídica (PJ), que cresceu 11,5% YoY.

Para a média do grupo de bancos que constituem a nossa amostra:

  • O Lucro apresentou uma queda de 24% YoY.
  • A Margem Financeira Bruta aumentou 1% YoY devido ao acréscimo de volume que compensou a diminuição do spread das operações.
  • A receita de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias recuou 4% YoY devido à diminuição das transações com cartões e a uma queda nas receitas de administração de fundos(p10), sendo esperada uma pressão adicional devido à entrada em vigor do PIX.
  • As provisões para crédito de cobrança duvidosa aumentaram 72% YoY, sendo o principal indicador responsável pela diminuição do ROE.
  • Custos com pessoal e administrativos aumentaram 2% e 3% respectivamente, embora tenha sido declarado que a redução com despesas operacionais será um dos focos nos próximos trimestres alinhado com a mudança de comportamento dos clientes.
  • O CET1 reduziu 161 bps para 11,44%, fruto do aumento de ativos ponderados pelo risco de crédito

As empresas Corporate foram as principais beneficiadas com as novas contratações e renovações de crédito, na medida em que as grandes empresas utilizaram linhas de crédito existentes e abriram novas linhas de crédito para fazer frente ao período de extrema incerteza pelo qual atravessamos.

O volume de operações repactuadas dos bancos da nossa amostra alcançou R$ 479 bi, onde 94% dos clientes beneficiados possuem rating entre AA e C e um relacionamento médio de 14 anos. Em média, 63% das operações possuem garantias. O aumento significativo nas provisões para risco de crédito foi o maior motor do declínio do ROE. A deterioração das perspectivas econômicas devido à pandemia da COVID-19 resultou no aumento substancial de provisões, com desafios para a modelagem.

Os bancos brasileiros demonstraram bastante resiliência durante a primeira fase da pandemia

Igual aos outros setores, os bancos tiveram que responder de forma rápida e decisiva à quarentena, transitando as suas operações correntes para o trabalho remoto a fim de proteger os seus funcionários e clientes. No entanto, o setor bancário tem um desafio adicional relacionado com o seu papel essencial na sociedade. Não só tem de apoiar os seus clientes e funcionários, mas também a sociedade em geral e isso fez com que parte da sua força de trabalho continuasse trabalhando fisicamente nas agências, suportando esse papel.

Acesse e leia o estudo na íntrega: Performance do setor bancário

Resumo

Estudo da EY analisa o desempenho dos maiores 5 bancos brasileiros em uma variedade de indicadores financeiros. Também analisa os principais temas, estratégias e iniciativas discutidas pelas administrações dos bancos durante as reuniões de resultados.

Sobre este artigo

Autores
Rui Cabral

Sócio-Líder de Risco e Finanças para o Setor Financeiro na EY

Apaixonado pela transformação do setor financeiro, diversidade e inclusão. Economista de formação, Consultor por vocação e pai de 2 filhos.

Rafael Schur

Sócio da EY e Líder do segmento de Mercado de Serviços Financeiros para o Brasil

Líder do segmento de Mercado de Serviços Financeiros, Rafael acumula mais de 25 anos de experiência no desenvolvimento de soluções para projetos que alinham estratégia, governança e tecnologia.

Ivan Habe

Associate Partner Líder de Pagamentos da EY

Consultor de negócios para o setor de pagamentos. Entusiasta e cheio de energia.

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