Agora em 2023, as operadoras de telecomunicações em todo o mundo podem ser incentivadas pela resiliência coletiva que demonstraram em meio à recente turbulência geopolítica e econômica. Nos últimos dois anos, uma combinação entre aumentos de preços, acordos de fusões e aquisições e intervenção do governo ajudou os preços das ações em todo o setor global de telecomunicações a se recuperarem das mínimas que atingiram durante a pandemia – embora a recuperação permaneça gradual e desigual.
Avançando para o momento atual, as empresas de telecomunicações estão atualizando suas estratégias para navegar em um ambiente operacional volátil. Estão expandindo o escopo e a ambição de suas iniciativas de transformação digital. E estão ajustando o foco na questão da sustentabilidade, inclusive buscando melhorar a diversidade e inclusão da força de trabalho (D&I) e atrair novos talentos.
Mas será que as empresas de telecomunicações estão suficientemente sintonizadas com os riscos atuais e emergentes que as confrontam para atingir esses objetivos? Em meio a um ambiente altamente inflacionário - elevando os custos operacionais - as empresas de telecomunicações também devem lidar com uma série de desafios, desde as pressões do custo de vida dos clientes até a evolução das expectativas com relação à segurança e a mudança das percepções da cultura da força de trabalho - as ameaças enfrentadas são prementes e diversas.
Neste artigo, analisamos os 10 principais riscos que identificamos em todo o setor e consideramos como mitigá-los.
1. Resposta insuficiente aos clientes durante a crise do custo de vida
A crise do custo de vida está fazendo com que as famílias reavaliem se estão obtendo valor de suas operadoras de telecomunicações. O estudo EY Global Decoding the Digital Home demonstra que 45% das famílias acreditam que pagam demais por serviços de conteúdo e 44% acreditam que seu provedor de banda larga não faz o suficiente para encaminhá-los ao melhor custo-benefício. Além disso, alguns reguladores estão exigindo que as empresas de telecomunicações façam mais, de modo a oferecer “tarifas sociais” para melhorar a acessibilidade.