Igualdade de género: Será agora o momento de ir mais além e mais depressa?

3 minutos de leitura 4 mar 2021
por Julie Linn Teigland

EY EMEIA Area Managing Partner and EY Global Leader – Women. Fast forward

Passionate about the transformational power of digitalization and innovation and its potential to deliver sustainable, inclusive growth for clients. Prominent voice of the Women20 global agenda.

3 minutos de leitura 4 mar 2021

A igualdade de género é parte da solução para muitas das questões mais complexas do mundo.

Todos os anos, as equipas da EY assinalam o Dia Internacional da Mulher para reconhecer o incrível contributo das mulheres para o mundo. No entanto, o nosso compromisso é muito mais ambicioso do que isso. Está implícito no nosso propósito de construir um melhor mundo de negócios, garantir que as mulheres sejam incluídas na tomada de decisões a todos os níveis da sociedade, das empresas e das políticas públicas. E, apesar de um ano em que os esforços para promover a igualdade de género possam parecer ter sido colocados em “pausa” para responder à pandemia da COVID-19 e à recessão económica, a verdade é que estamos mais empenhados do que nunca.

Isto porque o impacto dos confinamentos causados pela pandemia não foi divulgado. A nível mundial, existem mais mulheres em situação de desemprego do que homens. Os tipos de emprego e os sectores mais afectados são maioritariamente ocupados por mulheres. A disparidade salarial entre homens e mulheres tem-se agravado, conduzindo ao aumento da disparidade na reforma ou nas pensões, aumentado assim o número de mulheres e raparigas em situação de pobreza extrema. A ONU prevê que serão necessários, pelo menos, 10 anos para inverter o impacto económico da pandemia sobre as mulheres e, em alguns países, as melhorias em termos de igualdade salarial têm vindo a diminuir para níveis que não eram vistos desde a crise financeira de 2008.

As creches, os centros de actividades de tempos livres (ATL), as escolas, bem como outros programas ou serviços de infraestruturas continuam fechados; os trabalhadores domésticos não podem prestar serviços; o apoio para idosos ou pacientes foi suspenso. Estes mecanismos são fundamentais para a capacidade de trabalho de ambos os géneros, mas são particularmente importantes para as mulheres – ainda mais para as que trabalham em sectores fortemente afectados pela pandemia. Algumas estimativas sugerem que as mulheres estão a fazer três a quatro vezes mais horas de trabalho não remunerado do que os seus homólogos masculinos, aumentando a pressão sobre as mulheres trabalhadoras para que façam escolhas extremamente difíceis. Sem o apoio dos serviços da segurança social, as mães solteiras, as mulheres que trabalham em part-time ou que não tenham um horário fixo não podem continuar a trabalhar de todo. Aqueles que dispõem de meios financeiros necessários para cobrir os custos de cuidados ou com a capacidade para trabalhar remotamente também enfrentam exigências crescentes, desde a telescola até ao cuidado dos seus familiares, ao terem de lidar com as cadeias de abastecimento interrompidas para encontrar alimentos e bens de primeira necessidade.

Women. Fast forward

Na EY, estamos a criar uma cultura inclusiva que contribui para o potencial das mulheres para transformar verdadeiramente a sociedade e construir um melhor mundo de negócios.

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Na EY, valorizamos a ideia de integração – o que significa que temos em conta as diferenças uns dos outros e que trabalhamos de forma a criar um ambiente que permita a cada membro da equipa mostrar o seu verdadeiro “eu” no local de trabalho. #SheBelongs é mais do que um hashtag para mim, uma vez que representa os valores centrais da nossa organização. Sei o quão difícil é ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo. Sei o quão difícil é ter de cuidar da família e de tentar criar um ambiente saudável e seguro para eles. Conheço vários colegas – homens e mulheres – que estão a atravessar dificuldades durante este período desafiante.

Iremos chegar a uma altura em que a pandemia vai estar controlada, onde iremos voltar a ter algum tipo de actividade social, bem como voltar a viajar para visitar os nossos familiares e amigos. Vamos assegurar-nos de que este cenário seja acompanhado pela capacidade de as mulheres conseguirem alcançar os seus objectivos pessoais e as suas ambições profissionais. Vamos certificar-nos de que todos nós encontramos formas de nos tornarmos mais equitativos nas nossas casas, nas nossas funções e nas nossas vidas. Vamos garantir que #SheBelongs.

Resumo

Se não existir igualdade de género, o mundo não vai conseguir recuperar da pandemia da COVID-19 de forma sustentável e inclusiva. Quando temos a certeza de que #SheBelongs, construimos um melhor mundo para todos. 

Sobre este artigo

por Julie Linn Teigland

EY EMEIA Area Managing Partner and EY Global Leader – Women. Fast forward

Passionate about the transformational power of digitalization and innovation and its potential to deliver sustainable, inclusive growth for clients. Prominent voice of the Women20 global agenda.