A EY lança a edição de 2020 do EY Attractiveness Survey Portugal, analisando as tendências do IDE em Portugal e o impacto da COVID-19.
Oano de 2019 afigurou-se como um marco histórico para o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em Portugal, confirmando-se a tendência de crescente atratividade do país para investidores estrangeiros. Apesar do forte impacto da COVID-19, o país apresenta também alguns sinais de resiliência.
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A edição deste ano do EY Attractiveness Survey Portugal (PDF) demonstra que o número de projetos de IDE em Portugal atingiu, em 2019, um recorde de 158, mais do que duplicando o valor do ano anterior. Portugal subiu para o 8.º lugar entre as economias mais atrativas da União Europeia para investidores estrangeiros, mais que duplicando a sua quota de projetos (de 1,2% para 2,5%). O número de postos de trabalho criados (mais de 12.000 no total) seguiu a mesma tendência.
Num ano marcado pela incerteza e pela escalada de tensão nas trocas comerciais mundiais, Portugal conseguiu diversificar a origem do IDE e atrair geografias altamente qualificadas como os EUA, que foram em 2019 o principal mercado investidor em Portugal, seguidos da Alemanha e da França.
O ano de 2019 verificou um crescimento generalizado, com todos os setores a manterem, pelo menos, o mesmo nível de intenções de IDE. A área do Digital reforçou a sua posição de liderança em termos de atratividade, praticamente triplicando o número de projetos (de 15 para 42).
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O surgimento da COVID-19 está a ter um forte impacto nos projetos de IDE anunciados em 2019 por toda a Europa. No entanto, Portugal apresenta alguns sinais de resiliência, estimando-se que cerca 20% dos projetos anunciados em 2019 se encontrem em risco, face à média europeia de 35%.
O período excecional de grande incerteza terá um impacto na economia e no investimento que se estenderá para além do curto-prazo. A atratividade de Portugal irá depender do reforço dos seus ativos mais fortes (e.g. infraestruturas, talento disponível, qualidade de vida) e da melhoria dos seus pontos menos atrativos. O Survey deste ano aponta nesse sentido, demonstrando uma melhoria das perceções dos investidores em algumas áreas como a legislação laboral ou o apoio das autoridades locais.
BEYOND
Apesar das circunstâncias atuais, Portugal poderá ver a sua atratividade de longo-prazo reforçada, à medida que a pandemia acelera algumas megatendências em curso: digitalização da economia e aceleração tecnológica; maior peso dos temas da sustentabilidade e das alterações climáticas nas decisões de investimento; a reconfiguração e maior proximidade das cadeias de fornecimento. Nesta vertente, a localização geográfica, infraestruturas de transporte e digitais, apetência digital da economia e os recursos naturais na área das energias renováveis poderão ser importantes catalisadores do reforço do posicionamento internacional de Portugal para o IDE.
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