O recente confinamento COVID-19 generalizado colocou as energias renováveis no centro do palco do combate ao efeito das alterações climáticas.
Orecente confinamento COVID-19 permitiu, de certa forma, antecipar o futuro, no que concerne à contribuição das energias renováveis para a matriz energética. A menor procura por eletricidade, aliada ao acesso prioritário à rede deste tipo de fonte, levou à sua maior preponderância em diversas geografias. Durante o período generalizado de confinamento a contribuição das renováveis ultrapassou 50% da geração total no continente Europeu, tendo, nos EUA, as renováveis ultrapassado o carvão pela primeira vez em 130 anos.
O compromisso para que se atinja a neutralidade carbónica tem vindo a intensificar-se. A China, maior emissor de gases de efeito de estufa, anunciou a sua intenção de se tornar neutro em carbono até 2060, enquanto que 120 países da Climate Ambition Alliance assumiram o mesmo compromisso até 2050.
Portugal foi um dos primeiros países a assumir o desafio de neutralidade carbónica nos próximos 30 anos, sendo, naturalmente, um dos pontos principais da estratégia nacional a descarbonização do sistema electroprodutor e a aposta na geração a partir de fontes renováveis.
A EY publica a cada dois anos o RECAI - Renewable Energy Country Attractiveness Index, que inclui 40 geografias em todo mundo, incluindo Portugal. Este pretende medir, através de diversos parâmetros, a capacidade de determinado mercado em atrair investimento para esta indústria. Na sua última edição de novembro de 2020 Portugal atingiu o 22º lugar, cinco lugares acima da edição de 2018.