Necessidade de velocidade
A rapidez com que os países se descarbonizarão determinará os resultados climáticos, de saúde e ambientais nas próximas décadas. De acordo com o estudo, as emissões dos transportes têm aumentado nos últimos três anos e uma diminuição de 65%, ou 10% de poupança anual, é necessária para atingir a meta de redução de 55% na Europa, em comparação com os níveis de 1990.
O estudo identifica que, para atingir este marco, é essencial acelerar a transição para a eletrificação da frota. Para tal, é preciso: objetivos políticos alinhados com as oportunidades comerciais no sentido de uma regulamentação coesa; novos modelos de financiamento para infraestruturas de carregamento pública e privada; um novo foco na cadeia de fornecimento ponta a ponta; melhorar a confiança do consumidor com a ampliação da infraestrutura física; e uma interface digital perfeita do veículo à rede.
Recorde-se que, em Portugal, o Estado dá incentivos de 3 mil euros para a compra de veículos elétricos ligeiros de passageiros e de mercadorias a particulares; as empresas também têm um apoio de 3 mil euros na aquisição de comerciais ligeiros e de 2 mil euros na compra de ligeiros de passageiros.
O setor de frota deve eletrificar primeiro
Embora relativamente pequeno – com 63 milhões de veículos (20% do parque total de veículos da Europa), o setor de frotas da Europa é desproporcionalmente prejudicial ao meio ambiente, de acordo com o estudo. É responsável por mais de 40% do total de quilómetros percorridos e metade das emissões totais do transporte rodoviário na Europa. Além disso, as lições aprendidas com a aceleração da eletrificação da frota – como o desenvolvimento de modelos de negócios sustentáveis que apoiem o investimento em infraestrutura de carregamento e a integração da capacidade de carregamento inteligente –, permitirão que o mercado secundário e mais amplo de veículos de passageiros faça uma transição mais rápida. Assim sendo, este é o maior e mais impactante caso de teste.
O estudo destaca quatro fatores principais que apoiarão uma primeira fase de transição da frota:
- As frotas terão que mudar para tipos de veículos alternativos ao longo do tempo, já que os padrões de emissões de CO2 restringem as vendas de veículos não elétricos.
- Os veículos poluentes da frota são proibidos em mais de 300 grandes cidades europeias que operam com zonas de baixa emissão, pelo que a alternativa é pagar uma penalidade ou mudar para EV.
- Os veículos da frota tendem a viajar em rotas regulares e a cobrir uma distância diária bastante consistente. Têm destinos e escalas fixos, que podem ser combinados com os carregamentos.
- O custo total de ter EV está a atingir rapidamente o mesmo nível do dos veículos com motor de combustão interna. Os incentivos e os subsídios podem preencher lacunas, enquanto serviços e manutenção reduzidos, bem como poupanças significativas de combustível, justificam a eletrificação da frota em termos económicos.
O emergente ecossistema eMobility
Assim como acontece noutros setores em transformação, todo um ecossistema de apoio começou a desenvolver-se para acelerar a transição do eMobility. Tal inclui soluções inovadoras para o cliente e propostas de valor acrescentado para impulsionar a adoção generalizada do eMobility.
Os fornecedores de energia, por exemplo, já estão a criar parcerias com operadores de soluções de carregamento de VE e empresas de leasing, e as fabricantes estão a juntar-se a concessionárias de serviços públicos, criando os seus próprios negócios de leasing.
Ou seja, há vários conjuntos de novos e já estabelecidos players na indústria que estão a trabalhar de forma colaborativa para ganhar a confiança dos clientes e aprimorar sua experiência geral ao nível do eMobility. O estudo da EY e da Eurelectric destaca são possíveis ganhos significativos para os primeiros usuários. E identifica oportunidades dentro do ecossistema, como gestão de rede, soluções de alimentação e carregamento de veículos elétricos, gestão de frota, gestão de veículos e baterias, soluções de fim de vida da bateria, financiamento e gestão de dados.
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Telma Franco
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