Comunicado de Imprensa

17 set 2024 Lisbon, PT

Portugal Permanece No Top 10 Dos Países Mais Atrativos Na Europa Para Investimento Direto Estrangeiro

Após três anos de crescimento contínuo, a recuperação pós-pandémica do Investimento Direto Estrangeiro (IDE), em 2023 Portugal perdeu tração neste capítulo e acolheu 221 projetos de IDE, menos 11% do que em 2022, em linha com a diminuição registada em toda a Europa.

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EY Portugal

Firma de serviços profissionais multidisciplinares

  • De acordo com o EY Attractiveness Survey Portugal, que avalia a perceção dos investidores estrangeiros relativamente à atratividade do país enquanto destino de IDE, o ecossistema financeiro e a situação política exigente no país são os principais fatores de risco na mente dos investidores
  • EUA, França e Alemanha na linha da frente do investimento nos projetos de IDE registados em 2023 com o centro de Portugal a tornar-se a segunda região mais atrativa para o investimento
  • Serviços de Software e TI e Serviços às empresas são os setores que mais atraem IDE
  • Tendência geral de diminuição na Europa interrompeu dois anos consecutivos de aumento de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em Portugal que, no ano transato, captou 221 projetos de capital internacional, menos 11% face a 2022
  • O país ficou em 7º lugar no ranking europeu de atratividade, um resultado fundamentado pelo maior investimento dos EUA na Polónia. 

LISBOA / 17 DE SETEMBRO DE 2024. Após três anos de crescimento contínuo, a recuperação pós-pandémica do Investimento Direto Estrangeiro (IDE), em 2023 Portugal perdeu tração neste capítulo e acolheu 221 projetos de IDE, menos 11% do que em 2022, em linha com a diminuição registada em toda a Europa.

Portugal ocupa agora o 7º lugar no ranking de atratividade dos países europeus na atratividade dos países europeus para IDE (em 2022 era 6º). Este resultado foi fortemente influenciado pelo crescimento económico lento, inflação persistentemente elevada, preços elevados da energia e a instabilidade política nacional.

Estas são algumas das conclusões do EY Attractiveness Survey Portugal, que avalia a perceção dos investidores estrangeiros relativamente à atratividade do país enquanto destino de IDE. A atratividade é definida nesta pesquisa como uma combinação de imagem, confiança do investidor e perceção da capacidade de um país ou região de oferecer os benefícios mais competitivos para o IDE.

O painel de participantes do EY Attractiveness Survey Portugal é composto por decisores de todas as origens, com base nas suas opiniões e experiências em relação à Europa: Europa Ocidental (54%), América do Norte (19%), Europa do Norte (17%), Ásia (7%) e Brasil (3%). No total, 63% dos 200 investidores inquiridos têm operações em Portugal.

A análise da EY relativa ao ano passado mostra que Software & Serviços de TI continuam a liderar os projetos de IDE, num sinal de força da atratividade da economia digital para Portugal, que entre 2021 e 2023 foi o 4º país europeu a atrair o maior número de projetos de IDE (244) neste domínio. Também os serviços às empresas e serviços profissionais, cujo crescimento mais do que quadruplicou em relação a 2022, estão na vanguarda do IDE em Portugal.

De um modo geral, segundo o EY Attractiveness Survey Portugal, Portugal continua atrativo para IDE, com 84% dos investidores inquiridos a afirmarem terem planos para estabelecer ou expandir operações no país em 2025, um indicador acima da média europeu que não vai além dos 72%. Adicionalmente, 77% dos inquiridos antecipam a melhoria da atratividade de Portugal para IDE nos próximos três anos, um valor bastante superior aos 49% registado em 2021. 

Portugal, apesar da redução do número de projetos de IDE em 2023, continua a afirmar-se como um destino de investimento estável e bastante atrativo. A permanência no Top 10 dos países europeus que merecem maior confiança por parte dos investidores estrangeiros é um sinal claro do crescimento progressivo do país, que se destaca a nível internacional pela qualificação da sua força de trabalho e por estar na linha da frente em matéria de inovação, desenvolvimento tecnológico e sustentabilidade ambiental
Miguel Farinha
Country Manager Partner, EY Portuguese Cluster
os recentes resultados do EY Attractiveness Survey Portugal confirmam a resiliência da economia nacional que, mesmo em tempos de turbulência global, manifestou capacidade de acolher projetos de IDE”, esclarecendo que “a diversidade setorial em que incide o investimento direto estrangeiro e o aumento da atratividade de várias regiões fora dos grandes centros urbanos são indicadores de interesse que devem ser potenciados, inclusivamente para captar investimento de novas geografias
Miguel Cardoso Pinto
Partner, Strategy and Transactions Leader

O radar do Investimento Estrangeiro Direto em Portugal
EUA, França e Alemanha constituem o Top 3 que mais investe em Portugal. Estes países representam mais de 40% dos projetos de IDE em território nacional com o setor de Software & IT Services a reunir a maioria do investimento e com 40 projetos provenientes destas geografias.

O EY Attractiveness Survey Portugal destaca ainda que o peso dos países europeus no IDE em Portugal diminuiu significativamente, contrariando a tendência passada em que os principais investidores eram do mesmo continente. Em 2022, o investimento dos países da UE representava 73,4% do total de projetos de IDE realizados e no ano transato representou pouco mais de metade da sua totalidade.

O Brasil foi responsável por quase 7% desse investimento em 2023 e integra agora o lote dos 6 principais países de origem dos projetos de IDE em Portugal, estabelecendo o facto de, em termos relativos, Portugal atrair muito mais investimento brasileiro do que a Europa. As fortes economias europeias, nomeadamente França e Espanha, são responsáveis por um IDE proveniente do Brasil mais elevado em Portugal.

Em sentido contrário, a China representa 4,5% do investimento na Europa, mas apenas 0,5% em Portugal, o que indica que a atratividade de Portugal ainda não foi totalmente reconhecida pelos investidores chineses.

Portugal caiu assim do 6º lugar relativo ao IDE de 2022, para a 7ª posição após ser ultrapassado pela Polónia que, no ano passado, conquistou um maior investimento por parte dos Estados Unidos da América.

Atração de IDE: Regiões prediletas, inovação, força de trabalho e sustentabilidade
O EY Attractiveness Survey Portugal revela que as competências e a disponibilidade da mão-de-obra nacional são o principal fator que influencia a decisão de investir em Portugal, confirmando assim que os investimentos do país na educação e na agenda digital têm resultado num capital humano mais qualificado que oferece novas perspetivas e um contributo indispensável para a inovação.

O estudo da EY valida que a mão-de-obra portuguesa se distingue por operar em múltiplos sectores, abrangendo indústrias tradicionais e serviços modernos, uma realidade suportada por pessoas cada vez mais experientes em tecnologia. O know-how tecnológico, o ambiente fiscal e a qualidade de vida em Portugal, combinada com a maior estabilidade geopolítica da Europa Ocidental, são outros fatores considerados como atrativos por parte dos investidores.

No que diz respeito às preferências regionais para o IDE em Portugal, estas seguem a tendência dos últimos anos, com a região de Lisboa e o Norte de Portugal a manterem o predomínio como principais destinos, apesar de uma redução de mais de 18% no número de projetos anunciados, em relação a 2022.

A zona Centro, que quase duplicou o número de projetos de IDE de 2022 para 2023, é um território em clara ascensão, ultrapassando o Norte do país como a segunda região mais atrativa de acordo com os investidores inquiridos no EY Attractiveness Survey. As restantes regiões de Portugal, no seu conjunto, representam menos de 5% dos fluxos de IDE em 2023, com ligeiros indicadores de crescimento no Algarve, Madeira e Açores.

De acordo com os inquiridos, o fornecimento de energia renovável e a CleanTech continuam a ser um dos principais impulsionadores do desempenho sustentável do país e fundamentam a perceção positiva de Portugal em relação à concorrência europeia no que à sustentabilidade diz respeito.

O futuro do IDE em Portugal
Apesar do abrandamento de Portugal na atração de investimento estrangeiro em 2023, o país apresenta uma grande variedade de fatores distintivos que podem garantir a sua atratividade a longo prazo para o IDE. Dos 200 investidores inquiridos, os que se inserem no setor Químico e Farmacêutica, High-Tech e Indústria revelam-se mais otimistas quanto à atratividade de Portugal como destino de investimento.

O estudo da EY apresenta também um roteiro para um ecossistema fiscal mais favorável ao investimento, defendendo que Portugal deve mudar a perceção de um país que oferece investimento a preço acessível para um destino que apresenta valor acrescentado. Apostar na modernização e simplificação para facilitar as operações comerciais através de processos fiscais digitais que reduzam a burocracia e acelerem processos de aprovação são outras das recomendações.

Em matéria de sustentabilidade, os investidores salientam que Portugal tem ainda margem para melhorar em termos de regulamentação, alertando para a necessidade de desenvolver quadros jurídicos favoráveis à sustentabilidade que apoiem o crescimento de empresas.

Para saber mais informações, contacte: Rosália Amorim

Rosália Amorim

 

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