No entanto esta realidade trazida para Portugal e para as empresas Portuguesas, maioritariamente Micro e PMEs, carregar no acelerador e no travão ao mesmo tempo é algo difícil quando o carro ameaça ficar sem gasolina a qualquer momento pois o grande desafio é sobreviver ao dia de hoje.
Muito se fala da necessidade de regressar ao novo normal. Mas o novo normal não existe, já não existia antes e não voltará a existir. As empresas esperam o regresso a uma normalidade que lhes traga de volta os clientes e o negócio como ele era, mas nada será como antes.
As estruturas das indústrias modificaram-se durante estes meses e nada voltará a ser como antes, o mesmo se passa com as empresas, com o consumidor final e com todos outros stakeholders relevantes como os órgãos reguladores, os colaboradores, etc.
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, comentava recentemente que vimos 2 anos de transformação digital em apenas 2 meses e isso traduz-se na transformação de todo o ecossistema competitivo.
Os clientes foram forçados a comprar online, alguns deles pela primeira vez, e isso irá mudar o seu comportamento e as empresas tiveram que reinventar as suas cadeias produtivas.
A digitalização é um imperativo para as organizações e isto não passa por digitalizar o modelo de negócio atualmente existente, mas sim desenhar uma estratégia para um mundo digital, que obrigará as organizações a reinventarem-se completamente e isso não traduz apenas por adotar mais tecnologia, mas sim por transformar culturas e competências, onde a Inovação terá que passar a fazer parte do DNA das empresas.
Nesse mesmo estudo da EYP 67% dos entrevistados considera que a maior ameaça virá de alguma empresa que está fora do seu setor de atividade. Ou seja, como nos poderemos preparar para um futuro incerto? Acreditamos que i) a criação de uma visão de longo prazo que incorpore o entendimento de potenciais cenários futuros e ii) a criação de uma competência de inovação serão a resposta para dotar as organizações de uma resiliência que hoje é fundamental para sobreviver e amanhã será critica para garantir a sustentabilidade das empresas e dos negócios.
A Givaudan é uma empresa multinacional suíça, com mais de 250 anos e líder de mercado em fragrâncias e aromas. A EYP trabalhou em parceria com a divisão de fragrâncias para tropicalizar a estratégia global 2025 para a América Latina. Com a pandemia foi necessário fazer adaptações da estratégia definida e pensar novos caminhos para o futuro.