A equipa da GBG responsável pelo projeto realizou uma investigação inicial para identificar diferentes formas de evolução da relação geopolítica entre os EUA e a China. Em seguida, realizaram entrevistas com profissionais experientes na matéria, tanto dentro como fora da organização da EY-Parthenon, bem como uma pesquisa documental mais aprofundada, analisando casos históricos que pudessem informar sobre a forma como os mercados financeiros reagiriam a uma determinada situação e como isso afectaria a liquidez e o financiamento do cliente.
"O desenvolvimento de cenários é principalmente uma metodologia qualitativa, não quantitativa", explica Courtney Rickert McCaffrey, EY-Parthenon Global GBG Insights Leader. "Mas gostamos de dizer que cada um de nós tem um algoritmo sofisticado na cabeça, por termos feito este tipo de trabalho coletivamente durante várias décadas."
Ela também observa que, neste compromisso, a equipa contactou colegas da organização global da EY em áreas como os mercados financeiros, o risco financeiro e a continuidade do negócio, que puderam recomendar acções que o cliente poderia tomar para mitigar alguns dos riscos potenciais.
Um dos desafios deste tipo de consultoria é o facto de o panorama geopolítico estar em constante evolução. Foi durante a fase inicial de investigação que a guerra na Ucrânia se intensificou rapidamente, um acontecimento que acrescentou uma nova urgência ao trabalho. Embora o conflito não estivesse diretamente relacionado com as tensões entre os EUA e a China, que constituíam o foco da investigação, havia certos paralelismos entre as duas situações que deviam ser tidos em conta.
Analisar os riscos
O resultado desta investigação intensiva, concluída em apenas algumas semanas, foi o desenvolvimento de cinco cenários potenciais, três dos quais o cliente pediu às equipas da EY-Parthenon que explorassem em pormenor. Para cada um destes três cenários potenciais fundamentais, são apresentados o que poderá acontecer, os principais factores e sinais do cenário, as respostas internacionais prováveis, o impacto financeiro e de capital e a probabilidade de o cenário se concretizar.
O passo seguinte para a equipa da EY-Parthenon foi a realização de dois workshops com a equipa de liderança sénior da empresa de serviços financeiros. O objetivo destas reuniões era explicar os cenários que tinham desenvolvido do ponto de vista geopolítico, explorar conjuntamente as implicações gerais para os mercados financeiros mundiais e testar essas conclusões.
"As equipas da EY-Parthenon trabalharam então com eles para explicar o que isto significaria para o seu negócio", explica Douglas Bell, Líder da Política Comercial Global da EY. "Que riscos poderá enfrentar? E depois as equipas da EY-Parthenon ajudaram-nos a começar a pensar em pormenor; tendo em conta esses riscos, o que poderiam fazer hoje para se posicionarem de forma diferente? Como é que poderiam alterar a forma como estavam a fazer negócios em determinados aspectos, de modo a serem mais resistentes se um destes choques ocorresse?"