2 minutos de leitura 6 jul 2020
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Formação no Sector Segurador – Uma prioridade II

por EY Angola

Firma de serviços profissionais multidisciplinares

2 minutos de leitura 6 jul 2020

A rápida evolução do sector segurador obriga a que todos os intervenientes olhem para a formação como uma prioridade.

Não podia começar este artigo de outra forma que não fosse congratular a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), pela iniciativa de lançar a Proposta de Consulta Pública nº1/20, sobre o Regime Jurídico da Actividade Seguradora e Resseguradora em Angola. Com esta iniciativa a ARSEG mostra que quer um mercado segurador mais sólido, robusto, dinâmico, com competências reforçadas, mais moderno e adaptado às circunstâncias atuais do país e do mundo.

A proposta sobre novo para o novo regime jurídico da actividade seguradora e resseguradora é uma autêntica revolução no sector em Angola, por isso à medida que avançamos na sua leitura vai-se abrindo aos nossos olhos todo um novo horizonte, um horizonte que todos sabemos desafiante, mas ainda assim há muito esperado. E como tudo o que é novo precisa de ser apreendido e compreendido, esta proposta de um novo regime jurídico precisa de ser descoberta, lida e estudada com atenção.

Os desafios que surgem das alterações propostas pelo novo regime jurídico são inúmeros, tanto ao nível do regulador como das seguradoras, por isso, tal como escrevi no artigo, com o título "Formação no Sector Segurador – Uma prioridade" que foi publicado neste jornal no passado dia 24 de Março, a formação no sector segurador deve ser uma das principais prioridade dos vários intervenientes. Em Março, quando escrevi sobre a urgência da necessidade de formação no sector segurador, a ARSEG ainda não tinha lançado a consulta pública sobre o novo o regime jurídico, mas já antecipava a necessidade que o sector teria de se ajustar a uma nova realidade e que passaria numa primeira fase pela formação dos quadros em áreas especificas mas fundamentais: "Com um sector segurador a ajustar às melhores práticas internacionais a expectativa é que também os modelos de governação das seguradoras se adaptem o que trará uma maior exigência e colocará uma enorme pressão sobre os recursos humanos, pois áreas como auditoria interna, compliance, risco, actuariado, assim como um upgrade necessário nas áreas de subscrição e gestão de sinistros serão determinantes. O regulador será naturalmente cada vez mais exigente e poderá vir a confirmar o fit and proper das estruturas.". Em Maio, a ARSEG lançou a Proposta de Consulta Pública nº1/20, sobre o Regime Jurídico da Actividade Seguradora e Resseguradora em Angola e hoje quando vos escrevo as necessidades de formação em determinadas áreas, deixaram apenas de ser vantagens competitivas para as entidades que tinham quadros com determinadas características, para passarem a ser uma exigência, entre outras destaco a criação de funções tais como as de auditoria interna (artigo 61.º), a actuarial (artigo 62.º) e a criação da figura do sistema gestão de riscos (artigo 58.º) e de controlo interno (artigo 60º).

Desta forma aquilo que era expectativa passa a facto e não existe volta a dar, pois com a evolução do sector segurador em Angola e com a eminente entrada em vigor de um novo regime jurídico, todos os intervenientes do mercado terão de apostar na formação dos seus quadros para que os mesmo consigam  por um lado dar respostas às exigências impostas e por outro lado as entidades estarem em compliance com a legislação em vigor. 

Artigo escrito por Ricardo Vinagre, Senior Manager EY, Assurance Services

Resumo

Os desafios que já existem e aqueles que se antecipam, num sector que está a sofrer uma reforma, não só legislativa, mas também de mentalidades, torna a formação uma prioridade para todos os players do sector segurador em Angola.

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