Comunicado de Imprensa

4 out 2023

Director da EY Angola defende necessidade de investimento em infra-estruturas para “garantir um crescimento económico sustentável e com benefícios sociais elevados”

Director da EY Angola defende necessidade de investimento em infra-estruturas para “garantir um crescimento económico sustentável e com benefícios sociais elevados”

Contacto de imprensa
EY Angola

Firma de serviços profissionais multidisciplinares

Luanda, 4 de Outubro de 2023

O Governo Angolano deve investir em infra-estruturas por forma a garantir um crescimento económico sustentável e com benefícios sociais elevados
Pedro Serrenho
director da EY Angola

durante a III Conferência Ambiente e Desenvolvimento, realizada em Luanda, onde realçou ainda a “importância da participação do sector privado, complementando a acção do sector público”.

‘O Impacto dos ODS nos Negócios’ foi o mote da conferência, onde o responsável abordou o papel do sector empresarial no investimento em infra-estruturas de impacto social, cujo objectivo principal é melhorar o bem-estar das comunidades e promover o desenvolvimento sustentável.

A lacuna de investimento em infra-estruturas é, de acordo com Pedro Serrenho, um tema global com motivos distintos em diferentes regiões. Segundo o relatório do Global Infrastructure Hub de 2018, existe uma lacuna global de investimento em infra-estrutura de aproximadamente 5,2 triliões de dólares por ano, ou de 0,55% do PIB global, até 2040.

“Quando falamos do continente africano, a lacuna de investimento em infra-estruturas é ainda superior, apesar de uma maior percentagem do PIB ser alocada a este sector”, refere o director da EY, acrescentando que, segundo o relatório do Global Infrastructure Hub de 2018, existe uma lacuna no continente africano de investimento em infra-estrutura de aproximadamente 1,7 trilhões de dólares por ano, ou de 1,69% do PIB, até 2040.

“O sector privado pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de infra-estruturas, complementando a acção do sector público e ajudando a resolver alguns dos desafios financeiros e operacionais que podem impedir a construção de infra-estruturas necessárias. No entanto, é importante considerar os riscos dessa participação e implementar medidas mitigadoras adequadas”, considera o responsável.

Olhando para os principais indicadores de infra-estruturas, verifica-se que Angola está abaixo da média da região subsaariana em três indicadores: qualidade das estradas, qualidade das infra-estruturas no geral, água e saneamento.

Para melhorar os seus indicadores é necessário investir nas várias tipologias de infra-estruturas. Apesar dos esforços do Governo Angolano, o investimento directo estrangeiro tem vindo a decrescer, em parte devido à falta de Infraestruturas adequadas”
Pedro Serrenho
director da EY Angola

Neste contexto, a EY está a desenvolver um projecto com uma componente muito forte em sustentabilidade e impacto social, cujos principais objectivos são: proteger o meio ambiente e conservação da biodiversidade; criar emprego; formação; atrair o mercado turístico internacional; definir um nível mínimo de qualidade de construção e infra-estruturas; limitar e monitorizar o consumo de recursos naturais; e usar os recursos locais.

O projecto multidisciplinar, inserido numa área de reserva animal e hídrica, numa província com menos de 30 mil habitantes, representa um investimento de 500 milhões de dólares (2023-2032).

As empresas desempenham um papel chave na concretização dos ODS da Agenda 2030 das Nações Unidas. As empresas reconhecem que só podem endereçar os desafios complexos da sustentabilidade aumentando os seus esforços e colaborando com os seus pares, a indústria e organismos do sector, clientes, governos, organizações sem fins lucrativos e a sociedade em geral
Carlos Basto
Office Managing Partner da EY Angola.

A III Conferência Ambiente e Desenvolvimento contou ainda com um outro painel e mesa redonda, sobre o tema ‘A Crise Energética, o Sector Extractivo e os ODS – Desafios e Oportunidades para Angola”.

 

Telma Franco

 

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