durante a III Conferência Ambiente e Desenvolvimento, realizada em Luanda, onde realçou ainda a “importância da participação do sector privado, complementando a acção do sector público”.
‘O Impacto dos ODS nos Negócios’ foi o mote da conferência, onde o responsável abordou o papel do sector empresarial no investimento em infra-estruturas de impacto social, cujo objectivo principal é melhorar o bem-estar das comunidades e promover o desenvolvimento sustentável.
A lacuna de investimento em infra-estruturas é, de acordo com Pedro Serrenho, um tema global com motivos distintos em diferentes regiões. Segundo o relatório do Global Infrastructure Hub de 2018, existe uma lacuna global de investimento em infra-estrutura de aproximadamente 5,2 triliões de dólares por ano, ou de 0,55% do PIB global, até 2040.
“Quando falamos do continente africano, a lacuna de investimento em infra-estruturas é ainda superior, apesar de uma maior percentagem do PIB ser alocada a este sector”, refere o director da EY, acrescentando que, segundo o relatório do Global Infrastructure Hub de 2018, existe uma lacuna no continente africano de investimento em infra-estrutura de aproximadamente 1,7 trilhões de dólares por ano, ou de 1,69% do PIB, até 2040.
“O sector privado pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de infra-estruturas, complementando a acção do sector público e ajudando a resolver alguns dos desafios financeiros e operacionais que podem impedir a construção de infra-estruturas necessárias. No entanto, é importante considerar os riscos dessa participação e implementar medidas mitigadoras adequadas”, considera o responsável.
Olhando para os principais indicadores de infra-estruturas, verifica-se que Angola está abaixo da média da região subsaariana em três indicadores: qualidade das estradas, qualidade das infra-estruturas no geral, água e saneamento.