1 minutos de leitura 19 out 2021
The aerial view of build structure of the city

Angola e o Imobiliário: Olhar para a crise como uma Oportunidade ‘Única’

por EY Angola

Firma de serviços profissionais multidisciplinares

1 minutos de leitura 19 out 2021
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Angola pode vir a ser a pérola de África no imobiliário e no turismo. Para isso, é necessário ter vontade, organização e capital.

Este artigo terá a sua repercussão dentro de 20 anos. É por isto que o segredo do imobiliário consiste no planeamento e na aposta num futuro longínquo e cheio de incertezas.

Se em 2015 nos dissessem que o valor das rendas em Luanda iria baixar 75% ninguém iria acreditar. Mas tanto é verdade o que aconteceu, como hoje, com a retoma das empresas petrolíferas, já não existem apartamentos disponíveis em Talatona para arrendamento. Assistimos a um mercado extramente dinâmico e que deve aproveitar este dinamismo para criar um ordenamento com maior sustentabilidade e buscar ‘segmentos’ não dependentes apenas da indústria do Petróleo.

O potencial existe, apenas ainda não foi explorado de forma organizada. Aproveitar esta crise é fundamental para todos os stakeholders do sector, começando pelo Estado, os Municípios, os Promotores e os Investidores.

O que deve mudar:

Ordenamento do Território – Criar Unidades de Desenvolvimento Urbano (UDU) com a integração do Estado, Municípios, Sistema Financeiro e Promotores irá permitir uma estratégia concertada focada em melhorar as acessibilidades, a arquitetura e a qualidade dos empreendimentos imobiliários.

Sustentabilidade – O tempo de mudar é hoje, evitar os erros de outros países deve ser um objetivo e pensar na sustentabilidade do País através do imobiliário e do turismo deve ser uma missão.

Promoção e Qualidade – Parar o licenciamento de novos projectos imobiliários, obrigar a que se demonstre a verdadeira viabilidade dos projectos e dar preferência pela reabilitação de edifícios devolutos ou a reconversão de projectos abandonados é imperativo. Não deveria ser permitido erguer novas estruturas de betão quando existem dezenas que se encontram inacabadas.

Moving to Angola

Ter em mente que o mundo está a mudar e a flexibilidade do trabalho a partir de casa (os denominados nómadas digitais) vai incentivar o ‘experienciar’ novas culturas, novas formas de viver e conhecer o mundo. Estima-se que o flexi working venha a contribuir para um novo mercado de turismo baseado em estadias de médio e longo prazo (entre 6 e 12 meses). Estamos preparados para os acolher?

Artigo escrito por João Moura, Associate Partner EY, Head of Real Estate, Hospitality, Construction & Infrastructure e Jorge Moreira, Manager EY, Strategy and Transactions

Resumo

Sendo o maior país de África voltado para o Atlântico com uma linha costeira de 1.250 quilómetros, Angola tem um enorme potencial de desenvolvimento que, se bem planeado hoje, poderá ser um dos mercados com maior sucesso dentro dos próximos 20 anos.

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