Comunicado de Imprensa

5 jul 2021 Luanda, AO

Pandemia acentua desafios à integridade e à conduta ética nas empresas

Os desafios à integridade e à conduta ética a nível corporativo foram acentuados pela crise pandémica que atravessamos.

Contacto de imprensa
EY Angola

Firma de serviços profissionais multidisciplinares

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  • O Relatório de Integridade 2021 (PDF), da EY, analisa os comportamentos de integridade e anticorrupção, no mercado angolano e tem por base um inquérito realizado pela consultora, durante o mês de Março, a 51 colaboradores de diferentes posições hierárquicas (membros dos Conselhos de Administração, gestores e colaboradores juniores). Os participantes responderam a questões sobre os desafios éticos enfrentados pelas suas organizações, no período que antecedeu a crise da COVID-19 e, também, no auge da pandemia que ainda atravessamos.
  • A crise pandémica é um momento importante para a integridade corporativa? No Relatório de Integridade 2021, a EY conclui que este é um momento-chave para a integridade e conduta ética das organizações e destaca quatro acções-chave críticas que estas devem adoptar.
  • A nível global, 90% dos inquiridos dizem que é um desafio para as organizações manterem os seus padrões de integridade, nas difíceis condições de mercado que atravessam.
  • 61% dos inquiridos dizem não estar dispostos a agir de modo antiético para melhorar a sua progressão profissional ou pacote remuneratório. No entanto, a consultora conclui que, face à insegurança laboral resultante da pandemia, o risco de comportamentos antiéticos pode agravar-se. Assim, as organizações devem reforçar os seus sistemas de gestão de compliance anticorrupção.
  • 42% dos colaboradores juniores consideram que na sua empresa não é possível relatar irregularidades sem receio de represálias. Em contrapartida, no universo de respondentes, 75% dos membros dos Conselhos de Administração entendem que as denúncias de condutas antiéticas não comportam qualquer consequência negativa. Para prevenir e detectar comportamentos irregulares, as organizações devem implementar mecanismos de denúncia que salvaguardem a segurança dos denunciantes e promovam uma cultura de não-retaliação.
  • Apenas 18% dos inquiridos diz estar muito confiante na integridade de terceiros, como fornecedores e parceiros de negócios. Neste sentido, as organizações devem implementar sistemas de due diligence para avaliar o risco e a integridade de terceiros com quem se relacionam comercialmente.
  • 52% dos inquiridos considera que as organizações onde trabalham não dão formação aos colaboradores sobre privacidade de dados e regulamentação aplicável (Lei 22/11 de 17 Junho - Protecção de Dados Pessoais afecta à Agência de Protecção de Dados, Lei Orgânica por Decreto Presidencial 214/16 de 10 Outubro). A aceleração digital induzida pela COVID-19, aumentou exponencialmente os ciberiscos, sendo essencial que as organizações protejam os seus dados de forma ética.

Luanda, 5 de Julho de 2021. O Relatório de Integridade EY 2021, que surge na sequência do anterior Global Fraud Survey, analisa a integridade corporativa no mercado angolano através das respostas anónimas de 51 participantes, com diferentes posições hierárquicas nas suas organizações. O inquérito decorreu no mês de Março de 2021.

A nível global, 90% dos participantes considera que os efeitos da COVID-19 poderão aumentar os riscos de comportamentos antiéticos na sua organização. Apesar de ser pequena a percentagem de colaboradores que assume a disponibilidade para agir de forma antiética, para ganho pessoal, a pandemia agrava o risco de comportamentos irregulares. Observa-se, também, uma disparidade quanto às percepções de ética comportamental nos diferentes níveis hierárquicos dentro das organizações. Os colaboradores juniores confiam na integridade dos seus líderes. E os membros de Conselhos de Administração confiam no cumprimento das regras de integridade nas suas organizações. A generalidade dos inquiridos, considera que deve agir com integridade na vida interna da sua organização e na relação com terceiros, adoptando medidas que minimizem o risco e cumprindo as disposições legais e regulatórias, em vigor.

Actualmente, em Angola, observam-se progressos que têm vindo a ser promovidos pelos esforços do sector público e do sector privado. Prova disso é a evolução positiva no que respeita ao combate à corrupção, onde identificamos de forma concreta uma melhoria desde o lançamento pela PGR do “Plano Estratégico de Prevenção e Combate à Corrupção”, para o período de 2018-2022.
Pedro Subtil
Forensic & Integrity Services leader da EY Portugal, Angola e Moçambique
Adicionalmente, entre 2018 e 2020, Angola tem vindo a melhorar a sua posição no Corruption Perception Index, publicado pela Transparency International. Em 2018 observou-se a posição 165, em 2019 a posição 146 e em 2020 a posição 142. No entanto, ainda são observados desafios que necessitam de ser acautelados a nível público e privado, contudo, observa-se que o esforço das organizações dos vários sectores e do próprio Estado, já começaram a promover resultados positivos.
Pedro Subtil
Forensic & Integrity Services leader da EY Portugal, Angola e Moçambique

Este estudo destaca quatro acções-chave críticas, a que as organizações devem dar prioridade nas suas agendas de integridade e anticorrupção: 1) avaliação da conduta pessoal através de mecanismos de compliance; 2) implementação de canais de whistleblowing (utilizados para reportar irregularidades de forma anónima); 3) gestão e due diligence do risco e da integridade de terceiros e, finalmente, 4) acautelar a integridade de dados.

Observamos um quadro complexo e desafiante, agravado pela pandemia. Pressionadas para sobreviver, as organizações podem ceder à tentação de deixar para segundo plano as regras de integridade e ética. Identificados os riscos, a adopção e/ou o reforço de Programas de Compliance ABAC (Anti-Bribery Anti-Corruption) é essencial para prevenir e preservar a integridade corporativa das organizações angolanas.
Pedro Subtil
Forensic & Integrity Services leader da EY Portugal, Angola e Moçambique

Em conclusão: fazer o que está certo, porque é a coisa certa a fazer.


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