Press release
04 jun. 2025 

Petróleo e energia vão impulsionar Angola

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Luanda, 4 de Junho de 2025

A indústria de Oil & Gas (O&G) “continuará a ser o pano de fundo do crescimento da economia angolana nos próximos 10 anos”, sendo que o acesso à electricidade

Será também um catalisador do desenvolvimento socio-económico.

durante o Doing Business Angola 2025, realizado ontem, 2 de Junho, em Lisboa (Portugal).

Sob o mote ‘O&G e o futuro de Angola’, Manuel Mota começou por abordar o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, em que as previsões indicam uma contribuição real decrescente do sector petrolífero (decréscimo anual médio de -2,2%), resultado da queda de produção prevista.

É um contexto duro e também associado à transição energética, mas que não invalida aquilo que são as apostas que devem continuar a ser feitas. Em concreto, o sector não-petrolífero irá tirar partido das bases de diversificação económica que têm vindo a ser consolidadas e potenciadas, resultando num crescimento real anual médio desta componente de 4,5%. Sendo que isto não retira importância ao sector petrolífero.
O sector da energia desempenhará o seu papel de catalisador do desenvolvimento socio-económico, através da expansão do acesso à electricidade.
Tem uma riqueza imensa em hidrocarbonetos, que é e deverá continuar a ser o garante do desenvolvimento e crescimento do País, a médio prazo. Esta é uma área essencial para os próximos 10 anos, permitindo também promover a diversificação de outros sectores.

O PIB petrolífero representou, em 2022, cerca de 25% do PIB total de Angola. Nesse mesmo ano, as exportações totais ascenderam a um valor consideravelmente superior às importações, resultado da performance do barril, com o sector petrolífero a ter uma representatividade de cerca de 87% sobre o peso total das exportações.

Sobre o tema da sustentabilidade, o Partner da EY mencionou que a indústria de O&G é uma das 

Mais estigmatizadas, no entanto, falar em sustentabilidade não é apenas falar de clima, mas também da dimensão social.
Curiosamente, em muitos dos projectos que temos acompanhado em Angola, sobretudo com a indústria, a dimensão que mais sobressai é a social.

Desafios e oportunidades da economia angolana em destaque

‘Financiamento e investimento da economia angolana’ foi o tema do painel de debate que contou com a participação de Paulo Madruga, Partner da EY-Parthenon e líder da equipa de Governo e Sector Público, que referiu existir um 

Conjunto de oportunidades, e também de grandes desafios, na economia angolana.
Os desafios são muitos, mas tanto são em Angola, como por todo o Mundo. No que toca a Angola, tem um elevado potencial, mas os resultados ficam aquém deste potencial. Respondemos muito bem à pergunta ‘Onde queremos estar?’, mas temos maior dificuldade em responder à pergunta ‘Como é que vamos fazer?’. Este é o grande desafio.

Num olhar para o presente e o futuro do País, o Partner da EY-Parthenon destacou o 

Bónus demográfico, que é uma oportunidade única, mas que também pode ser um problema, caso não seja bem encarado e resolvido.
Existe um motor adormecido na economia angola, a procura interna, que talvez explique o crescimento dos dois últimos anos e o retomar, que me parece ter relevância para o futuro de Angola, e em que vão ser chamados todo o tipo de investidores – pequenos e grandes, nacionais e estrangeiros – para tratar deste potencial demográfico. É uma população que precisa de consumir, mas que não consome porque não tem poder de compra e emprego. Precisamos apenas de romper este círculo vicioso.
A procura interna permite também valorizar a procura externa, nomeadamente no que toca ao turismo, um sector que assume uma grande relevância”. “Angola tem de crescer para o Mundo, mas também tem de ficar mais pequena em termos nacionais e aproveitar o potencial das províncias.

Na sua intervenção, Paulo Madruga abordou ainda o percurso da EY em Angola, marcado por um “crescimento sustentado”. 

Temos a trabalhar, em Angola, 250 colaboradores, dos quais mais de 200 são cidadãos angolanos. Temos vindo a crescer de forma relevante e, no próximo mês de Setembro, vamos mudar de escritório. Parece-me que este crescimento da EY em Angola é um bom indicador de quem está a fazer este caminho no País, que vemos com bastante futuro.