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11 dez 2022  | Lisbon, PT

ESTUDO EY | Portugueses fazem compras mais conscientes e sustentáveis, mas o preço continua a ser fator de decisão

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  • Conclusões da 4ª edição do EY Future Consumer Index, elaborado pela EY Portugal, deixam antever as principais tendências para o futuro próximo, incluindo o período de maior consumo que se avizinha, a época de Natal
  • Conflitos geopolíticos, pressões inflacionárias e interrupções na cadeia de suprimentos estão a levar os consumidores a mudar os seus padrões de gastos à medida que esticam ainda mais os seus orçamentos
  • A disrupção contínua está a levar os consumidores a introduzir mudanças dramáticas de curto prazo nos estilos da vida. Compram mais bens essenciais, mas recorrem muitas vezes a alternativas mais baratas

LISBOA / 24  NOVEMBRO DE 2023. O custo de vida subiu ao topo das preocupações dos consumidores, que estão cada vez mais focados em viver dentro do seu orçamento e comprar apenas os produtos essenciais que precisam para si e para as suas famílias no dia-a-dia. Esta é uma das conclusões obtidas na 4.ª edição do EY Future Consumer Index, elaborado pela EY Portugal. A grande maioria dos portugueses inquiridos (85%) preocupa-se com a acessibilidade dos produtos essenciais e uma fatia menor (63%) admite que o aumento do preço dos produtos e serviços está a limitar o seu poder de compra.

Mas não só. Há ainda mais conclusões que ajudam a traçar o perfil do consumidor atual, definindo também o contexto em que este hoje se insere, e que deixam antever as principais tendências para o futuro próximo, incluindo o período de maior consumo que se avizinha, a época de Natal. 

A atual realidade económico e político nacional e internacional, traz até aos portugueses uma sensação de instabilidade, empurrando-os para comportamentos de consumo mais moderados e sujeitos a uma maior atenção àquilo que é prioritário e essencial. O estudo mostra-nos que 70% dos inquiridos estão mais pensativos acerca do futuro e do que será verdadeiramente mais importante para si
Em paralelo, os consumidores estão preocupados com a saúde do planeta e esperam que as empresas mostrem mais liderança para reduzir o impacto negativo e aumentar o impacto positivo. O impacto disruptivo dos ciclos económicos ou políticos vai e vem. Mas o impacto e a importância das alterações climáticas só aumentarão em proeminência, especialmente à medida que as pessoas sentirem o impacto tangível das alterações climáticas e a necessidade regulamentar de as mitigar se tornar mais urgente.

Os conflitos geopolíticos, pressões inflacionárias e interrupções na cadeia de suprimentos estão a levar os consumidores a mudar os seus padrões de consumo, à medida que esticam ainda mais os seus orçamentos.

De acordo com os dados apurados no EY Future Consumer Index, os portugueses continuam a priorizar a compra de medicamentos, produtos alimentares básicos ou produtos para cuidar da casa e compram cada vez menos roupa, calçado ou acessórios, bebidas alcoólicas ou produtos de beleza e cosmética. Ao mesmo tempo, procuram também por alternativas mais baratas de produtos para cuidar da casa, produtos alimentares básicos ou comida fresca/embalada.

O preço continua a ser a prioridade na tomada de decisão da maioria dos momentos de compra, com compras mais conscientes e orientadas para a sustentabilidade. O EY Future Consumer Index mostra que o consumo consciente ganhou prioridade nas escolhas dos consumidores: 67% dos inquiridos não sente necessidade de acompanhar as últimas tendências da moda e 59% preocupa-se com a relação custo/benefício daquilo que consome.

Os consumidores portugueses estão mais concentrados na acessibilidade e na saúde e, por isso, o foco no bem-estar mental e físico continua elevado. Pensam mais no futuro e no que realmente é importante para eles, mas também estão mais preocupados com o aumento do preço dos bens essenciais, com a sua saúde e com a sua situação financeira: 78% dos inquiridos afirmam que estão mais conscientes e cautelosos quanto à saúde mental e 62% revelam que estão preocupados em terem acesso a cuidados de saúde de qualidade, quando necessário. Uma percentagem menor, apenas 41% afirmam mesmo que estariam dispostos a pagar um valor adicional por produtos que promovem saúde e bem-estar.

O estudo da EY destaca ainda que a utilização de tecnologias digitais para interagir com as marcas, empresas ou pessoas ou, ainda, fazer compras, integrou-se perfeitamente na vida diária dos portugueses. A vida quotidiana está cada vez mais digital, seja por conveniência dos consumidores, seja para personalização das suas experiências, e os resultados falam por si: 86% dos inquiridos usam aplicações de navegação, 85% gerem o seu dinheiro através de website ou aplicação do banco e pagaram compras online com cartão de crédito ou de débito.

No campo das comunicações, o digital também está bastante presente no dia-a-dia dos consumidores: 83% dos inquiridos admitem que comunicaram com amigos e familiares através das plataformas ou aplicações de comunicação nos últimos meses. Ou seja, a adoção de novas ferramentas digitais apresenta oportunidades para as empresas expandirem a sua presença nesse canal e desenvolverem novas experiências entre os consumidores e a marca. Estes esforços permitirão às empresas capturar mais dados, identificar novos insights, testar produtos e responder rapidamente às mudanças do mercado.

A tecnologia faz parte do dia a dia dos consumidores em vários aspetos da vida. Contudo, há inovações que ainda não foram adotadas. 96% dos inquiridos nunca ‘tiveram as compras entregues por um drone’ e 83% nunca compraram produtos virtuais, como por exemplo, NFTs, nem experimentaram usar uma plataforma virtual que simula uma vida normal.

A adoção da IA traz algumas preocupações que podem abrandar a adoção das soluções. Roubo de identidade ou fraude ou ser vítima de phishing estão no topo das preocupações dos portugueses, com 84% dos inquiridos a responderem afirmativamente a estas questões. Seguem-se os medos relacionados com a violação de dados pessoais, com 82% das respostas.

A IA está a ser aproveitada por múltiplas empresas para elevar a experiência dos consumidores, automatizando e personalizando os momentos de contacto. A saber, 61% dos inquiridos no âmbito do EY Future Consumer Index acreditam que a IA pode ser usada para apresentar ofertas e promoções especiais, individualmente, e 60% consideram que a IA é útil para mostrar como será um produto inserido numa casa ou como determinada peça de vestuário ficaria em si próprio, com recurso ao uso da realidade aumentada.

Apesar de várias preocupações, os consumidores continuam a mostrar sinais de esperança e resiliência. Mais de metade dos inquiridos do EY Future Consumer Index, 57%, gostam de como alguns dos aspetos da sua vida mudaram e não querem voltar a viver exatamente como antes da pandemia e 51% sentem que a sua vida será melhor daqui a 3 anos.

Para ler o estudo na íntegra faça download carregando no botão abaixo:

Future Consumer Index 2023

 

Para saber mais informações, contacte: Telma Franco

Telma Franco

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