Quantas ameaças à cibersegurança se ligam diretamente às casas dos clientes?
O lançamento de contadores de eletricidade inteligentes promete trazer, mais conhecimento do que nunca. Mas como devem os riscos ser endereçados para manter a confiança dos consumidores?
Em 2009, entrou em vigor uma diretiva da UE que obriga os fornecedores de serviços de eletricidade a substituir os contadores de residenciais existentes por novos contadores inteligentes até 2020. Isto representou um grande desafio para os serviços públicos devido à natureza e complexidade dos novos sistemas de medição inteligente e da infraestrutura de apoio.
Uma dessas organizações é cliente da EY, uma empresa estatal de serviços energéticos na Europa. A dimensão do desafio era enorme: o cliente precisava de implementar mais de 2 milhões de contadores inteligentes, sistemas de dados e comunicações de suporte usando uma vasta gama de prestadores de serviços, tornando-o um dos maiores e mais complexos programas de transformação digital a que o país alguma vez tinha desenvolvido.
Os contadores inteligentes prometem novos tipos de benefícios para a empresa de eletricidade, ambiente e clientes – os novos dados podem permitir novos modelos de negócio e uma maior consciencialização do consumo. Mas os contadores inteligentes também geram grandes quantidades de dados pessoalmente identificáveis, que podem ser potencialmente utilizados de forma fraudulenta para lesar o cliente.
A companhia de eletricidade teve de se questionar sobre como conceber e construir um modelo de governo e cibersegurança robusto para proteger e prevenir que os dados dos seus clientes chegassem às mãos das pessoas erradas, especialmente por estarem sujeitos à regulamentação do RGPD? E agora que grandes partes da cadeia de fornecimento energético do país seriam digitalizadas, a empresa tinha também de considerar como vai proteger a rede elétrica contra ciberataques de forma a manter um fornecimento contínuo de eletricidade para a infraestrutura crítica?