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Como a GenAI está a remodelar a estratégia de investimento em participações privadas

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Bridget Walsh

EY Global Private Equity Industry Market Leader

4 minute read 16 jan 2024
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É necessária uma abordagem equilibrada da estratégia de investimento para se defender contra as perturbações causadas pela GenAI e, ao mesmo tempo, melhorar o desempenho das carteiras.

Sumário Executivo

  • Desde a facilitação do crescimento ao aumento da eficiência e à redução dos custos, a adoção da GenAI está a criar uma série de novas oportunidades de investimento para as empresas de capital de risco. 
  • A ascensão da GenAI poderá também pôr em causa a relevância de alguns modelos de negócio há muito estabelecidos, afetando os investimentos atuais em carteira.
  • Compreender o efeito multifacetado da IA em diferentes setores permite às empresas de capital de risco avaliar os potenciais riscos e desenvolver estratégias para desbloquear o valor.

Este artigo foi originalmente publicado no LinkedIn.

O meurecente blogue sobre a IA generativa (GenAI) descreveu a forma como a tecnologia está a ser adotada pelo setor das participações privadas (PE) e sugeriu que a GenAI requer uma abordagem que equilibre a necessidade imediata de exploração (movimentos rápidos) com o pensamento estratégico a longo prazo (movimentos inteligentes).

O recente CEO Outlook Pulse da organização EY revela que 75% das empresas apoiadas por capital de risco concordam que devem agir agora sobre a GenAI para evitar dar aos concorrentes uma vantagem estratégica. Não há dúvida de que os movimentos rápidos podem ajudar as empresas a identificar oportunidades táticas, como a redução de custos. Agora é altura de considerar os movimentos inteligentes: como é que as empresas de capital de risco podem utilizar a GenAI para reformular e afetar a sua estratégia de investimento?

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Equilíbrio entre riscos e benefícios

Ao falar com os clientes, deteto um crescente sentido de urgência para compreender como a GenAI está a remodelar o panorama do investimento, e é complexo. Não se trata apenas do que a IA generativa pode fazer – o potencial para aumentar o valor é enorme – mas também dos riscos e desafios associados que cria nas suas operações e empresas da carteira.
 

As empresas de capital de risco reconhecem a necessidade de uma estratégia que sirva dois objetivos: uma rede de segurança que defenda os investimentos contra as perturbações e um plano que gere receitas, eficiência e desempenho global da carteira.

Penso que esta abordagem equilibrada é fundamental. Assim, as conversas que estamos a ter giram em torno de três questões fundamentais:

  • Como é que a GenAI irá perturbar sectores, modelos de negócio e funções?
  • Que riscos e oportunidades criam estas perturbações para os novos investimentos e as carteiras existentes?
  • Como é que as empresas devem reagir?

Fortificar as defesas

Atualmente, estamos a trabalhar com fundos para os ajudar a avaliar o potencial impacto da IA nas empresas da sua carteira. As empresas de private equity são excelentes na identificação de investimentos com fortes perspetivas de crescimento e perfis de risco distintos, mas é cada vez mais evidente que alguns modelos de negócio há muito estabelecidos podem ter dificuldades em manter-se relevantes na era da GenAI. Noutros casos, embora possam existir oportunidades de inovação, estas exigem uma compreensão profunda do panorama tecnológico em mudança para proteger os investimentos originais e maximizar os retornos.

Considere o setor dos transportes: As empresas deste domínio poderão enfrentar mudanças significativas impulsionadas pelos avanços da IA em áreas como a otimização de rotas, a gestão de frotas e o envolvimento dos clientes. Os fabricantes que não modernizaram os seus processos já estão a enfrentar a realidade de uma maior ineficiência, custos crescentes e a ameaça de se tornarem obsoletos. No setor dos cuidados de saúde, as organizações que ainda não integraram as tecnologias emergentes para as ajudar a gerir a procura e os cuidados aos doentes correm o risco de ficar para trás.

Para reforçar a sua carteira contra estas forças disruptivas, as principais questões que as empresas podem colocar são

  • Qual é a perceção do impacto da IA no seu setor no futuro imediato e como poderá mudar a médio e longo prazo?
  • Quais os ativos da carteira que correm maior risco de serem perturbados pela IA?
  • De que forma pode a IA ser aproveitada para melhorar a eficiência operacional e reforçar a resiliência das empresas da carteira?

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Gerar novo valor

Como parte da sua avaliação, as empresas de capital de risco estão atentas às formas como a IA pode criar novo valor e estimular o crescimento. O setor da tecnologia destaca-se como um excelente exemplo de onde podem ser feitos novos investimentos: As empresas que oferecem produtos e serviços de ponta orientados para a GenAI, por exemplo, estão a crescer rapidamente e já começam a ver as suas avaliações melhoradas. Por exemplo, de acordo com a Bloomberg, a Character.ai, uma start-up sediada nos EUA, está nas fases iniciais das discussões para garantir um financiamento adicional, possivelmente superior a 5 mil milhões de dólares ou mesmo 10 mil milhões de dólares em termos de avaliação, o que representa um aumento de até 10 vezes desde março.

 

Noutros setores, as empresas que ainda não modernizaram as suas funções de back-office ou operações comerciais podem vir a ser alvos privilegiados de investimento se a IA for implementada rapidamente para permitir a redução de custos e o crescimento futuro. No setor dos cuidados de saúde, por exemplo, a integração da IA nas práticas existentes – que vão desde o diagnóstico ao tratamento e até aos cuidados dos doentes – está a criar um leque diversificado de possibilidades de investimento. No espaço do consumidor, as plataformas que utilizam a IA para extrair dados para obter informações já estão a transformar a forma como as marcas garantem a lealdade e envolvem-se com os clientes, com potencial para retornos consideráveis.

 

Quando se trata de desbloquear novo valor, as questões-chave a colocar são:

  • De que forma poderá a IA transformar activos subvalorizados e aumentar significativamente o seu valor?
  • Como pode a IA aperfeiçoar as estratégias de preços e reforçar a marca, especialmente em setores centrados no consumidor e altamente competitivos?
  • Que abordagens podem ser utilizadas para reinventar o apoio ao cliente e melhorar o envolvimento utilizando a GenAI?
  • Como é que a IA pode ser utilizada para tornar as cadeias de abastecimento mais eficientes e melhorar a previsão e a gestão de stocks?

Uma estratégia de ação

Compreender o equilíbrio entre as novas oportunidades de criação de valor com a GenAI e os riscos que esta tecnologia emergente rapidamente cria para as carteiras existentes permite aos GP tomar decisões estratégicas e informadas, e orientadas para a maximização dos retornos.

Resumo

As empresas de capital privado estão a explorar cada vez mais o impacto da GenAI nas suas estratégias de investimento. Embora a GenAI seja extremamente promissora, também apresenta riscos que têm de ser cuidadosamente equilibrados. Ao analisar a forma como a GenAI pode perturbar determinados setores, modelos de negócio e funções, as empresas de capital de risco podem avaliar os riscos potenciais da IA nos seus investimentos existentes, ao mesmo tempo que tomam medidas estratégicas para impulsionar a criação de valor.

 

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