O setor bancário europeu enfrenta, atualmente, um desafio complexo e estrutural. As instituições são cada vez mais chamadas a dar resposta a um quadro regulamentar que se apresenta tendencialmente mais exigente, digital e transversal.
Mais do que apenas uma exigência regulamentar que deve ser assegurada (o clássico “tick the box”), o reporte regulamentar é cada vez mais visto como um reflexo da maturidade organizacional dos bancos.
Na agenda das instituições, surge agora o IReF – Integrated Reporting Framework que entrará em vigor no último trimestre de 2029. Este novo enquadramento visa implementar processos únicos e integrados de reporte baseados nos dados, a nível europeu.
Mais do que garantir a qualidade e rastreabilidade dos dados, o grande desafio passa agora pela tempestividade e coerência dos reportes que estes alimentam. O desafio passa pela capacidade de demonstrar que os dados refletem, em tempo real, a realidade da atividade e das operações dos bancos.
Este novo cenário acarreta por si, riscos significativos para as instituições, tanto ao nível de compliance como reputacional. A experiência diz-nos que, genericamente, as instituições estão em conformidade com os requisitos, mas essa conformidade pode não ser visível e evidente para o Supervisor.
Fatores como dispersão das fontes de informação, sistemas de informação obsoletos ou a excessiva dependência de processos manuais na produção de informação, elevam o risco de erros e atrasos na produção dos reportes.
Contudo, este desafio pode e deve ser encarado como uma oportunidade estratégica única para o setor financeiro.
As instituições que apostarem na redução da complexidade dos processos, na eficiência operacional e na utilização dos dados como uma alavanca de gestão e não apenas como uma obrigação, passarão a deter uma vantagem competitiva real perante o setor.
É o momento de ser audaz. Os bancos que se anteciparem e apostarem na definição de uma nova estratégia que passe pela transformação dos seus processos de governo, obtenção, tratamento e reporte dos dados, estarão melhor preparados para os desafios futuros do setor.
A definição de uma estratégia de transformação, assentará essencialmente no investimento em três pilares essenciais:
- Governo de dados e IT: revisão e definição de modelos de governo interno, incluindo, a arquitetura de sistemas de informação e de gestão integrada dos dados.
- Automatização de processos: de recolha, tratamento, validação e reporte de dados, recorrendo, por exemplo, a soluções tecnológicas já existentes no mercado e inteligência artificial.
- Talento: capacitação das equipas com as competências técnicas e funcionais adaptadas às exigências regulamentares atuais e futuras.
Como é que a EY pode ajudar?
A EY combina o conhecimento aprofundado do setor financeiro português e europeu com soluções tecnológicas de ponta para apoiar as instituições nestes processos de transformação:
- Conhecimento setorial: detemos conhecimento aprofundado dos requisitos regulamentares, fruto da vasta experiência nacional e europeia obtida através da colaboração com a Supervisão em matérias como BCBS239, Asset Quality Review, modelos de risco de crédito e Guidelines de Originação e monitorização de crédito;
- Experiência em transformação digital: experiência em projetos de otimização de processos financeiros e gestão de dados;
- Tecnologia de ponta e Alianças estratégicas: as nossas equipas são especializadas em desenvolvimento e implementação de inteligência artificial e analytics e detemos alianças estratégicas com os players mais relevantes no setor, em matéria de reporte regulatório.
Este é o momento de agir.
O contexto atual representa uma oportunidade rara para os Bancos investirem na simplificação, standardização e reforço das suas capacidades de reporte a longo prazo. Os Bancos que se capacitarem desde já, certamente enfrentarão os próximos desafios com maior eficiência, dados mais confiáveis e maior competitividade.