EY e um café com… Maria João Carioca, CFO Galp
20 km a pé numa cidade, tracking no Canadá e uma carreira feita de escolhas corajosas. Neste episódio, Maria João Carioca, CFO da Galp, senta-se com Luís Pedro Mentes, Partner da EY na área de Financial Accounting and Advisory Services, para uma conversa que cruza liderança, propósito, confidências sobre férias e a arte de nunca repetir destinos. Um café que nos leva longe — dentro e fora da empresa.
Quais são os principais desafios que a Galp enfrenta atualmente?
"Os desafios da Galp passam em grande medida por algo que é partilhado por todo o setor: a transição energética. Temos de a gerir de forma a deixar confortável a sociedade em que nos integramos, mas também os nossos investidores. O desafio é encontrar sustentação para a nossa história de crescimento rentável, coordenando isso com uma transição energética que estamos todos a desenhar à medida que avançamos."
Que balanço faz do último ano na Galp?
"Super positivo. Fui muito bem acolhida. Vim pela curiosidade de aprender algo novo, enfrentar um desafio que chamasse por mim. Adorei o meu tempo na Caixa, mas a possibilidade de aprender um setor novo, numa empresa nova, com uma função que tem ângulos diferentes, foi um apelo muito forte. É uma aprendizagem intensa — e isso é o que me dá energia."
Que conselhos daria a quem começa agora uma carreira na área financeira e aspira a ser CFO?
"Não planeiem tudo com muito detalhe — a vida dá muitas voltas. A mim tem-me valido mais estar disponível para dar voltas com a vida do que ter um caminho todo pré-definido. Essa disponibilidade para abraçar desafios, para não dizer que não, para querer aprender, tem sido o que move a minha carreira. E na função financeira, é essencial estar articulado com a estratégia da empresa, com o negócio, fazer parte do todo."
Como concilia a vida profissional intensa com a pessoal?
"Com muita paciência da minha família. Ao longo dos anos tornei-me ferozmente defensora dos meus fins de semana — fazem parte do meu equilíbrio. Cada pessoa tem o seu equilíbrio próprio, mas acho que passa por sermos transparentes com quem nos rodeia. O meu marido e as minhas filhas sabem quando estou a passar por um período difícil ou quando estou contente. Isso ajuda-nos a encontrar energia e apoio mútuo."
Qual é o seu tipo de férias ideal?
"Gosto muito de cidades, mas em cidades canso imenso. Eu e o meu marido somos daqueles que somos capazes de fazer 20 km num dia a andar numa cidade, a calcorrear tudo a pé. Não sou grande fã de praia, mas na praia consigo descansar. Este ano vou para o Canadá fazer tracking em Banff, ao pé de Victoria, para conhecer a zona glaciar, as montanhas — para ver natureza, literalmente. Gosto de diversidade, raramente repito um sítio e gosto de ir juntando experiências à minha bucket list."