Robôs humanoides por cerca de 300 dólares por mês. Trabalhadores digitais como colegas de equipa. Diagnósticos médicos ao nível celular. Agentes de IA que simulam o mundo real. Estas são algumas das tendências que já estão a moldar decisões de investimento e a transformar modelos de negócio.
Num encontro exclusivo para líderes empresariais, a EY reuniu especialistas e decisores no evento “Estratégia e Governação de IA”, no EY.ai Hub, que aconteceu no dia 16 de setembro, para antecipar o impacto das megatendências de Inteligência Artificial que irão transformar vários setores nos próximos três a cinco anos.
“Esta é a década dos agentes de IA. O grande desafio vai ser evoluir de uma lógica de 'nós versus IA' para 'nós potenciados pela IA”, afirma Sérgio Ferreira, Partner e líder da EY.ai, que conduziu a sessão dedicada “a quem precisa de agir antes que a próxima vaga de IA chegue ao mainstream”.
Três Sinais de Disrupção e Megatendências
A equipa da EY.ai tem vindo a monitorizar sinais emergentes que já estão a orientar decisões de investimento. Entre eles:
- A ascensão dos trabalhadores digitais como colegas de equipa até ao final da década;
- A promessa de cura total de doenças, impulsionada por avanços em IA e biotecnologia;
- A transição de prompt engineers para context engineers, que reflete um novo paradigma na interação com agentes de IA.
Casos Reais, Benchmarks e Fracassos
A sessão destacou benchmarks EY com impacto imediato em receitas, custos, inovação e novos mercados, mas também alertou para os riscos:
- Segundo um estudo do MIT, 95% dos projetos de IA corporativa falham em gerar o retorno esperado;
- 85% não ultrapassam a fase piloto;
- Empresas que adotam modelos existentes têm uma taxa de sucesso de 67%, um argumento forte para repensar estratégias de desenvolvimento interno.
O Impacto da IA no Trabalho
A Inteligência Artificial está a redesenhar o mercado laboral:
- CEOs da Ford, Amazon e Nvidia antecipam reduções significativas na força de trabalho;
- Estudos recentes indicam que trabalhadores mais jovens são os mais afetados, enquanto os mais experientes demonstram maior resiliência;
- A robótica avança rapidamente: robôs humanoides, como o Figure 02, já custam cerca de 300 dólares por mês e empresas como a OpenAI e a Google estão a desenvolver “seres humanos não biológicos”.