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Impacto Microsoft em Portugal?


Existe uma mão cheia de multinacionais com impacto estrutural no mundo e em cada país em que atuam: a Microsoft é talvez a mais importante.

Comissionada pela Microsoft, a EY-Parthenon aferiu recentemente os principais impactos gerados pelo Ecossistema Microsoft em Portugal (empresa e seus principais parceiros de negócio) com referência ao último exercício económico da multinacional no nosso país.

Os resultados são impressivos: 4,9 mil milhões de euros gerados anualmente na economia portuguesa decorrentes, por um lado, dos efeitos diretos, indiretos e induzidos do Ecossistema Microsoft Portugal, e, por outro lado, dos efeitos catalisadores que os produtos Microsoft geram na nossa economia e na nossa sociedade pela via da produtividade, inovação e redução de recursos que permitem. Visto em perspetiva, isto corresponde a cerca de 2,4% do PIB português e a 7,3% do VAB gerado anualmente pelo setor das TIC em Portugal.  

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Neste ambiente complexo, o comércio mundial tem tido uma metamorfose considerável, associada ao surgimento de novos atores dominantes, com a Ásia emergente e a China a ascenderem aos palcos principais. Há, também, um incremento significativo na regulamentação e controlo das exportações, sinal evidente da transição para novas políticas comerciais globais. Nesta metamorfose são abrangidas principalmente três vertentes: assegurar a autossuficiência interna, conter os adversários geopolíticos e estimular o investimento em infraestruturas produtivas locais.

Em paralelo, assistimos a um aumento do uso de subsídios e das políticas industriais, particularmente nos países desenvolvidos, para incentivar o investimento interno, alavancar o emprego e potenciar a transição para práticas mais verdes.

Este pico de uma nova economia política de governação comercial delega a globalização e a liberalização do comércio internacional para uma posição secundária quando comparadas com metas de desenvolver cadeias de abastecimento resilientes, a promoção de uma transição energética justa, a geração de empregos bem remunerados, o combater à corrupção e à fraude fiscal e o fomento do crescimento de infraestruturas digitais seguras.

A antevisão económica para 2024 sinaliza um abrandamento das condições económicas, impulsionado por resultados mais modestos nos EUA e na China. A conjugação de fatores adversos emergentes, como o aperto da política monetária sobre a economia real nos EUA e na Europa, causam algum ceticismo quanto às perspetivas para o comércio internacional no curtíssimo prazo. Apesar disso, mesmo contra um pano de fundo de desaceleração global da produção industrial em 2023, espera-se alguma revitalização do comércio internacional de bens em 2024.

As cadeias de abastecimento globais também estão em profunda metamorfose: as empresas deparam-se com desafios acrescidos, desde a instabilidade dos preços das matérias-primas e as exigências de sustentabilidade intensificadas, até à necessidade de reforço da cibersegurança e à escassez de talento.

Este panorama dá origem a um novo paradigma, que reforça a pertinência do comércio internacional. Os governos têm um papel cada vez mais ativo nesta esfera e adivinha-se uma intensificação desta tendência.

Analisando Portugal, o país está num processo acelerado de ajuste face às grandes economias da UE, antevendo-se um fortalecimento das relações intra-europeias. As exportações nacionais encontram-se alinhadas com as exportações europeias, sendo os veículos automóveis e os combustíveis os produtos mais relevantes.

Perante este novo cenário do comércio internacional, as nossas recomendações para as empresas giram em torno de três vetores estratégicos: Liderança, Estratégia e Diversificação.

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Mas o impacto da Microsoft no país extravasa muito estes grandes números, fazendo-se também sentir nos quatro pilares que norteiam a sua atividade e atuação: Empreender, Promover, Incluir e Crescer (EPIC). Com efeito, em anos recentes, a Microsoft apoiou cerca de 250 startups no país, capacitou gratuitamente cerca de 20% dos portugueses em idade ativa, apoiou mais de 1.000 ONG nas suas causas sociais e evitou mais de 24 toneladas de emissões anuais de CO2.

O impacto da Microsoft em Portugal é, assim, marcante e estrutural, mas tem margem para aumentar muito mais, dados os efeitos pervasivos das novas tecnologias em desenvolvimento pela multinacional, sobretudo na área da IA. 

Faça o download do estudo completo Impacto Económico e Social do Ecossistema Microsoft em Portugal (PDF)


Resumo

A EY-Parthenon elaborou para a Microsoft o estudo “Impacto Económico e Social do Ecossistema Microsoft em Portugal”. Este estudo demonstra que este ecossistema virtuoso gera anualmente cerca de 4,9 mil milhões de euros na economia portuguesa decorrentes, por um lado, dos efeitos diretos, indiretos e induzidos da atuação da Microsoft e dos seus parceiros de negócio, e, por outro lado, dos efeitos catalisadores que os produtos Microsoft geram na nossa economia e na nossa sociedade pela via da produtividade, inovação e redução de recursos que permitem. Visto em perspetiva, isto corresponde a cerca de 2,4% do PIB português e a 7,3% do VAB gerado anualmente pelo setor das TIC em Portugal.

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