2 minutos de leitura 16 abr 2021
Boy browsing the iPad on the bed

A oportunidade para a digitalização

por David Oliveira

Principal, Transaction Strategy Execution, EY-Parthenon, Ernst & Young, S.A.

É casado e tem 3 filhos. É apaixonado pela vida, música, desporto e pelo mar. Passa o seu tempo livre com a família e os amigos e não perde um jogo do Benfica.

2 minutos de leitura 16 abr 2021

O setor de telecomunicações vive momentos particularmente agitados e com múltiplos desafios.

Faz sensivelmente 15 anos que me ofereceram um dispositivo que permitia emular o sinal de televisão que tinha em casa e ter a possibilidade de assistir a todos os programas de cabo em quase qualquer lado, no computador. Era mais ou menos uma experiência semelhante à que temos hoje no nosso telemóvel, tablet ou computador, mas com uma qualidade diferente. O salto tecnológico que demos desde esse dia até hoje foi significativo. Não obstante, arrisco-me a dizer que há um ano para cá demos um salto quântico. Não poucas vezes durante este período tremi ao fazer uma vídeochamada com colegas e/ou clientes, quando sabia que todos cá em casa estavam a ver filmes em streaming, na escola online ou também em vídeoconferência.

No presente, os communication service providers (CSPs) são muito mais do que simples fornecedores de conetividade. Contrariamente ao que acontece em outros setores, o desafio que estes atores económicos se deparam têm dois ângulos diferentes: por um lado, têm que se reinventar constantemente, de forma a deterem um negócio sustentável e eficiente; por outro, são eles próprios, por vários motivos, um catalisador da transformação digital de várias áreas/setores da nossa economia. Este facto faz com que os investimentos em inovação e desenvolvimento não possam parar. A rentabilidade do negócio depende da sua capacidade de reinvenção e de disponibilização de serviços inovadores e complementares. Os serviços básicos de baixo valor disponibilizados a clientes cada vez mais exigentes, está dependente da eficiência em que os mesmos são prestados para que sejam igualmente rentáveis.

Para que estes objetivos sejam alcançáveis é importante ter uma mente aberta, pensar mais à frente e fora da caixa. Hoje, considerar parcerias com organizações over the top (OTT) ou em partilhar redes com agentes que há relativamente pouco tempo eram concorrentes, tem de ser uma realidade. Mais do que concorrentes são parceiros e potencialmente elementos diferenciadores de uma oferta mais alargada, que em conjunto constituem um ecossistema resiliente e diferenciador.

Por exemplo, o impacto do 5G nos diferentes setores tem tido diferentes ângulos de análise. A perspetiva que será crucial na digitalização de diversos setores é aceite transversalmente. Contudo, a velocidade a que vai acontecer é um pouco incerta, facto que pode conduzir a um desalinhamento entre a oferta e a procura. Este facto faz com que os investimentos nas redes de telecomunicações tenham de ser antecipados, escrutinados e racionalizados, no sentido de alocar o investimento no momento e no sítio certo, quando for necessário. Foi por este motivo que a EY desenvolveu um conjunto de instrumentos que permitem aferir, tendo por base dados em tempo real, como otimizar o investimento nas redes de telecomunicações. Mais do que olhar para o histórico e extrapolar futuros investimentos, ter a capacidade de aferir os requisitos tendo por base modelos preditivos que utilizam dados em tempo real que incorporam conhecimento de especialistas, disponibiliza informação para atuar e antecipar futuras necessidades e tomar decisões informadas.

Resumo

É um privilégio termos a possibilidade de contribuir para este momento e apoiar o desenvolvimento sustentável do setor que, nesta fase, é um dos dinamizadores e aglutinadores da economia.

Sobre este artigo

por David Oliveira

Principal, Transaction Strategy Execution, EY-Parthenon, Ernst & Young, S.A.

É casado e tem 3 filhos. É apaixonado pela vida, música, desporto e pelo mar. Passa o seu tempo livre com a família e os amigos e não perde um jogo do Benfica.