2 minutos de leitura 6 set 2021
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Sucesso profissional: o que aprender com Leonardo da Vinci?

por EY Portugal

Firma de serviços profissionais multidisciplinares

2 minutos de leitura 6 set 2021
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Os colaboradores, não obstante o setor, sentem-se cada vez mais pressionados. O trabalho aumenta e as equipas diminuem.

Fazer mais com menos é a máxima instituída na demanda de organizações mais eficientes. A isso acresce a necessária exigência com a qualidade e a criatividade. E com a disrupção, uma vez que o consumidor está a mudar os seus hábitos, o mercado é global e os concorrentes surgem dos locais mais inesperados, agora que os jovens se juntam online nos intervalos dos campeonatos de Playstation e formam startups com ideias esdrúxulas mas que são um sucesso.

Depois temos os novos temas do reskilling, da tecnologia e dos analytics. Para ganhar às máquinas, os colaboradores nos dias que correm sentem que têm de ser mais rápidos do que a luz, mais inteligentes que o Kasparov e pelo menos tão bons como o Nostradamus a prever o futuro (neste caso, o futuro dos mercados). E tudo enquanto asseguram as tarefas rotineiras que ninguém vê nem valoriza, mas essenciais para o negócio.

A adicionar a isto, e na procura da agilidade, as organizações estão cada vez mais flat, o conceito de carreira profissional está a mudar e fala-se sobretudo em colaboração (que não representa necessariamente mais ordenado ao final do mês), e que se traduz muitas vezes em perceções de falta de reconhecimento por parte das lideranças. Por último, sob toda a pressão sentida, é ainda pedido aos colaboradores que demonstrem inteligência emocional para lidarem com situações adversas, transformando emoções negativas em algo de positivo e, se possível, de valor acrescentado para a empresa.

Mas porquê chamar à conversa, para discutir os desafios do futuro, Leonardo da Vinci, um homem do renascimento, que no seu tempo não teve de lutar pelo “direito de desligar” e de conseguir conciliar a exigência profissional com a vida pessoal? Por uma razão muito simples: Leonardo da Vinci era um génio, mas não era perfeito. E essa talvez seja a primeira ideia que temos de interiorizar. Vivemos num contexto profissional complexo, ambíguo, de elevada velocidade, que nos desafia constantemente. É impossível sermos perfeitos. Se o assumirmos com humildade e responsabilidade, vamos conseguir retirar uma parte significativa da pressão.

O Leonardo era um apaixonado pelo que fazia. Para ele não lhe bastava saber, queria compreender a fundo e depois imaginar. E desta vontade retirava motivação para alimentar o seu processo criativo, em constante movimento. Quando em contexto profissional fazemos o que nos apaixona, conseguimos gerir melhor a pressão, ter maior capacidade de entrega e de performance. É preciso então ter coragem para nos questionarmos e perceber o que nos faz feliz. Devemos assumir o ownership da nossa carreira, desafiando-nos a nós e à nossa organização a encontrar/criar essas oportunidades.

Não obstante o seu enorme talento, o Leonardo dedicava-se totalmente ao trabalho, por vezes de forma quase obsessiva, para atingir o melhor resultado. Prova disso são, por exemplo, os inúmeros cadernos com esboços, anotações e estudos sobre o corpo humano e a dissecação de cadáveres, para melhor compreensão da anatomia. Trabalho, esforço e dedicação são características intemporais para o sucesso. Mesmo as competências que não nos são inatas conseguimos trabalhá-las e atingir níveis elevados de performance. Necessitamos para isso de definir um objetivo, traçar um plano, estudar e praticar com dedicação.

A sua curiosidade e inquietação em compreender o mundo e imaginar o futuro fê-lo cruzar disciplinas. Leonardo foi o maior polímata da história. Apesar de o reconhecermos sobretudo pela pintura, foi também cientista, matemático, arquiteto, botânico, anatomista, escultor, entre outros. Como inventor idealizou, por exemplo, máquinas voadoras nunca imaginadas. Nos dias que correm, para sermos inovadores e pensar futuro, é essencial conseguir acompanhar tendências, cruzar saberes, fazer o connecting the dots, testar sem medo de errar e construir soluções de valor acrescentado.

Resumo

Vivemos numa época de muita pressão e ruído, e esse contexto dificilmente o conseguiremos mudar totalmente. Temos assim de procurar a solução em nós, focando-nos no essencial, naquilo que nos faz feliz e lutar com resiliência (sim, a inteligência emocional é mesmo importante) pela nossa causa. Sucesso profissional é um conceito subjetivo, e ser CEO não é sinónimo direto de felicidade. Termino desta forma com um desafio: o que é para si, caro leitor, sucesso profissional? Faça essa reflexão com calma e depois lute pelo que acredita.

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por EY Portugal

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