Capítulo 1
O risco e a incerteza tornaram-se preocupações do dia-a-dia
Para os consumidores a experiência de viver esta pandemia durante dois longos anos mudou a forma como pensam e sentem o risco.
Elevou o seu sentido de consciencialização sobre os riscos para a sua saúde e das suas famílias, dos impactos e restrições à sua mobilidade e da incerteza quanto ao presente e futuro da sua situação financeira. Esta nova realidade mudou a sua perspetiva sobre a vida, e o estudo mostra-nos que estarão mais focados em viver melhor e em não desperdiçarem o seu tempo.
Parece claro o surgimento de uma nova mentalidade entre os consumidores do EY Future Consumer Index, a de estar "sempre em caso de emergência".
Esta nova mentalidade é o resultado da combinação de um conjunto de fatores. O de experienciar viver sob uma pandemia global - a COVID-19, somada com panorama geopolítico e económico cada vez mais instável e imprevisível, aos quais se juntam preocupações com a inflação, cadeias de abastecimento frágeis e a crescente preocupação com as visíveis alterações climáticas.
Os consumidores dizem-nos ainda que o seu bem-estar financeiro e mental está sob stress, estão cansados, e isso está a afetar o que sentem em relação ao gastar dinheiro. A maioria dos consumidores quer aumentar as suas poupanças, e são as gerações mais novas que estão mais determinadas a acumular uma reserva de dinheiro.
Capítulo 2
As pessoas valorizam mais a qualidade – do produto, da experiência e do tempo
Os consumidores estão a definir novas prioridades na forma como e quando usam o seu dinheiro e o seu tempo.
Muitos aprenderam a viver com menos durante a pandemia e agora querem comprar melhor em vez de mais. O estudo mostra-nos que as pessoas também querem consumir menos no geral.
Os consumidores estão a evitar gastar em produtos e experiências desnecessárias – não só porque isso é bom para as suas finanças, mas porque é bom para o planeta. Há um interesse crescente em produtos e serviços que podem ser mantidos em circulação por mais tempo, através do aluguer, subscrição ou revenda.
Poupar dinheiro é a principal razão para deixar de comprar bens físicos.
Capítulo 3
O digital está a tornar-se o canal padrão das suas vidas
A pandemia mudou a relação do consumidor com as tecnologias digitais.
Durante meses a fio, era difícil – ou impossível – fazer compras, trabalhar, aprender ou socializar sem uma interface digital. Hoje, a tecnologia digital é aceite como uma forma normal de ter estas interações.
Pesquisar um produto e depois comprar online com click-and-collect ou entrega ao domicílio tornou-se parte de uma experiência de compras normal. A capacidade existia antes da pandemia, mas a sua adoção foi massivamente acelerada. À medida que a COVID-19 evolui e surgem novas crises, os consumidores continuarão a confiar no digital para se manterem seguros e gerirem a sua vida pessoal e profissional.
A flexibilidade é uma prioridade cada vez mais importante. Os consumidores incorporarão marcas nas suas vidas que lhes dão flexibilidade que podem controlar, quer estejam a trabalhar, a fazer compras ou à procura de entretenimento. Isto mudará os padrões de viagem e consumo à medida que os consumidores recalibram as suas pegadas físicas e digitais.
Com mais consumidores a aceitarem o valor das experiências digitais, há mais atenção na qualidade dessas experiências. As pessoas querem que o digital lhes dê os altos níveis de serviço e experiência normalmente associados ao mundo físico, e querem uma experiência perfeita e consistente em ambos os domínios.
Os consumidores são agora muito mais exigentes na forma como gastam o seu dinheiro. É assim imperativo que as marcas tornem prioritária a remoção de todos os pontos de atrito na jornada de cliente.
Faça o download do estudo completo em "Portugal: Desafios para 2022 – 3ª edição - Parte II".
Resumo
O EY Future Consumer Index baseia-se em inquéritos regulares realizados exclusivamente para a EY e acompanha a mudança de sentimento e comportamentos dos consumidores ao longo do tempo, identificando segmentos de consumidores emergentes. Dá-nos indicadores longitudinais e uma perspetiva única sobre as alterações que são as reações temporárias à crise COVID-19, quais apontam para mudanças mais fundamentais, e como poderá ser o consumidor pós-COVID-19.