2 minutos de leitura 3 nov 2021
The calm lake seen through wall hole

Eficiência empresarial coletiva: um enabler para a dinamização da economia verde

Autores
Miguel Cardoso Pinto

Partner, EY-Parthenon Portugal Leader & Advanced Manufacturing and Mobility Leader, EY-Parthenon, Ernst & Young, S.A.

Pai de três filhas com gosto pela leitura, música e desporto. Adepto de rugby e iniciante na prática de triatlo.

Hermano Rodrigues

Principal, EY-Parthenon, Ernst & Young, S.A.

Lidera na EY-Parthenon uma equipa especializada em inteligência estratégica de apoio à tomada de decisão e à promoção da eficiência coletiva. Casado e com dois filhos. Adora viajar.

Manuel Mota

Partner, Climate Change & Sustainability Services Leader, Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.

Casado e pai de quatro crianças. Adora velejar.

2 minutos de leitura 3 nov 2021

Abordar o conceito de Sustentabilidade torna-se lato quando pensamos em tudo o que abrange e o impacto estruturante que detém nas nossas vidas diariamente.

O cenário atual, imerso em ameaças para a humanidade (e.g. alterações climáticas, escassez de recursos naturais críticos, padrões de consumo insustentáveis, prevalência da lógica do “take-make-dispose”) urge ser revertido.

Com a manutenção do cenário business as usual, constata-se que a procura excederá a disponibilidade de recursos, traduzindo-se num forte desequilíbrio entre as necessidades da sociedade e o que o planeta Terra terá para oferecer.

No presente ano de 2021, assistimos mais uma vez à manutenção da trajetória de esgotamento dos recursos naturais da Terra (o “Dia da Sobrecarga da Terra” ocorreu a 29 de julho). Estamos a viver permanentemente em défice ecológico, uma vez que a humanidade consome mais 74% de recursos naturais do que os ecossistemas do planeta conseguem regenerar, ou seja, o equivalente a “1,7 planetas Terra”. E Portugal tem atualmente uma pegada ecológica correspondente a cerca de 2,75 planetas.

 
Como promover o avanço da economia portuguesa em direção a uma economia neutra em carbono em 2050 (meta estabelecida no Pacto Ecológico Europeu, uma iniciativa da Comissão Europeia)?
 

O caminho para neutralidade carbónica exige um esforço global coletivo.

A Economia Circular e a Descarbonização são vetores centrais de suporte à mudança imperativa do atual paradigma ambiental (e económico), assim como a inovação e a cooperação são palavras de ordem para o sucesso desta transição. Em estudos de benchmarking internacional sobre gap de políticas entre Portugal e países de referência, desenvolvidos pela EY, foi possível concluir que as ações de eficiência coletiva foram (e estão a ser) determinantes para o avanço em direção à neutralidade climática nos vários países europeus de referência. Desde o início do processo de transição que países como a Holanda, Suécia ou Finlândia apostaram na definição de roadmaps de medidas setoriais e territoriais (de cidade ou região), construídos numa lógica bottom-up e com o envolvimento dos stakeholders nucleares para endereçar esta problemática em cada contexto específico.

Nestas estratégias de eficiência coletiva, protagonizadas por diferentes atores, movidos por um propósito comum, implicando esforços segundo uma lógica colaborativa, de articulação e de funcionamento em rede, os benefícios para acelerar o avanço para uma economia mais circular e neutra em carbono são inequívocos. Estas iniciativas motivam usualmente, não só, ganhos em matérias de transferência de conhecimento, inovação e performance, que seriam impossíveis de atingir individualmente, mas também uma "pressão" adicional para a evolução do quadro legislativo e regulamentar, frequentemente desafiado pelo processo de transição. Os seus impactos podem ser imediatos e a disseminação de boas práticas mais rápida.

Alcançar a Neutralidade Carbónica = Um Compromisso Coletivo

Em Portugal, o desenvolvimento das iniciativas de eficiência coletiva em torno da descarbonização e economia circular está a ganhar tração crescente. As principais associações empresariais e setoriais portuguesas despertaram para estas temáticas e estão a promover projetos perfeitamente alinhados com as boas práticas internacionais. Nestes processos, destacam-se dois projetos em que a EY tem estado envolvida: o Projeto E+C (Economia mais Circular), promovido pela CIP e cofinanciado pelo POISE, e o projeto EcoEconomy 4.0, promovido pela AEP e cofinanciado pelo COMPETE2020.

O projeto E+C (Economia mais circular) tem por objetivo a realização de um diagnóstico atualizado sobre as barreiras à Economia Circular nas empresas em Portugal e a promoção da aplicação de métricas de circularidade, através da aplicação da ferramenta Circulytics, desenvolvida pela Fundação Ellen MacArthur, a uma amostra de empresas. Os resultados do projeto estão a ser muito positivos e a adesão das empresas à aplicação da ferramenta, acima do previsto.

Economia mais circular logo

O projeto EcoEconomy 4.0 tem como principal foco a produção e disseminação de conhecimento sobre a “Economia Circular”, a “Descarbonização” e a “Transição Energética”. Destaca-se, também, neste projeto o desenvolvimento de duas ferramentas de medição da maturidade empresarial das PME ao nível da descarbonização e economia circular, que permitirão uma atuação mais focada e eficiente das empresas durante o processo de transição, nomeadamente das PME.

EcoEconomy 4.0 logo

Resumo

Para conhecer os principais outputs destes projetos, aceda aos respetivos microsites:

Sobre este artigo

Autores
Miguel Cardoso Pinto

Partner, EY-Parthenon Portugal Leader & Advanced Manufacturing and Mobility Leader, EY-Parthenon, Ernst & Young, S.A.

Pai de três filhas com gosto pela leitura, música e desporto. Adepto de rugby e iniciante na prática de triatlo.

Hermano Rodrigues

Principal, EY-Parthenon, Ernst & Young, S.A.

Lidera na EY-Parthenon uma equipa especializada em inteligência estratégica de apoio à tomada de decisão e à promoção da eficiência coletiva. Casado e com dois filhos. Adora viajar.

Manuel Mota

Partner, Climate Change & Sustainability Services Leader, Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.

Casado e pai de quatro crianças. Adora velejar.