Durante a pandemia, as empresas não estavam preparadas para uma migração em massa para o home office e foi grande o choque, tanto do ponto de vista tecnológico, de gestão, quanto cultural. Neste contexto, vem crescendo o número de comitês de pessoas, de olho em melhorar e qualificar as discussões estratégicas sobre gestão de pessoas, afinal, uma transformação tão acelerada e disruptiva exige, antes de tudo, uma mudança de mindset da liderança.
O estudo do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, Comitê de Pessoas de Assessoramento ao Conselho: Orientações Práticas revela que 61% das companhias listadas nos segmentos diferenciados da B3 apresentam comitês ligados às pessoas, cultura ou remuneração, e também empresas familiares com Conselhos de Administração estão estruturando comitês.
Dentre as orientações práticas, estão a importância do comitê estar ligado diretamente ao Conselho de Administração e funcionando como órgão de assessoramento, para alinhar as estratégias de negócio de longo prazo e o engajamento das equipes; não ter função deliberativa; e, entre outras, atuar com independência em relação à diretoria executiva, já que, embora o comitê de pessoas lide com os mesmos assuntos da área de gestão de pessoas, o foco é diferente, com uma atuação voltada à agenda estratégica e prospectiva.
Em entrevista à MIT Sloan Review Brasil, no papel de coordenador da Comissão de Pessoas do IBGC, esclareço esse movimento e comento melhores práticas e temas que devem pautar a agenda.
Leia na íntegra: Desafios dos comitês de pessoas dos boards no período 2022/2023.