Three people climbing a mountain
Mão humana em concha para pegar a água fresca do lago

Como os Conselhos podem transformar o ideal da sustentabilidade em uma conquista real?


Os Conselhos precisam intensificar seu papel de desafiar a Administração diante do cenário de desaceleração do compromisso corporativo com a sustentabilidade.


Em resumo

  • Uma nova pesquisa revela que os Conselhos precisam desafiar a Administração a incorporar a sustentabilidade ao modelo e à estratégia de negócios.
  • Uma abordagem mais ambiciosa das regulamentações e políticas de sustentabilidade, com foco em mais do que o compliance, pode levar a uma vantagem sobre a concorrência.
  • Sem uma ação decisiva, as empresas poderão enfrentar um futuro limitado, no qual os formuladores de políticas introduzirão medidas cada vez mais rigorosas para gerenciar as crises de sustentabilidade.

O foco na sustentabilidade no ambiente corporativo atual é claramente um desafio e há sinais preocupantes de que o compromisso das empresas com a sustentabilidade está desacelerando, em um momento em que o aquecimento global ainda não foi controlado.

Se as empresas não agirem com rapidez suficiente, é cada vez mais provável que os formuladores de políticas intervenham, implementando medidas mais rigorosas para gerenciar as implicações da escassez de recursos e limitando o potencial de inovação futura das empresas no processo.

Uma nova pesquisa da EY sugere que os Conselhos precisam reagir posicionando-se –  encorajando a Administração a incorporar a sustentabilidade como um imperativo comercial e racionalizando a tomada de decisões de investimento para que as alocações de capital fluam para projetos que façam a diferença, aumentem o desempenho financeiro e cumpram suas promessas.

Esta quarta edição anual da EY Europe Long-Term Value and Corporate Governance Survey examina o papel da governança na inovação de modelos de negócios sustentáveis. Enquanto nossa  pesquisa 2023   se concentrou nos modelos e práticas mais eficazes de governança de sustentabilidade, este ano analisamos como os Conselhos podem desafiar suas empresas a adotar a sustentabilidade como um verdadeiro imperativo comercial na utilização de políticas e desenvolvimentos tecnológicos para acelerar o progresso.

Faça o download da EY Europe Long-Term Value and Corporate Governance Survey (em inglês)

Com base nas opiniões de 200 membros de Conselhos, CEOs e profissionais C-suite, descobrimos um grupo de lideranças (que nomeamos como “Líderes”) mais bem posicionadas para desafiar o pensamento da Administração, examinar a alocação de capital e insistir em uma maior ambição.

Em comparação com os “Seguidores”, os “Líderes” têm uma visão estratégica mais clara de como a sustentabilidade pode atingir seus objetivos de geração de valor, tendem a ir além do compliance e do cumprimento dos regulamentos de sustentabilidade e estão mais bem posicionados para aproveitar o potencial da inteligência artificial (IA) na aceleração da sustentabilidade.

Com base nessa análise, este artigo - parte da EY Board Imperative Series - explora três áreas-chave em que os Conselhos podem estabelecer uma posição de liderança:

  1. Desafiar proativamente a Administração a incorporar a sustentabilidade na estratégia de negócios, exigindo uma visão estratégica ambiciosa das equipes de gestão e examinando criticamente os estudos de viabilidade de apoio.
  2. Insistir em uma abordagem mais ambiciosa e estratégica para a agenda de políticas e regulamentações, para ir além do compliance e identificar onde a empresa pode encontrar uma vantagem estratégica sobre a concorrência.
  3. Explorar o potencial de sustentabilidade da inteligência artificial. As ligações entre IA, sustentabilidade e governança precisam ser exploradas. A governança responsável permitirá que a organização equilibre a oportunidade de sustentabilidade da IA com seus desafios ambientais, sociais e éticos.
Os Conselhos desempenham um papel fundamental na manutenção do foco na sustentabilidade como um imperativo estratégico diante do desafio de reimaginar a empresa na direção de um futuro sustentável.
Vertical garden living green wall plants vs concrete modernism
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Chapter 1

The sustainable business imperative

Boards need to lean in and embolden management to embed sustainability into strategy, with an ambitious vision and credible business cases.

Há preocupações de que o ímpeto da sustentabilidade esteja diminuindo. Os dados do  EY Sustainable Value Study de 2023  revelaram que o ano-alvo médio para atingir as ambições climáticas é agora 2050, em comparação com 2036 no estudo do ano anterior.1

"Os Conselhos desempenham um papel fundamental na manutenção do foco na sustentabilidade como um imperativo estratégico diante do desafio de reimaginar a empresa na direção de um futuro sustentável", diz Julie Linn Teigland, EY EMEIA Managing Partner.

No entanto, nossa pesquisa sugere que as empresas na Europa não estão impulsionando a sustentabilidade como fonte de diferenciação e crescimento. Em outras palavras, elas não estão buscando oportunidades transformadoras, que se concentrem em novos empreendimentos, produtos ou serviços de sustentabilidade.

A pesquisa pediu aos entrevistados que indicassem o principal impulsionador de valor quando se tratava de sua agenda de sustentabilidade. Embora as empresas estejam buscando fontes legítimas de valor - como a fidelidade dos funcionários e dos clientes -, os “Líderes” são menos inibidos e visam, antes de tudo, à inovação do modelo de negócios e à agenda de crescimento. Isso sinaliza uma ambição mais ousada de reimaginar seu modelo de negócios para transformar a sustentabilidade em uma vantagem comercial central.

Quais são seus principais objetivos quando se trata de gerar valor a partir de sua agenda de sustentabilidade?

Resultados gerais
Líderes
1- Aumentar a fidelidade do cliente e nossos preços premium (selecionado por 19% dos entrevistados como seu primeiro e principal objetivo)

1- Estratégia de crescimento orientado, incluindo novos produtos e serviços, modelos de negócios e expansão de mercado (20%)

2 - Criar um impacto positivo na avaliação da empresa (17%)

2-Identificar vantagens únicas em relação à nossa concorrência (18%)

3 - Construir lealdade e engajamento dos funcionários (16%)
2 - Visar oportunidades de otimização e eficiência de custos (18%)

O argumento de valor para a sustentabilidade: métricas

Além de fazer escolhas decisivas sobre sua ambição de sustentabilidade, as empresas precisarão mostrar como suas iniciativas se vinculam à geração de valor e ao desempenho financeiro. No entanto, as empresas não parecem ter um estudo de viabilidade robusto que mostre e quantifique como o investimento de capital e recursos em uma prioridade, como o net-zero, desbloqueará valor.

  • Menos de um quarto dos entrevistados da pesquisa (24%) afirmam estar “completamente satisfeitos” com uma visão estratégica clara, respaldada por uma análise confiável de como a abordagem de suas prioridades materiais de ESG atingirá seus objetivos de geração de valor.
  • Além disso, presidentes e membros de Conselhos são particularmente céticos sobre a lógica dos negócios – apenas 8% estão “completamente satisfeitos” – indicando uma lacuna estratégica significativa de dados e informações no nível do Conselho.

Os “Líderes” na pesquisa estão enfrentando esse problema. Eles priorizam métricas robustas de sustentabilidade que demonstrem o impacto financeiro e são muito mais propensos a ter total confiança nas métricas que apoiam a tomada de decisões pelo Conselho. 


Uma articulação mais robusta do potencial de valor de longo prazo, apoiada por um estudo de viabilidade confiável, é necessária para criar suporte para investimentos em sustentabilidade que aumentariam a participação de mercado, reduziriam o custo de capital, elevariam as pontuações net-zero e aumentariam o engajamento e a produtividade dos funcionários. 

 

A sustentabilidade sempre estará sob um escrutínio minucioso quando se trata do argumento de valor. Embora as empresas possam ter dificuldade em articular um estudo de viabilidade para grandes investimentos digitais, a sustentabilidade ainda é percebida como um “bem maior”. Um investimento digital, por outro lado, é percebido como benefício direto à empresa e atrai menos atenção se não houver um estudo de viabilidade robusto.

 

Os Conselhos desempenham um papel crítico na mudança desse pensamento e de alguns dos equívocos que ainda estão ligados à implementação de estruturas de valor de longo prazo. Aqueles que resistem ao desenvolvimento de métricas apontam a complexidade ou a falta de dados. No entanto, isso pode ser superado se os Conselhos definirem a expectativa de que isso pode e deve ser feito. Em suma, os Conselhos precisam reforçar uma cultura empresarial em que a sustentabilidade seja vista como uma missão crítica.

Os Conselhos precisam responder se posicionando – encorajando a Administração a incorporar a sustentabilidade como um imperativo comercial e racionalizando a tomada de decisões de investimento, para que as alocações de capital fluam para projetos que façam a diferença.

Webinar: Conselhos e sustentabilidade

Seja notificado quando as inscrições estiverem abertas para uma discussão patrocinada pelo Centro de Governança Corporativa do INSEAD (ICGC) e pela EY sobre como os conselhos podem transformar a sustentabilidade de um desejo em realidade. 

4 de junho de 2024, das 9h às 10h, CEST

Podcast: Andrew Hobbs sobre conselhos e sustentabilidade

Ouça Andrew Hobbs, líder do EY EMEIA Center for Board Matters, falar sobre vencer com sustentabilidade.

(Através de Better-Boards.com)

Aerial view/solar panel floating in the dam a clean energy source
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Chapter 2

A bold approach to sustainability policy and regulations

Boards need to insist on a more ambitious, strategic approach to the policy and regulatory agenda and seek a competitive advantage.

Quando uma política ou diretiva regulatória é introduzida, as empresas se deparam com uma escolha: procurar desbloquear a vantagem estratégica ou buscar o compliance (e não muito mais do que isso).

 

Uma abordagem mais ousada oferece várias vantagens:

  • Ela permite que a organização analise o investimento necessário para atingir o compliance e entenda onde pode se basear nesse investimento, para obter uma vantagem e impulsionar a inovação.
  • No curto prazo, ela pode agilizar a resposta da organização aos regulamentos, pois os Conselhos terão clareza sobre o que realmente importa dentro de uma diretiva. E, a longo prazo, os Conselhos precisam pensar nas implicações comerciais se as mudanças climáticas não forem suficientemente controladas, incluindo uma maior intervenção dos formuladores de políticas.  

Por exemplo, os “Líderes” estão adotando uma abordagem mais proativa em relação ao Green Deal da UE (União Europeia) e respondendo à Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) e à Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDDD).

 

Aqueles que adotam uma abordagem mais ousada às políticas avaliarão sua estratégia atual em relação ao financiamento e aos incentivos disponíveis. Também implementarão os recursos necessários – incluindo, potencialmente, um “Green Deal Officer” – e contarão com membros da equipe com experiência no setor público e compreensão das leis, da linguagem, da cultura e das estruturas dos stakeholders que regem a tomada de decisões no setor público. Alinhar-se às políticas de sustentabilidade permite que as empresas respondam a um ambiente regulatório e de políticas em rápida mudança.

 

Da mesma forma, organizações ousadas repensam sua abordagem em relação aos relatórios de sustentabilidade. Elas desenvolvem uma narrativa de valor de longo prazo coerente e convincente, que utiliza dados e divulgações não financeiras de "grau de investimento". Elas estão reformulando seus controles, processos de garantia e tecnologias para uma abordagem aprimorada aos relatórios. Elas definirão uma função central para o(a) CFO nos relatórios de sustentabilidade e nomearão funções como "Controlador de ESG".

 

O Green Deal da UE: incentivos e subsídios

 

O Green Deal ou pacto ecológico da UE, que visa tornar os Estados-Membros neutros em termos de clima até 2050, é uma iniciativa de política fiscal abrangente, que inclui subsídios, isenções fiscais, empréstimos e instrumentos financeiros. No geral, os “Líderes” estão mais preparados para isso.


Os “Líderes” também são mais propensos a sentir que construíram uma compreensão de como acessar qualquer financiamento e incentivos disponíveis no âmbito do Green Deal (40% dos “Líderes” sentem que concluíram esta etapa contra 23% dos “Seguidores”). No entanto, os “Líderes” não superam o campo quando se trata de entender como acessar financiamentos e incentivos. Com 40%, o número é consistente com os resultados gerais.

O fato de as organizações não estarem totalmente engajadas com o Green Deal pode refletir uma relutância em participar de iniciativas políticas amplas. Além de compreender as especificidades dos incentivos e outros acordos, conseguir potencializar o pacto ecológico da UE também requer experiência e conhecimento para navegar com sucesso pela dinâmica específica e pelas sensibilidades políticas do setor público.

No entanto, os “Líderes” do setor privado podem não entender completamente como o setor público funciona – como a política em geral, a política regulatória e os interesses dos stakeholders interagem. Dado que as iniciativas políticas e regulatórias da Europa provavelmente crescerão, os Conselhos precisarão considerar como a organização (e o próprio Conselho) desenvolverá esse entendimento.

Isso pode significar trazer a experiência do setor público para o Conselho, com a devida consideração a quaisquer questões de conflitos de interesses.

CSRD e CSDDD: uma abordagem ousada pode impulsionar a transição climática e desbloquear valor

O quinto  EY Climate Risk Barometer constatou que, embora as empresas estejam investindo mais tempo e energia na qualidade de suas divulgações sobre o clima, apenas 53% fornecem um plano coerente para alcançar a transição.2 No entanto, os regulamentos da UE sobre os relatórios de sustentabilidade das empresas destinam-se a impulsionar a mudança na forma como as empresas se comportam:

  • A Corporate Sustainability Reporting Directive da UE afirma que todas as empresas listadas na UE (e todas as grandes empresas que operam na UE) precisarão divulgar um plano de transição alinhado ao aquecimento de 1,5 graus Celsius no relatório anual. Ou, se não o fizerem, precisarão explicar a ausência e se pretendem adotar um plano no futuro.
  • Embora adiada, a Corporate Sustainability Due Diligence Directive  (CSDDD) espera que as empresas adotem e implementem um plano de transição climática.

Quase todas as organizações estão fazendo mudanças em resposta ao CSRD e ao CSDDD - seja uma abordagem que busca otimizar sua capacidade ou uma transformação fundamental que envolve a reengenharia de processos e controles de dados, a introdução de novas tecnologias e a implementação de novas habilidades e recursos. Investir em novas tecnologias para gerenciar e analisar dados não financeiros e de sustentabilidade também traz um benefício mais amplo: melhores dados para a divulgação de relatórios também geram melhores percepções baseadas em dados para a tomada de decisões estratégicas. Esses investimentos devem ser vistos como parte da agenda mais ampla de transformação digital, e não apenas como uma solução discreta em uma área.

De forma encorajadora, o número de empresas que adotam uma abordagem transformadora para o CSDDD (48%) excede o número daquelas que têm como objetivo simplesmente otimizar a capacidade de elaboração de relatórios de sustentabilidade (41%). Ao mesmo tempo, 40% planejam transformar sua abordagem aos relatórios de sustentabilidade em resposta à CSRD e à necessidade de relatar de acordo com as normas europeias de relatórios de sustentabilidade (European Sustainability Reporting Standards).


A pesquisa mostra que é mais provável que os “Líderes” adotem uma abordagem ousada à CSRD (51% versus 27% dos “Seguidores”) – mostrando uma disposição ainda maior para realizar uma transformação mais fundamental dos relatórios. Isso precisará envolver investimentos em tecnologias avançadas e reengenharia de processos para enfrentar os desafios dos dados. As mudanças nos modelos operacionais - incluindo o uso de provedores de serviços gerenciados para atender aos requisitos de relatórios de sustentabilidade - também serão um fator importante.

Essas empresas, que buscam alcançar mais do que o compliance, podem obter um valor significativo. Elas estarão mais bem posicionadas para transformar sua ambição climática em ação, reduzir o risco de greenwashing e melhorar seu acesso a fontes de financiamento verde. Ao mesmo tempo, as empresas mais ambiciosas estarão mais bem posicionadas para fornecer uma história convincente aos investidores e aos mercados financeiros sobre como a sustentabilidade proporcionará valor econômico, criando um impacto positivo na avaliação do negócio.

Engineer with laptop on wheat field looking at wind turbines
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Chapter 3

AI’s sustainability potential and responsible technology governance

Boards need to exploit the sustainability potential of AI – balancing opportunity and risk by updating technology governance.

A IA tem um potencial significativo para criar resultados positivos de sustentabilidade e acelerar a transformação da sustentabilidade de uma empresa, mas as oportunidades devem ser ponderadas em relação aos desafios.

 

Embora seja inevitável que a IA mude o mundo do trabalho, há dois caminhos que a tecnologia pode seguir. Um deles se concentra em assumir as tarefas que os humanos realizam: automatizar tarefas — como coleta de dados ou conformidade — que podem levar a um declínio no emprego. O outro se concentra em aumentar o que as pessoas fazem, concentrando-se no potencial da IA de criar novas tarefas e equipando as pessoas com melhores ferramentas para realizar seu trabalho.

 

A mesma dinâmica ocorre no espaço ambiental. A IA pode analisar vastos conjuntos de dados para fornecer informações sobre as mudanças climáticas, ajudando na modelagem preditiva e informando melhores políticas ambientais. Mas sistemas avançados de IA, especialmente grandes data centers e servidores necessários para tarefas de aprendizado de máquina, também consomem quantidades significativas de energia, contribuindo para maiores emissões de carbono.

 

A maioria dos entrevistados reconhece o difícil equilíbrio que deve ser alcançado quando se trata de conciliar as oportunidades de negócios da IA generativa (também chamada de GenAI) com os desafios ambientais, sociais e éticos:

  • 61% dizem que "a IA oferece uma oportunidade significativa para gerar valor a longo prazo, desde a criação de novos modelos de negócios e fluxos de receita até a transformação da forma como o trabalho é feito".
  • Mas 64% também dizem que "o principal desafio da IA generativa é impulsionar a transformação e o crescimento, garantindo que as implicações éticas e sociais não prejudiquem a confiança em nossa organização".
     

Uma governança de tecnologia responsável é fundamental para equilibrar oportunidades e riscos

 

Construir a confiança dos stakeholders na IA como uma impulsionadora da transformação sustentável exigirá uma governança tecnológica eficaz e responsável. No entanto, os regulamentos sobre a IA – como a AI Act da UE – ainda estão em um estágio inicial. Isso aumenta o risco de que muitos Conselhos estejam adotando uma abordagem reativa enquanto aguardam orientações regulatórias e políticas mais detalhadas.

 

Atualmente, a maioria das organizações progrediu na implementação da governança tecnológica para a IA. No entanto, muitos não têm uma abordagem robusta em vigor.




É mais provável que os “Líderes” estejam um passo à frente, incluindo a implementação de um programa para educar os membros do Conselho sobre as oportunidades e os riscos da IA generativa (33% contra 9% dos “Seguidores”). No entanto, isso levanta questões sobre se está sendo feito de forma suficiente em termos de educação e compreensão: 63% dos entrevistados dizem que "como a IA generativa é uma tecnologia tão rápida e disruptiva, é um desafio para os Conselhos acompanhar o ritmo dos desenvolvimentos".

Embora os desenvolvimentos em IA, especialmente a IA generativa, estejam ocorrendo com extrema rapidez, é importante que a empresa continue a desenvolver sua governança de tecnologia paralelamente, permitindo que ela identifique áreas de alto valor para a implantação de IA e dimensione efetivamente os aprendizados e as práticas recomendadas descobertas nos primeiros projetos pilotos.

Olhando para o futuro

A busca pela sustentabilidade está transformando nosso paradigma socioeconômico, levantando novos riscos e trazendo novas fontes de valor. Os desenvolvimentos em IA têm o potencial de acelerar os resultados sustentáveis e progressos encorajadores estão sendo feitos em certas áreas, como um aumento significativo na capacidade de energia renovável em  2023.3 No entanto, ainda são necessárias ações urgentes para enfrentar os desafios sistêmicos do planeta e das pessoas. Os Conselhos têm um papel fundamental a desempenhar para pressionar os executivos na identificação de oportunidades de crescimento e geração de valor – impulsionando um programa ousado de transformação da sustentabilidade.

Sumário

Deixar de agir com a intensidade correta em questões como o net-zero e o aquecimento global aumenta o risco de as empresas perderem autonomia e controle. A boa notícia é que os Conselhos de Administração não precisam aceitar essa versão do futuro. Eles podem mudá-la, desde que a liderem. Eles só precisam liderar.

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