Comunicado de imprensa

4 mar 2022

Estudo da EY e da CropLife Brasil apresenta atual perfil do agricultor brasileiro

Dados mostram que profissionais atuantes no campo tendem a se atualizar quanto ao uso das novas tecnologias no setor, principalmente entre os mais jovens e mais escolarizados

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São Paulo, 04 de março de 2022 – A EY, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, em parceria com a CropLife Brasil, associação que reúne as principais empresas que atuam nos segmentos de sementes, biotecnologia, defensivos químicos e produtos biológicos, anuncia o lançamento do estudo “Inovação no agronegócio e a qualificação do produtor brasileiro na era digital”. O objetivo é apresentar um panorama atual do setor de agronegócios em relação aos desafios e oportunidades, mostrando o perfil do agricultor brasileiro, além de identificar as percepções de quem trabalha diretamente na aplicação das tecnologias de proteção de cultivos em relação às abordagens de treinamentos.

O estudo revela que o setor agrícola está inserido em um contexto de grandes desafios, que impulsionam transformações no seu modelo de negócio. Sem dúvida, o avanço nessa jornada vai exigir, cada vez mais, acesso à inovação. Se hoje ela já é uma grande aliada do agronegócio, em breve, a inovação deverá ser ainda mais inclusiva. Por isso, é tão importante entender como o agricultor brasileiro - grande agente desse processo no campo, está se preparando.

O agricultor de hoje

Os dados coletados ajudaram a traçar um perfil do agricultor brasileiro nos tempos atuais. A geração responsável pela expansão das fronteiras agrícolas nos anos 70 e 80 também preparou seus sucessores. Com uma formação escolar mais completa, um olhar mais técnico para o negócio e uma grande abertura para o uso de tecnologia, a nova geração vem assumindo protagonismo em uma agricultura que precisa se manter competitiva, enfrentando desafios mais complexos decorrentes dos impactos das mudanças climáticas e das exigências regulatórias. 

Na faixa etária entre 25 e 44 anos, correspondente a 58% dos pesquisados, foi constatado que 95% deles têm maior familiaridade em relação ao uso da internet na busca por informações sobre o clima, técnicas ou cotações, enquanto esse percentual cai para 60% entre aqueles acima de 55 anos. Em ambos os casos, o principal acesso se dá pelo uso de smartphones (38,5%).

O aproveitamento dos benefícios das tecnologias agrícolas depende diretamente de seu entendimento e correta utilização, fatores que constituem grandes desafios aos desenvolvedores de tecnologias, ao governo e ao próprio agricultor e que demanda, cada vez mais, maior escolaridade e qualificação dos trabalhadores rurais. Em conformidade com esse cenário, o estudo revela uma proporção maior de produtores jovens com níveis médio e superior de escolaridade, equivalente hoje a 30,1% contra 23,6% em 2016.

Por outro lado, os mesmos agricultores consultados apontaram dificuldades para avançar na modernização do campo, em decorrência dos custos das máquinas, equipamentos e tecnologias (67%), da contratação de serviços especializados (44%) ou da falta de conhecimento sobre como manuseá-los (41%), entre outras.

No que diz respeito à continuidade do negócio, 60% dos agricultores pesquisados acreditam que seus herdeiros têm interesse em permanecer na atividade agrícola, principalmente em propriedades de maior porte, enquanto nas menores esse número cai para apenas 36%. Ainda assim, o estudo mostra que o Brasil se encontra em vantagem competitiva, uma vez que o interesse pelo campo entre os mais jovens é maior do que, por exemplo, na Austrália e nos Estados Unidos, dois países reconhecidos por serem grandes centros de produção agrícola.

O aprendizado dos agricultores frente à sofisticação do manejo das lavouras 

O aprimoramento das práticas de manejo nas lavouras, com a integração de novas ferramentas de proteção de plantas, como defensivos biológicos e biotecnologias, bem como o uso de drones e a identificação de pragas a partir de recursos digitais, exigem conhecimentos distintos e atualização sistemática por parte dos agricultores.

Os resultados da pesquisa trazem informações sobre a percepção dos produtores rurais quanto aos treinamentos no setor que poderão contribuir no delineamento de programas educacionais mais efetivos.

A pesquisa também mostrou uma tendência de crescimento no uso de produtos biológicos (57,9%) com o passar dos anos, de forma isolada ou em associação com os defensivos químicos, que são utilizados pela maioria (97,7%). Isso reflete uma busca por alternativas de baixa toxicidade, em atendimento às exigências dos consumidores, cada vez mais interessados no consumo sustentável.

O uso correto de defensivos agrícolas, sejam eles biológicos ou químicos depende de conhecimento e aprendizado das práticas de manuseio por parte dos agricultores. A pesquisa mostrou que o grau de escolaridade e acesso a treinamentos varia de acordo com as regiões de predomínio de determinados cultivos agrícolas. Nas culturas da cana-de-açúcar (35%), laranja (28%) e maçã (20%), por exemplo, se observou maior presença de agricultores com nível superior e maior acesso ao aprendizado no uso dos defensivos, achado que pode ser correlacionado à complexidade das operações e ao grau de desenvolvimento dos estados onde elas estão concentradas esses cultivos.

A percepção da efetividade dos treinamentos, na opinião dos entrevistados, ocorre predominantemente a partir da possibilidade de resolver problemas do dia a dia (38%) e da melhora no desempenho das funções exercidas por esses profissionais (28%). Dado que a maioria dos produtores rurais tem familiaridade com a internet (99%), o estudo enfatiza que é possível explorar o aprendizado contínuo como forma eficiente de manter os conteúdos sempre ao alcance e facilmente aplicáveis ao dia a dia dos trabalhadores rurais.

A pesquisa foi conduzida em campo pela Fruto Agrointeligência e ouviu 384 produtores.  Para acessar o estudo na íntegra: https://www.ey.com/pt_br/cea/agro-e-inovacao.

Sobre a EY

A EY existe para construir um mundo de negócios melhor, ajudando a criar valor no longo prazo para seus clientes, pessoas e sociedade e gerando confiança nos mercados de capitais. Tendo dados e tecnologia como viabilizadores, equipes diversas da EY em mais de 150 países oferecem confiança por meio da garantia da qualidade e contribuem para o crescimento, transformação e operação de seus clientes. Com atuação em Assurance, Consulting, Strategy, Tax e Transactions, as equipes da EY fazem perguntas melhores a fim de encontrarem novas respostas para as questões complexas do mundo atual.

A EY tem também uma meta ambiciosa de impactar positivamente 1 bilhão de pessoas até 2030, através do seu programa de responsabilidade corporativa, EY Ripples, plataforma que permite que os colaboradores se envolvam em iniciativas comunitárias e sociais mais amplas. Para saber mais como a EY tem gerado valor no longo prazo para seus stakeholders, acesse o nosso relatório EY Value Realized, relatório integrado que apresenta nossos resultados nos pilares do ESG de acordo com as métricas do World Economic Forum – International Business Council Stakeholders Capitalism Metrics.

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Informações para a imprensa - EY

In Press Porter Novelli

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Sobre a CropLife Brasil

A CropLife Brasil (CLB) é uma associação que reúne especialistas, instituições e empresas que atuam na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em quatro áreas essenciais para a produção agrícola sustentável: germoplasma (mudas e sementes), biotecnologia, defensivos químicos e produtos biológicos. Criada em 2019, a organização é resultado da união de entidades que antes representavam cada um destes setores individualmente. Agora, a CLB agrega em uma única plataforma a experiência e o histórico de associações que por décadas lideraram as discussões sobre inovação na agricultura.

Informações à Imprensa:

Hill + Knowlton Brasil

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