Por mais difundida que a palavra "digital" seja hoje, seus vários significados fazem com que ela seja fundamentalmente mal compreendida. Certamente, o digital abrange as principais plataformas de marketing e comunicação, como sites, e-mail, publicidade on-line, mídia móvel e social. Mas também é usado para discutir o componente digital por trás dos principais disruptores de modelos de negócios, incluindo aplicativos de economia compartilhada, serviços de streaming de conteúdo, termostatos habilitados para a Internet, espaços de escritório líquidos e serviços bancários de consumidor para consumidor, apenas para citar alguns.
Ele se estende até mesmo a inovações importantes, como big data, Internet das Coisas, inteligência artificial, aprendizado de máquina, blockchain e robótica. Como resultado, a disrupção digital está alimentando as mudanças e revelando oportunidades (e riscos) em todos os setores, do varejo aos serviços financeiros, do automotivo à saúde e da energia aos bens de consumo.
O ensino superior não está imune. Quanto mais o digital se torna difundido na economia e quanto mais essas tecnologias disruptivas continuam a impulsionar as mudanças, mais elas se tornam essenciais para o sucesso das instituições de ensino superior. O digital atinge toda a comunidade universitária, incluindo alunos, pais, ex-alunos, empregadores, professores e funcionários.
É impensável que as universidades consigam gerenciar de forma eficaz a maioria de seus maiores desafios sem o uso do digital, seja para atrair, reter e envolver alunos e ex-alunos; operar de forma eficiente e eficaz; promover a qualidade e a inovação no ensino e na aprendizagem; fomentar a colaboração em pesquisa; ou estabelecer parcerias com empregadores. Como resultado, as faculdades e universidades precisam reformular a pergunta de "qual é a nossa estratégia digital?" para "qual é a nossa estratégia universitária em um mundo digital?".
Para entender melhor como as instituições de ensino superior estão promovendo sua estratégia universitária com a ajuda do digital, a EY-Parthenon realizou uma pesquisa com estudantes e instituições em janeiro de 2017. Essa pesquisa reafirmou o que muitos no ensino superior já sabem que é verdade: as instituições acreditam no impacto do digital na próxima década. Eles acreditam no poder do digital para gerar melhores resultados de aprendizado e sucesso dos alunos.
Eles têm investido e planejam continuar investindo recursos em avanços digitais nessas áreas. Eles estão explorando uma combinação de tecnologias de ensino e aprendizagem, mas estão muito concentrados na análise preditiva como uma solução para o sucesso dos alunos. Os resultados dessa pesquisa também destacam como essas iniciativas, doravante denominadas "Ensino & Aprendizagem" e "Sucesso do Aluno", se comparam às expectativas dos alunos.
A pesquisa também destacou uma lacuna crítica na forma como as instituições podem estar abordando o digital: as ferramentas digitais podem ajudar a concretizar a estratégia de uma instituição, mas não podem fazer isso sozinhas. Apesar do foco das instituições em ferramentas de análise preditiva para o sucesso dos alunos, os próprios alunos ainda estão relativamente insatisfeitos com os serviços de orientação e carreira.
Eles buscam melhorias nas ferramentas e processos de aconselhamento e serviços de carreira – digitais ou não. Análises fortes são apenas o primeiro passo para melhorar as taxas de retenção e, para ser eficaz, o vibrante sistema de sucesso do aluno também precisa incluir ferramentas de visualização que geram insights e processos robustos em torno da intervenção.