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Quatro lições para Conselhos na supervisão de tecnologias emergentes

A discussão sobre as novas tecnologias e seus impactos nos negócios sempre foi uma pauta regular e importante das agendas executivas e de Conselhos de Administração.

No entanto, o período atual está sendo caracterizado por um conjunto de mudanças técnicas mais fundamentais, com potencial de mudar as bases nas quais as premissas de negócio são assentadas. Este conjunto de tecnologias têm sido tipicamente chamadas de tecnologias emergentes. Inteligência Artificial Generativa, Blockchain, Computação Quântica, Bioengenharia e Manufatura Aditiva são alguns dos exemplos mais em voga desta categoria.

O problema das tecnologias emergentes? É que são emergentes. Diferentemente das aplicações de “tecnologias de prateleira”, testadas e validadas em casos de uso em escala comercial, as tecnologias emergentes exigem um exame em níveis de incerteza mais profundos e um ângulo de análise menos determinístico.

Não é apenas entender como uma nova tecnologia pode ser aproveitada, mas como uma nova categoria tecnológica pode ressignificar todo o negócio, o espaço de desenvolvimento e suas implicações, positivas e negativas: entendimento dos impactos no posicionamento competitivo, transformação das cadeias de valor e construção de competências críticas são algumas das agendas fundacionais, que demandam reflexão e orientação além do planejamento rotineiro de negócio. Por isso, esta é uma agenda mais própria do Conselho de Administração do que do corpo executivo.

A mentalidade adequada para este exame é a de experimentação e aprendizado, pois a meta não é um retorno direto – é impossível tentar calcular ROI de tecnologias emergentes, justamente por estar na fronteira do conhecimento disponível.

Não obstante, a busca objetiva e disciplinada continua sendo um imperativo. A abordagem de experimentação e aprendizado visa estruturar uma jornada com sucessivos estágios de aquisição de prontidão tecnológica, ou seja, a construção da capacidade de entender, especificar e aplicar com maturidade uma nova tecnologia no negócio.

Por fim, é fundamental colocar sempre em perspectiva a razão única de existência da organização. Em um mundo em profunda transformação, o problema não é a velocidade ou a magnitude da mudança, mas a ausência de senso de propósito.

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Resumo

Quando se trata de supervisionar a inovação, os principais Conselhos de Administração estão dispostos e ansiosos por obter experiência em primeira mão com novas tecnologias. Eles acolhem bem a inovação e procuram compreender as oportunidades estratégicas, mas também têm o cuidado de compreender os riscos potenciais e as consequências não intencionais.

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