Como parte de sua visão, a Rivada está desenvolvendo uma plataforma tecnológica inovadora, o Rivada Open Access Market (ROAM), para comercializar conectividade sem fio.
A criação de uma única plataforma de comércio para conectividade terrestre e via satélite apresenta enormes desafios no tocante à alocação, precificação e fornecimento de capacidade. Para refinar e dimensionar o conceito, a Rivada precisava de um consultor com conhecimentos aprofundados de comunicações sem fio, FinTech, ativos digitais e tokenização. Mas também tinha que ser uma empresa com uma mentalidade criativa, capaz de imaginar como essa combinação poderia moldar o futuro do setor.
Fields reconheceu a complexidade do desafio. "Resolver os problemas inerentes ao desenvolvimento de um mercado tokenizado e combinar todos os diferentes elementos são ações que requerem um design e uma liderança de pensamento extraordinários", complementa.
A Rivada se conectou com uma equipe da EY-Parthenon liderada por Igor Mikhalev, chefe de estratégia de tecnologias emergentes da EY-Parthenon Europe West. Rivada reconheceu que a equipe da EY tinha uma experiência altamente aplicável no uso de tecnologias emergentes e disruptivas para ajudar a resolver desafios comerciais complexos. Essa experiência, combinada com uma abordagem interdisciplinar e intersetorial, fez das equipes da EY-Parthenon a escolha certa para um projeto com essa ambição e dessa magnitude.
Uma abordagem estruturada, sem deixar de ser criativa
Trabalhando em estreita colaboração com o professor Cramton e a equipe da Rivada, as equipes da EY-Parthenon aproveitaram todo o potencial do Web3 para ajudar a promover o desenvolvimento da plataforma, desde a percepção inicial até um roteiro para a implementação contínua. Foi um processo que exigiu o que Mikhalev descreve como "imaginação disciplinada".
"Sempre que surgem tecnologias emergentes, o pensamento típico é tentar substituir os processos existentes pelo que as novas tecnologias oferecem. Mas o maior desbloqueio é ser capaz de reformular seu modelo de negócios e fazê-lo com convicção, lançando grandes apostas em seu futuro", explica.
O enfrentamento de projetos dessa complexidade exigiu uma estrutura estratégica robusta. A equipe da EY-Parthenon aplicou uma abordagem que pode ser definida em quatro etapas. "A primeira é obter uma compreensão aprofundada de como o setor está evoluindo", esclarece Mikhalev. "A segunda é o pensamento com base em convicções mais refletidas, para onde o setor está indo e o que isso significa para o cliente. A terceira etapa é a formação de hipóteses criativas - como poderia ser um modelo de negócios de nova geração com base em nosso entendimento do cliente e das tecnologias emergentes. E, finalmente, a quarta etapa é testar essas hipóteses."
Análise forense com foco no futuro
Mediante a aplicação dessa abordagem à ROAM, a equipe começou analisando o cenário atual, concentrando-se nas tendências e tecnologias emergentes que afetam o comércio de capacidade sem fio. Eles também consideraram como as mudanças na regulamentação e a evolução dos padrões do setor poderiam afetar a colaboração, a concorrência e a demanda.
Observando como os desenvolvimentos da banda larga e do 5G podem moldar as telecomunicações no futuro, a equipe da EY-Parthenon conseguiu avaliar como a ROAM poderia evoluir à medida que novos participantes entrassem no mercado. Os integrantes da equipe também ajudaram a identificar as necessidades emergentes, como o compartilhamento de capacidade sob demanda e a transmissão de dados para aplicativos orientados por IA, que a Rivada poderia atingir com novos serviços.
Depois de estabelecer o contexto do setor, a equipe explorou como uma plataforma de negociação com base em blockchain poderia ajudar a simplificar a alocação da capacidade da rede. Eles se aprofundaram em como modelos alternativos de preços, incentivos com base em tokens compartilhados e preços e liquidação em tempo real de contratos inteligentes poderiam ser configurados em um futuro ecossistema digital. Os aprendizados obtidos a partir de outros mercados de telecomunicações - e de setores paralelos, como o comércio de energia - em relação a possíveis parcerias e pontos de diferenciação foram levados em consideração.