Estudo de caso

A Rivada está reinventando a internet wireless (sem fio) como um produto básico.

Com o aumento da demanda de dados, o mercado inovador da Rivada tem como objetivo ajudar a transformar a conectividade sem fio em um recurso dinâmico e valioso para todos.

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Quanto melhor a pergunta

E como você transforma redes em mercados?

A Rivada Networks vem redefinindo a economia dos mercados de conectividade sem fio.

A demanda de dados móveis está se expandindo exponencialmente, impulsionada pela Internet das Coisas (IoT), pela comunicação máquina a máquina e pelos aplicativos móveis de IA, e depois acelerada pelo 5G e outras tecnologias. Como resultado, a conectividade sem fio está se tornando rapidamente uma das mercadorias mais valiosas do planeta.

Mas o sistema atual de distribuição de capacidade, que se baseia em leilões de espectro - o processo pelo qual frequências de rádio específicas são leiloadas para empresas - não está habilitado para lidar com as demandas desse mundo interconectado e em rápida evolução. As operadoras de rede estão buscando uma participação cada vez menor em um mercado cada vez mais saturado e estão perdendo receita com uma capacidade significativa não utilizada. Enquanto isso, as empresas e os governos enfrentam opções limitadas de conectividade escalável e acessível.

A Rivada Networks, que tem suas raízes em sistemas de comunicação de crises, vem desafiando esse modelo há algum tempo. Foi durante a instalação de torres de celular de emergência em Nova Orleans, após a passagem do furacão Katrina nos Estados Unidos, em 2005, que o fundador e CEO Declan Ganley teve uma percepção interessante.
 

"Quando todas as comunicações sem fio são destruídas, como aconteceu depois do Katrina, o valor das comunicações fica realmente evidenciado", explica Ganley. "A experiência de restaurar as comunicações em Nova Orleans realmente nos fez pensar em como poderíamos usar as redes e o espectro sem fio de forma mais eficiente. E isso, por sua vez, nos levou à ideia de que a largura de banda deveria ser comercializável como qualquer outra mercadoria, porque quando algo é valioso, escasso e, principalmente, quando não pode ser armazenado, não deve ser desperdiçado."

Nos anos que se seguiram ao furacão Katrina, a Rivada trabalhou no desenvolvimento de tecnologias e patentes que lhe permitiriam levar adiante esse conceito. A análise que a empresa fez das redes sem fio terrestres existentes corroborou a hipótese de que as redes foram construídas para lidar com a demanda de pico, mas estavam seriamente subutilizadas.

Um estudo das torres de celular de uma operadora na Cidade do México, no México, revelou que a utilização em um dia de 24 horas era de apenas 25-30%. As eficiências potenciais oferecidas até mesmo por pequenas mudanças de tráfego para períodos de menor demanda foram significativas. Como elementos de vídeo respondem por mais de 85% do uso de dados sem fio, a mudança de horário de apenas 1% da demanda poderia aumentar a utilização da rede em 30%.

Reimaginando o mercado

De acordo com Ken Fields, membro do conselho da Rivada, cofundador e diretor de desenvolvimento de mercado, havia duas questões fundamentais que precisavam ser abordadas. A primeira era como aproveitar o investimento em infraestrutura que as operadoras de rede já haviam feito. A segunda era como convencer as operadoras a vender seu excesso de capacidade. Simplificando, "tivemos que encontrar uma maneira de transformar as redes em mercados", observa.

A solução foi um mercado de acesso aberto. Para desenvolvê-lo, Rivada contratou o professor Peter Cramton, da Universidade de Maryland. Economista e grande autoridade em design de mercado, ele identificou paralelos com os mercados de eletricidade reestruturados, nos quais a oferta e a demanda são equilibradas em mercados spot (à vista) em tempo real, apoiados por mercados a termo dinâmicos. Juntos, o professor Cramton e Rivada desenvolveram um novo modelo para os mercados de conectividade sem fio. Criado com base nos princípios de acesso aberto, alocação dinâmica e transações tokenizadas, o modelo prioriza a eficiência, a transparência e a escalabilidade.

Pesquisador trabalhando com um instrumento GPS, coletando dados da superfície
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Melhor a resposta

Aproveitamento do potencial da Web3

A plataforma ROAM da Rivada reimagina o comércio sem fio, combinando criatividade e experiência em tecnologia para enfrentar desafios complexos de conectividade.

Como parte de sua visão, a Rivada está desenvolvendo uma plataforma tecnológica inovadora, o Rivada Open Access Market (ROAM), para comercializar conectividade sem fio.
 

A criação de uma única plataforma de comércio para conectividade terrestre e via satélite apresenta enormes desafios no tocante à alocação, precificação e fornecimento de capacidade. Para refinar e dimensionar o conceito, a Rivada precisava de um consultor com conhecimentos aprofundados de comunicações sem fio, FinTech, ativos digitais e tokenização. Mas também tinha que ser uma empresa com uma mentalidade criativa, capaz de imaginar como essa combinação poderia moldar o futuro do setor.
 

Fields reconheceu a complexidade do desafio. "Resolver os problemas inerentes ao desenvolvimento de um mercado tokenizado e combinar todos os diferentes elementos são ações que requerem um design e uma liderança de pensamento extraordinários", complementa.
 

A Rivada se conectou com uma equipe da EY-Parthenon liderada por Igor Mikhalev, chefe de estratégia de tecnologias emergentes da EY-Parthenon Europe West. Rivada reconheceu que a equipe da EY tinha uma experiência altamente aplicável no uso de tecnologias emergentes e disruptivas para ajudar a resolver desafios comerciais complexos. Essa experiência, combinada com uma abordagem interdisciplinar e intersetorial, fez das equipes da EY-Parthenon a escolha certa para um projeto com essa ambição e dessa magnitude. 
 

Uma abordagem estruturada, sem deixar de ser criativa
 

Trabalhando em estreita colaboração com o professor Cramton e a equipe da Rivada, as equipes da EY-Parthenon aproveitaram todo o potencial do Web3 para ajudar a promover o desenvolvimento da plataforma, desde a percepção inicial até um roteiro para a implementação contínua. Foi um processo que exigiu o que Mikhalev descreve como "imaginação disciplinada".
 

"Sempre que surgem tecnologias emergentes, o pensamento típico é tentar substituir os processos existentes pelo que as novas tecnologias oferecem. Mas o maior desbloqueio é ser capaz de reformular seu modelo de negócios e fazê-lo com convicção, lançando grandes apostas em seu futuro", explica.
 

O enfrentamento de projetos dessa complexidade exigiu uma estrutura estratégica robusta. A equipe da EY-Parthenon aplicou uma abordagem que pode ser definida em quatro etapas. "A primeira é obter uma compreensão aprofundada de como o setor está evoluindo", esclarece Mikhalev. "A segunda é o pensamento com base em convicções mais refletidas, para onde o setor está indo e o que isso significa para o cliente. A terceira etapa é a formação de hipóteses criativas - como poderia ser um modelo de negócios de nova geração com base em nosso entendimento do cliente e das tecnologias emergentes. E, finalmente, a quarta etapa é testar essas hipóteses."
 

Análise forense com foco no futuro
 

Mediante a aplicação dessa abordagem à ROAM, a equipe começou analisando o cenário atual, concentrando-se nas tendências e tecnologias emergentes que afetam o comércio de capacidade sem fio. Eles também consideraram como as mudanças na regulamentação e a evolução dos padrões do setor poderiam afetar a colaboração, a concorrência e a demanda.
 

Observando como os desenvolvimentos da banda larga e do 5G podem moldar as telecomunicações no futuro, a equipe da EY-Parthenon conseguiu avaliar como a ROAM poderia evoluir à medida que novos participantes entrassem no mercado. Os integrantes da equipe também ajudaram a identificar as necessidades emergentes, como o compartilhamento de capacidade sob demanda e a transmissão de dados para aplicativos orientados por IA, que a Rivada poderia atingir com novos serviços.
 

Depois de estabelecer o contexto do setor, a equipe explorou como uma plataforma de negociação com base em blockchain poderia ajudar a simplificar a alocação da capacidade da rede. Eles se aprofundaram em como modelos alternativos de preços, incentivos com base em tokens compartilhados e preços e liquidação em tempo real de contratos inteligentes poderiam ser configurados em um futuro ecossistema digital. Os aprendizados obtidos a partir de outros mercados de telecomunicações - e de setores paralelos, como o comércio de energia - em relação a possíveis parcerias e pontos de diferenciação foram levados em consideração.
 

O que estamos construindo é inerentemente complexo - o desafio não representa apenas criar uma solução, mas encontrar uma maneira elegante de ajudar a lidar com toda essa complexidade.

Essas percepções ajudaram a identificar os principais segmentos de mercado e fluxos de receita e, principalmente, o ponto em que a ROAM poderia passar de um projeto de nicho para a adoção mais ampla, de forma convencional. A equipe modelou casos de uso com empresas ávidas por dados que precisavam de alto rendimento em curto prazo. O teste também contemplou parceiros de telecomunicações que monetizam a capacidade ociosa, descarregando-a temporariamente na rede. 

Por fim, a equipe chegou a um roteiro, com um plano de alto nível dos módulos, APIs e governança necessários para o comércio seguro e transparente de largura de banda. O roteiro também apresentava projetos para um ecossistema mínimo viável e um modelo operacional.

O ROAM está agora na versão beta, permitindo que a Rivada apresente uma solução que pode ajudar a trazer eficiência, transparência e flexibilidade ao gerenciamento da capacidade da rede.

"Se tivéssemos trabalhado com qualquer outra pessoa, não estaríamos onde estamos hoje. O que estamos construindo é inerentemente complexo - o desafio não é apenas criar uma solução, mas encontrar uma maneira elegante de ajudar a lidar com toda essa complexidade. Foi exatamente aí que Igor e a equipe da EY se destacaram", assinala Fields.

Silhuetas de antenas de telecomunicações ao pôr-do-sol
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Melhor se torna o mundo de negócios

Uma nova estrutura para a conectividade global

As equipes da EY-Parthenon estão ajudando a Rivada a transformar a conectividade sem fio, criando um mercado de acesso aberto que democratiza a capacidade e promove a inovação.

A computação em nuvem revolucionou a forma como as organizações abordam a compra de energia e armazenamento de computadores. Um mercado de acesso aberto com preços dinâmicos tem o potencial de ajudar a efetuar uma transformação semelhante na conectividade sem fio.
 

A possibilidade de adquirir capacidade acessível durante os horários e em locais onde as redes são subutilizadas atualmente beneficiará muito diversas empresas. Isso é verdadeiro particularmente para as empresas que usam aplicativos de IoT que consomem muitos dados e comunicações máquina a máquina.
 

Ao mesmo tempo, a ROAM permite que as operadoras ampliem as redes existentes por meio de infraestrutura compartilhada e utilizem melhor a capacidade ociosa, posicionando-as para a próxima geração de conectividade sem fio. 

A visão da Rivada consiste em possibilitar a inovação sem a necessidade de permissão no espaço sem fio, para que qualquer pessoa, e não apenas alguns escolhidos, possa criar um negócio utilizando o espectro sem fio que está ao nosso redor.

A próxima geração de satélites de órbita terrestre baixa (LEO) democratizará ainda mais a conectividade e ajudará a reduzir a exclusão digital, fornecendo cobertura em áreas que não são economicamente viáveis para redes terrestres. Como declara Fields, "as redes celulares são inerentemente locais. Portanto, a combinação da capacidade virtualizada do ROAM com a "liga" fornecida pela capacidade onipresente do satélite permite que as redes sem fio se tornem totalmente globais."

Isso inclui a Outernet da Rivada, uma rede inovadora de 600 satélites LEO atualmente em desenvolvimento que fornecerá cobertura polo a polo, de baixa latência e alta segurança. A Outernet utiliza uma configuração exclusiva em que a transmissão é realizada no espaço, sem nunca entrar em contato com a Internet ou com a infraestrutura terrestre, o que a torna uma rede especialmente segura. Essa "rede orbital" cobrirá cada centímetro quadrado da Terra, ressalta Fields, preenchendo lacunas em áreas rurais e carentes.

Ganley reflete que "a visão da Rivada é possibilitar a inovação sem necessidade de permissão no espaço sem fio, de modo que qualquer pessoa, e não apenas alguns escolhidos, possa criar um negócio usando o espectro sem fio que está ao nosso redor. Acredito que isso desencadeará uma onda de inovação que reduzirá os preços, aumentará a capacidade e abrirá novos usos para o espectro que você e eu provavelmente nem podemos imaginar."

Com essa plataforma, as equipes da Rivada Networks e da EY-Parthenon estão reimaginando os mercados de conectividade sem fio, ajudando a transformar a capacidade da rede de uma mercadoria estática em um recurso dinâmico e globalmente acessível.  

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