As organizações que se destacam, especialmente aquelas classificadas como Secure Creators, utilizam a IA e a IA Generativa para obter vantagens significativas. Profissionais de segurança cibernética se beneficiam da precisão e eficiência da IA, permitindo que realizem mais com menos recursos. Isso não apenas abre oportunidades para vantagem competitiva, mas também aborda preocupações financeiras.
Demetrio Carrión, líder de Cibersegurança da EY na América Latina, afirma que a dependência de tecnologia é inegável para qualquer organização. A aplicação da IA na cibersegurança permite que as empresas avancem rapidamente, adotando uma abordagem mais estratégica que não se limita a responder a incidentes, mas que também prevê e se prepara para possíveis eventos. Essa estruturação aumenta a resiliência organizacional, reduzindo a probabilidade de ataques bem-sucedidos e minimizando seus impactos.
Análises da EY, baseadas no estudo “2023 EY Global Cybersecurity Leadership Insights Study”, indicam que o uso da IA em cibersegurança pode gerar ganhos de eficiência entre 15% e 40%. Para maximizar esses benefícios, os Chief Information Security Officers (CISOs) devem simplificar e consolidar a infraestrutura cibernética existente, preparando o terreno para a adoção de novas tecnologias.
A IA também tem o potencial de aliviar a carga de trabalho das equipes de cibersegurança, compensando a escassez de habilidades. Ao ampliar a automação, os profissionais podem se concentrar em melhorar processos existentes e se preparar para possíveis ataques.
Com o aumento significativo de ataques cibernéticos nos últimos anos, que cresceu cerca de 75%, e a previsão de que os custos com ransomware alcancem US$ 265 bilhões até 2031, a adoção da IA Generativa se torna indispensável. As empresas mais preparadas, os Secure Creators, integram a IA em suas funções de detecção, resposta e recuperação de maneira inovadora.
O estudo da EY revela que 62% dos Secure Creators estão utilizando IA ou estão em estágios avançados de adoção de IA e Aprendizado de Máquina (Machine Learning), em comparação com 45% das demais empresas. Essa velocidade na adoção de tecnologias emergentes resulta em tempos de detecção e resposta a incidentes cibernéticos mais de 50% mais rápidos, economizando em média 150 dias na resposta a violações de dados.
Carrión destaca que a IA é fundamental para lidar com o volume crescente de informações. Com a capacidade de interpretar dados rapidamente, a IA permite decisões mais ágeis e eficazes. Além disso, a IA pode detectar automaticamente novas assinaturas e métodos de ataque, conectando-se às abordagens existentes para identificar incidentes quase em tempo real, com uma precisão média superior a 92% na detecção de spam, malware e invasões de rede.
Para empresas que ainda consideram a implementação de sistemas de segurança cibernética baseados em IA, Carrión sugere que a tecnologia pode ajudar a processar informações extensas, identificando contradições em políticas e procedimentos. A interação da IA com os colaboradores, aliada à sua capacidade de aprendizado, representa uma vantagem significativa.