As empresas de mineração e metais enfrentam um dilema relevante, à medida que são pressionadas a atender às expectativas de uma economia limpa. A necessidade de mudança é evidente – modernizar-se e evoluir são passos essenciais para garantir relevância no futuro. Entretanto, o maior desafio não está apenas em decidir como realizar essa transição para tecnologias como automação, inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT) e computação em nuvem.
Novas tecnologias são requisito essencial para as empresas de mineração que miram o futuro. Por outro lado, ainda que essas tecnologias ofereçam eficiência e segurança, prometam corte de custos, lucratividade e redução da emissão de carbono, de forma a garantir sustentabilidade e competitividade no longo prazo, elas também podem expor as organizações ao risco de ataques cibernéticos capazes de paralisar suas operações.
A segurança cibernética deve ser uma prioridade. Em termos relativos, o processo de transição do setor é lento, mas seu progresso na adoção e implementação de tecnologias operacionais tem sido constante. A complexidade da mudança e a escala e amplitude da implementação são dispendiosas e, muitas vezes, desanimadoras. As lacunas na cultura e qualificação para adaptação das equipes a novas formas de trabalho criam atritos internos, e os requisitos regulatórios e das partes interessadas aumentam a pressão.
Com a crescente automação, a migração para a nuvem e a dependência de dados operacionais, os vetores de ataque se multiplicam. Consequentemente, rganizações que ainda possuem programas cibernéticos imaturos ou insuficientes ficam cada vez mais vulneráveis.
Os criminosos estão percebendo isso e os incidentes cibernéticos no setor de mineração estão aumentando. Tanto que o Centro de Análise de Compartilhamento de Informações de Mineração e Metais (MM-ISAC) do Canadá rastreou 11 incidentes de segurança cibernética em 2023, o dobro do ano anterior.¹
Com a Quarta Revolução Industrial se aproximando, e o fato de que o alvo de um em cada quatro ataques cibernéticos detectados em 2023 é do segmento manufatureiro, é possível que o setor de mineração e metais esteja no topo da lista dos criminosos, sendo que este setor foi considerado o mais suscetível a ataques no ano passado.²
Desde o vírus Stuxnet, que supostamente destruiu tecnologias de produção de urânio no Irã há mais de duas décadas, até o ataque de ransomware do ano passado, que paralisou as operações de uma empresa de cobre no Canadá e de outra na Alemanha, há exemplos em todo o mundo.
Nenhuma organização está imune. Embora organizações menos vulneráveis a ataques sejam mais facilmente protegidas, as de mineração e metais continuam a adotar tecnologias e depender de parceiros suscetíveis da cadeia de suprimentos, em um ambiente impactado pelo cenário geopolítico.
E, embora aquelas com uma superfície de ataque menor sejam mais fáceis de proteger, à medida que o setor de mineração e metais continua a adotar novas tecnologias e depender de parceiros vulneráveis na cadeia de suprimentos em um ambiente influenciado por fatores geopolíticos, nenhuma organização está imune.
Então, o que as empresas de mineração e metais precisam fazer para progredir e, ao mesmo tempo, reduzir o potencial de ameaças hoje e no futuro?
Para se sofisticarem tecnologicamente, as empresas precisam entender melhor sua exposição, além de determinar e planejar uma reflexão sobre seu apetite ao risco de forma proativa. A governança e uma estrutura sólida de gestão de risco podem ajudar a mapear a telemetria da organização, implementar os processos corretos e preparar as equipes com os protocolos necessários para responder aos incidentes com urgência e agilidade.
Muitas vezes, a falta de compreensão de uma organização sobre os reais impactos e a amplitude das ameaças cibernéticas é a principal barreira à ação. A liderança sabe, por exemplo, que um comprometimento pode interromper a produção, então podem implementar contingências essenciais para lidar com isso.
Mas, e se um ataque cibernético manipular os registros para que os sistemas de monitoramento não reconheçam uma negligência? Ou, no caso de um problema mais sério, e se os controles de saúde e segurança hackeados colocassem em risco não apenas a produção, mas a vida humana?
A construção de uma fortaleza cibernética que possa efetivamente prever e agir na eventualidade desses problemas requer conexão dentro e fora do local, além de sinergias, prioridades e supervisão alinhadas – do topo de uma organização para baixo.
O relatório da EY sobre os 10 principais riscos e oportunidades de negócios de mineração e metais em 2024 indica que os riscos à infraestrutura, propriedade intelectual, finanças, reputação, cadeia de suprimentos e potenciais perigos físicos e para funcionários estão no topo da lista de preocupações dos executivos relacionadas à segurança cibernética.
Essa é a prova de que a segurança cibernética não é mais um mero problema de tecnologia. Se os riscos devem ser mitigados enquanto a disrupção continua, a alta administração e as áreas de Gestão de Risco e Operações devem estar em sintonia.
Reunir todas as partes interessadas para uma conversa significa que as equipes de segurança cibernética devem colaborar e trabalhar lado a lado com a operação para identificar aplicações de serviços críticos. A comunicação aberta – com total visibilidade e divulgação das atividades de gestão de riscos e seus impactos holísticos sobre a produção e segurança, marca e reputação – também pode ajudar a promover uma cultura de segurança cibernética, além de criar resiliência e prontidão para diminuir o impacto do “fator humano” em toda a empresa.
Preparando o terreno
Embora seja um desafio, reunir as equipes de liderança, tecnologia e operacionais para uma conversa é essencial para definir o perfil de risco e construir um plano holístico de segurança cibernética. A EY ajuda as organizações a preparar essas discussões, realizando avaliações de capacidade e risco, definindo e implementando estratégias de mitigação de riscos cibernéticos e até simulando ataques cibernéticos para torná-los reais para as partes afetadas e para melhor identificar as lacunas que representem perigo.
Nossas habilidades proporcionam continuidade até mesmo para os cenários maix complexos e prevendo desafios de forma proativa, seja avaliando a governança e o ambiente atuais de um cliente ou criando equipes, intermediando conversas e avaliando políticas.
Nossa rede global especializada no setor permite que nos conectemos prontamente com diferentes locais, onde quer que suas operações estejam. Os centros de excelência EY wavespaceTM criam oportunidades de colaboração em salas de reuniões virtuais, atravessando fronteiras físicas e abrindo espaço para que todas as vozes sejam ouvidas e perspectivas únicas sejam trazidas à mesa.
Nossa mobilidade e capacidade de estar em vários lugares nos permitem incorporar equipes locais nos escritórios das empresas, para fornecer soluções customizadas mais rápidas e seguras. E, por meio da nossa rede global, podemos ajudar as organizações a explorar e testar ideias em tempo real, realizando demonstrações, incubação de laboratório de dados e workshops, com acesso a habilidades específicas e tecnologias proprietárias.
O aprendizado de alto nível em nossos laboratórios e no Centro de Excelência de Mineração e Metais fornece orientação e abordagens baseadas em inovação para cenários de risco que muitas empresas de mineração e metais enfrentam hoje ou podem enfrentar amanhã.
Nossas equipes multidisciplinares oferecem recursos operacionais especializados e conhecimento avançado sobre tecnologias inovadoras, que podem ajudar a interpretar e implementar planos de ação de forma a otimizar diagnósticos baseados em dados, ajudar a cumprir os objetivos de saúde e segurança e garantir a transformação digital de uma empresa.
Tendo as boas práticas de gestão de risco como ponto de partida, a nossa prática de Segurança Cibernética adota uma abordagem holística, avaliando os riscos de tecnologia operacional e de ativos críticos, inclusive a exposição potencial da cadeia de suprimentos para dar uma boa visibilidade em toda a empresa. Ao combinar cada um desses componentes com o apetite de risco, controles e governança de uma organização, podemos ajudar a estabelecer uma estrutura personalizada que identifique oportunidades de melhoria, reduza vulnerabilidades e desenvolva resiliência cibernética de forma contínua em uma cultura já estabelecida e consciente do risco.
Independentemente do ponto em que sua organização se encontra nessa jornada para a segurança cibernética, seja começando a digitalizar as operações ou se já foi vítima de ameaças, podemos ajudá-lo a se preparar para responder e resistir a um ataque, e mitigar possíveis perdas.
Entre em contato com nossa equipe para iniciar uma conversa. Estamos disponíveis para compartilhar nossas experiências e ajudar sua tomada de decisão, marcar uma visita ao nosso laboratório ou executar uma simulação que identifique vulnerabilidades, orientar suas estratégias de segurança cibernética, definir procedimentos e manuais detalhados, e priorizar seus planos.