Segundo a última edição do EY Work Reimagined, inteligência artificial e iniciativas de wellbeing completam o top 3 dentre as prioridades do mercado.
Maio de 2024 - A EY, uma das principais consultorias e auditorias do mundo, realiza anualmente a EY Work Reimagined, realizada para entender o que e como melhorar a experiência dos funcionários no futuro e como as preferências variam para diferentes tipos de funcionários em diferentes locais. O estudo global conta com a participação de mais de 16 mil pessoas, em 16 países, incluindo o Brasil, e abrangendo 23 setores diferentes. A última edição, do final de 2023, indica como prioridades três temáticas: flexibilidade, inteligência artificial e wellbeing, tanto da perspectiva dos empregados quanto dos empregadores.
“Especialmente com os impactos da pandemia, a nossa realidade mudou em diferentes perspectivas e no ambiente de trabalho isso não poderia ser diferente. Muitas coisas que tínhamos como referência e como hábito mudaram, outras vão mudar para possibilitar uma adaptação às novas demandas”, observa Oliver Kamakura, sócio de consultoria em gestão de pessoas da EY Brasil.
Um dos pontos apontados pela pesquisa é que deve cair, mais em breve do que se imaginava, o conceito de trabalho full remoto. “Isso ainda não caiu por completo por conta do aprendizado das empresas. Hoje em dia, as companhias já identificaram que uma experiência 100% remota não resolve os problemas de produtividade ou melhorias de trabalho”, aponta Oliver.
Quando analisamos apenas as respostas dos empregadores brasileiros, 68% acreditam que os benefícios da interação “pessoal” geralmente superam os desafios do deslocamento. E isso também se reflete na visão dos próprios colaboradores, em que 70% responderam que acreditam que a interação pessoalmente vale o deslocamento até o ambiente de trabalho.
Para Oliver, “um dos pontos que deve ser levado em conta é que o remoto impacta na qualidade dos projetos em questão e na agenda de times. E quando falamos isso, não falamos apenas sobre a questão de produtividade ou horas trabalhadas. O ponto é que, ao mesmo tempo que traz inúmeras facilidades, o remoto impacta na dinamicidade e agilidade da resolução de problemas”.
Tanto empresas quanto colaboradoras também convergem que o trabalho híbrido é uma das melhores soluções, não precisando ser 100% remoto e nem 100% presencial. “Esse modelo traz a capacidade otimizada de interações presenciais junto com as possibilidades de concentração que o remoto intensifica”, explica o executivo. “E mais importante do que o trabalho híbrido é encontrar a verdadeira flexibilidade. E isso não é, necessariamente, sinônimo de remoto”, completa.
Sobre a flexibilidade, a dificuldade está nos dois lados. As empresas demoram mais tempo para perceber esse movimento já que são compostas por um coletivo de pensamentos distintos e nenhuma decisão será possível de agradar a todos. Em contrapartida, o colaborador tende a sinalizar os pontos que não o agradam de maneira mais rápida. “Alguns questionamentos devem ser feitos para se chegar a uma decisão mais adequada, como por exemplo: quais nossos objetivos de longo e curto prazo? O que precisamos entregar? Com essas respostas será possível avaliar e usar as opções de trabalho de modo mais efetivo e assertivo, organizando o fluxo e o direcionamento para as equipes”, sinaliza Oliver.
Quando questionados sobre preferência pessoal de trabalho flexível, apenas 16% dos colaboradores responderam que preferem o modelo presencial de forma integral. E 76% desses mesmos entrevistados afirmaram que aderem às políticas das empresas sobre local de trabalho flexível. Já quando perguntado aos empregadores, apenas 3% dizem que os funcionários não aderem ao modelo da companhia.
A Inteligência Artificial e a GenIA também foram pontos relevantes do estudo. 28% dos empregadores brasileiros sinalizaram que pretendem investir em treinamento em habilidades relacionadas à IA generativa (por exemplo, ChatGPT, DALL-E). E sobre o uso dessas tecnologias, 44% das companhias já utilizam e 43% pretendem usar nos próximos 12 meses.
Em relação aos impactos dessas inovações, os três pontos principais de melhoria apontados pelos empregadores foram: forma como é feito o trabalho no setor (47%), maneiras de contornar a colaboração e a equipe (47%) e capacidade do funcionário de se concentrar em trabalho de alto valor (46%).
Quando essa mesma questão é levada aos colaboradores, apenas o terceiro ponto se diferencia: forma como é feito o trabalho no setor (66%), maneiras de contornar a colaboração e a equipe (65%) e produtividade (61%).
O executivo explica que “ainda há muitas questões especulativas sobre o uso de IA até porque o potencial é imenso, ainda mais se incluirmos o universo do IA generativo. De modo geral, há muito mais sentimentos positivos do que negativos, já que essa é uma possibilidade real de avanços, melhorias e resoluções de problemas complexos”. Ele ainda reforça que no longo prazo, a perspectiva é ainda mais otimista. “Alguns estudiosos e grandes especialistas no tema preveem que, em 2029, a IA generativa vai atingir a totalidade das pessoas mais inteligentes do mundo. Hoje, ainda temos um uso bastante limitado de algo com um potencial gigantesco. Já imaginou ter a oportunidade de sentar com o Einstein?”, afirma Oliver. “Mas é sempre bom frisar que a tecnologia tem um papel muito mais de complementariedade do que substituição da atuação humana”, reforça
Por fim, o estudo destaca também as iniciativas em wellbeing e bem-estar como uma das prioridades. 69% dos colaboradores entrevistados no Brasil acreditam que a liderança tem um olhar voltado para as pessoas e 66% confiam na liderança e sentem-se apoiados por ela. Já em relação aos investimentos em wellbeing, 39% apontam que o bem-estar psicológico ou mental é a área mais crítica das empresas, seguido por bem-estar físico (15%) e bem-estar profissional (14%).
E em relação aos empregadores, a percepção sobre os investimentos em bem-estar psicológico e mental também lidera com 30%, seguido pelo bem-estar financeiro (22%) e bem-estar físico (14%).
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