Artigo: Cultura é fator determinante para bons resultados

16 jan 2025

Por Willian Valiante, sócio de consultoria para varejo da EY na América Latina

Estive na edição deste ano da NRF, que, mais uma vez, teve o Javits Convention Center, em Nova York, cheio e com muita presença de brasileiros. Todos em busca do mesmo objetivo: conhecimento, perspectivas, networking e inspiração. Como esperado, a inteligência artificial permeou todos os assuntos.

Começamos com a abertura de John Furner, CEO do Walmart U.S, e Azita Martin, VP e general manager de varejo e consumo da Nvidia. Interessante ver como a IA já vem trazendo resultados extremamente positivos ao Walmart, mas mais impressionante é entender como tiveram a visão de fazer essa jornada de forma estruturada, evitando ao máximo os traiçoeiros “puxadinhos” que depois se tornam limitadores ao crescimento e flexibilidade.

Exemplos interessantes foram comentados em outras sessões e, com muito orgulho, por brasileiros, como Paulo Correa, CEO da C&A Brasil, sobre o trabalho feito para que a inteligência artificial fosse inserida no dia a dia da operação.

Outras empresas também compartilharam suas experiências e um ponto comum chamou a atenção em todos os casos de sucesso: cultura. Afinal, é essa cultura no trabalho que permitiu mudanças na estrutura organizacional e estratégia, abrindo espaço para o sucesso.

E, claro, sabemos que as mudanças são sempre um desafio e no caso de IA, por exemplo, talvez tenhamos um componente mais preocupante em comparação com outras “revoluções”: o medo da obsolescência humana, como nunca vimos antes.

Em todos os casos de sucesso apresentados, outro ponto comum relacionado ao anterior também ficou bastante claro. O trabalho feito na cultura atacou um ponto central nesse medo exagerado, que foi mostrar como a IA é uma aliada e potencializa a ação humana quando bem combinada.

Esses exemplos abriram espaço para outras discussões interessantes ao redor do tema, como IA gerenciando outra IA. Já pensou nisso? Pouco tempo atrás, essa poderia ser uma conversa digna de Matrix ou outros filmes de Hollywood.

A velocidade com que esse assunto evolui traz novas perguntas. Quem gerencia uma IA que dá instruções para outras IAs? Quais novas habilidades serão desenvolvidas? E com a maturidade de IA, veremos mais combinações de competências para quem desenvolve, treina e gerencia IA?

Muita coisa pela frente, somando-se ao mantra do varejo: “fazer o básico bem feito”!

*Esta é uma adaptação do artigo publicado inicialmente no Meio e Mensagem.

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