Os efeitos causados pelas mudanças climáticas têm feito com que as cidades precisem se adaptar como forma de garantir condições mínimas de vida aos seus habitantes. As chamadas cidades resilientes criam formas efetivas de lidar com desafios ambientais que já não podem mais ser completamente revertidos, como o aumento da temperatura global. Essa realidade cada vez mais presente precisa estar contemplada no planejamento das cidades, com políticas públicas elaboradas para seu enfrentamento. O tema deste ano do EY Open Science AI & Data Challenge é sobre um desses efeitos das mudanças climáticas para as cidades: as ilhas de calor. Essa situação ocorre por causa da alta densidade de edifícios alinhada à falta de espaços verdes e corpos d´água em áreas urbanas, especialmente das grandes cidades.
Nesse contexto, as variações de temperatura entre ambientes rurais e urbanos podem exceder 10°C, causando problemas sociais e de saúde. As altas temperaturas colocam em risco os grupos vulneráveis formados por crianças, idosos, trabalhadores ao ar livre e populações de baixa renda. A proposta é que os participantes do hackathon da EY desenvolvam um modelo de machine learning para prever hotspots de ilhas de calor em uma localização urbana. Além disso, o modelo deve ser projetado para apontar os principais fatores que contribuem para a formação desses hotspots.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, na sigla em inglês) alerta que, sem uma ação mais efetiva, o mundo caminha para um aumento da temperatura entre 2,6ºC e 3,1ºC até o fim deste século – bem acima do 1,5ºC de elevação definido como meta no Acordo de Paris. Essa projeção indica o quanto esse problema das ilhas de calor vai se agravar nos próximos anos, demandando soluções que possam mitigá-las em um contexto urbano em crescimento, com edifícios surgindo a todo momento.
O desafio global da EY “Resfriando Ilhas de Calor Urbanas”, que está com inscrições abertas neste site até 20 de março, vai premiar, com até US$ 10 mil, as melhores soluções de machine learning ou aprendizado de máquina. Os três primeiros colocados da América Latina terão direito ainda a um prêmio extra nos seguintes valores: US$ 1,3 mil para o primeiro colocado, US$ 700 para o segundo e US$ 500 para o terceiro.
Requisitos para inscrição
Os participantes podem entrar individualmente ou em equipes de até três membros para desenvolver modelos/algoritmos, enviando os resultados durante o desafio para o site citado anteriormente. Para participar, é necessário:
Proficiência em inglês. Embora isso não seja obrigatório, todos os materiais da competição e o suporte serão entregues em inglês e, caso o participante se torne um finalista global, precisará enviar seu trabalho em inglês.