A segurança cibernética, que tradicionalmente se concentra na proteção contra invasões e vazamentos de dados em organizações, precisa lidar com ambientes cada vez mais complexos – preservando os ativos digitais e a confiança dos clientes e demais stakeholders. Nesse contexto, um dos aspectos mais importantes é a integridade da identidade. Esse conceito é vital para garantir que informações pessoais e corporativas permaneçam precisas, imutáveis e protegidas contra fraudes, manipulações e acessos não autorizados.
A integridade da identidade tornou-se um dos pilares da cibersegurança, principalmente diante da crescente adoção de tecnologias como inteligência artificial, computação em nuvem e blockchain, que estão redefinindo as estratégias de proteção de dados. Mas como esses dois conceitos – integridade de identidade e segurança cibernética – se relacionam? Quais são os desafios enfrentados pelas empresas e quais as melhores práticas para garantir a segurança dos dados?
A integridade da identidade é um dos maiores desafios para a segurança cibernética na era digital, segundo estudos da EY. Um desses estudos aponta que 56% das empresas globais registraram tentativas de fraude relacionadas a identidades digitais em 2023, e esse número deve crescer com a popularização da IA generativa – e a capacidade da tecnologia de reproduzir voz ou comportamento de uma pessoa.
A integridade da identidade refere-se à prática de garantir que a identidade digital de um usuário ou empresa permaneça autêntica, imutável e protegida contra adulterações. Isso significa que somente o usuário legítimo pode acessar o sistema, impedindo o acesso não autorizado por meio de credenciais comprometidas ou roubadas. É, portanto, um componente essencial da segurança cibernética que se concentra em proteger a precisão e a confiabilidade das identidades dos usuários. Isso inclui aspectos como:
- Autenticidade: Garantia de que a identidade digital pertence ao legítimo indivíduo ou entidade (legitimidade de acesso – a quem de fato pertence o acesso).
- Imutabilidade: Proteção contra alterações não autorizadas nos dados de identidade.
- Conformidade: Atendimento a normas de segurança e privacidade, como GDPR (regulamento de proteção de dados da Uniao Europeia) e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
*Esta é uma versão adaptada do artigo publicado inicialmente no The Shift. O próximo artigo vai abordar como as empresas podem proteger a integridade de identidade dos seus clientes.