Em um mundo em que a tecnologia fica mais inteligente e onipresente – da tarefa de aspirar o pó até a assistência médica, passando por transações financeiras sem intervenção humana –, o uso de ferramentas baseadas em inteligência artificial (IA) nos permite conectar e colaborar em sistemas e plataformas diversos. Essa transição marca a entrada da chamada inteligência pervasiva, a visão de um futuro em que a IA e outras tecnologias estão integradas em todos os aspectos de nossas vidas e negócios, criando um ecossistema interconectado e altamente responsivo.
O que é inteligência pervasiva
A inteligência pervasiva, também conhecida como inteligência ambiental ou computação ubíqua, refere-se à ideia de que a inteligência computacional estará onipresente e integrada de forma transparente em nosso ambiente, permitindo uma tomada de decisão mais informada e eficiente em todos os níveis. Esse conceito surgiu como uma evolução natural da computação ubíqua, combinada com os avanços em IA, aprendizado de máquina, Internet das Coisas (IoT) e tecnologias de rede de próxima geração como o 5G e, futuramente, o 6G.
A inteligência pervasiva é o uso de ferramentas baseadas em IA para conectar e colaborar em uma variedade de sistemas. Ela pode ser aplicada ao design de semicondutores, negócios, saúde e muito mais.
De acordo com a EY, antes do final desta década, estaremos entrando na era do 6G e da inteligência pervasiva, que mescla sistemas físicos, digitais e humanos. Nesse futuro, a inteligência será distribuída de forma massiva, criando um tecido digital e em nuvem que transformará nossa economia e sociedade.
Como surgiu o conceito de computação ubíqua
O conceito de inteligência pervasiva ou computação ubíqua evoluiu a partir de várias tendências tecnológicas convergentes:
1) Avanços em IA e aprendizado de máquina: O rápido progresso nessas áreas permitiu que sistemas computacionais realizassem tarefas cada vez mais complexas e tomassem decisões autônomas.
2) Expansão de dispositivos IoT: A crescente ubiquidade de sensores e dispositivos conectados criou uma vasta rede de pontos de coleta de dados.
3) Evolução das Redes de Comunicação: O desenvolvimento de redes 5G e a perspectiva do 6G prometem conectividade ultra-rápida e de baixa latência.
4) Computação em Nuvem e Edge: A capacidade de processar dados tanto em data centers centralizados quanto em dispositivos de borda permite uma análise mais rápida e eficiente.
5) Miniaturização e Eficiência Energética: Avanços em hardware permitiram a integração de capacidades computacionais em dispositivos cada vez menores e mais eficientes.
*Esta é uma versão adaptada do artigo publicado inicialmente no The Shift.