Artigo: Cibersegurança depende de visão holística e integração dos profissionais

31 out. 2025

Para isso, até mesmo para assegurar que as novas tecnologias sejam adotadas de forma eficaz nesse processo, os CISOs têm papel central

Os Chief Information Security Officers (CISOs) desempenham papel central para a implementação de estratégias simplificadas de cibersegurança. Para as novas tecnologias serem adotadas de forma eficaz, os CISOs precisam desenvolver uma visão holística da segurança, capaz de integrar todos os níveis da organização — dos C-levels até a equipe de segurança e a força de trabalho como um todo.

Esses profissionais precisam comunicar as necessidades da organização e os impactos da integração de novas tecnologias ao board e aos demais C-levels. Eles devem traduzir do “tequiniquês” os riscos técnicos e apresentar os ganhos que os negócios e as várias áreas terão com essa adoção. Dessa forma, os CISOs podem evitar a desconexão com outros C-levels no que diz respeito à percepção da eficácia das medidas de segurança.

Por fim, agir em nome da simplificação é reduzir os riscos em relação à força de trabalho da companhia. Os CISOs podem garantir que todos os colaboradores adotem práticas seguras no dia a dia. O treinamento contínuo e incremental, aliado a ferramentas de automação e prevenção, ajuda a integrar a cibersegurança no DNA da organização. A integração de ferramentas de IA e de recursos de machine learning contribui para a simplificação de sistemas de cibersegurança. Essas tecnologias podem analisar grandes volumes de dados em tempo real, detectar padrões anômalos e alertar automaticamente as equipes de segurança.

As organizações que implementam IA e ML conseguem detectar ameaças com muito mais rapidez e precisão. Essas tecnologias aprendem continuamente e se adaptam às novas ameaças, tornando sua aplicação fundamental para a segurança em ambientes dinâmicos, como a nuvem e IoT (Internet das Coisas). Segundo estudo recente da EY, empresas que adotaram IA e ML em seus sistemas de cibersegurança relataram uma maior adaptabilidade e resiliência frente às ameaças.

A IA Generativa pode atuar como um copiloto para agilizar e simplificar processos, ao fazer resumos e responder às perguntas. Com isso, os profissionais conseguem distinguir rapidamente entre uma ameaça real e um falso positivo. Isso também pode ajudar a melhorar a explicabilidade – um desafio fundamental para muitas ferramentas cibernéticas orientadas por IA. A IA ajuda as equipes cibernéticas a serem mais eficazes com os mesmos ou menos recursos. As primeiras análises da EY apontam para ganhos de eficiência com o uso da IA na defesa cibernética que podem variar de 15% a 40%.

*Este artigo foi publicado inicialmente no The Shift.

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