Adoção de práticas ESG na mineração pode adicionar R$ 399 bilhões à economia, aponta análise da EY-Parthenon

28 nov. 2025

São Paulo, novembro de 2025 – A incorporação estratégica de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) na mineração pode gerar um incremento de 20,81% na atividade econômica, valor equivalente ao crescimento acumulado da mineração nos últimos cinco anos, segundo dados da PIA/IBGE. As informações fazem parte do estudo Impact Edge, da EY-Parthenon, lançado na EY House durante a COP30, em Belém. O levantamento destaca ainda que os benefícios ultrapassam as fronteiras das empresas que adotam essas práticas e se estendem a toda a economia brasileira: estima-se que os ganhos totais possam alcançar R$ 399 bilhões adicionais por ano, montante comparável ao PIB do estado da Bahia em 2022.

Além disso, a análise aponta a geração de mais de 3 milhões de novos empregos, número equivalente à população do estado de Alagoas, reforçando o impacto transformador das iniciativas para o mercado de trabalho. O setor de mineração mantém papel central na economia brasileira, tendo alcançado em 2024 um PIB de R$ 290,6 bilhões, o que representa 2,67% de tudo o que o país produz.

Os resultados também são expressivos no campo ambiental, social, de governança e da saúde pública. A adoção efetiva das iniciativas divulgadas pelas empresas mapeadas no estudo pode evitar a emissão de 19,52 milhões de toneladas de CO₂ e preservar cerca de 4,8 trilhões de litros de água, além de impedir a geração de 400 milhões de toneladas de resíduos. No campo social, destaca-se a criação de 7.152 vagas afirmativas em posições de liderança, demonstrando a disposição do setor em seguir impulsionando a diversidade, inclusão e equidade. Na esfera da saúde, estima-se que 93.056 internações seriam evitadas anualmente, representando uma economia de R$ 47,77 milhões ao Sistema Único de Saúde, valor que pode ser realocado para áreas prioritárias como educação, segurança e infraestrutura.

“A mineração brasileira vive um momento decisivo. Temos a oportunidade de  deixar para trás uma visão arcaica de que o setor de mineração estava fundamentalmente vinculado a riscos ambientais e sociais. As empresas vêm investindo significativamente em práticas robustas de gestão de riscos com o objetivo de aumentar a resiliência de sua infraestrutura aos efeitos das mudanças climáticas e mitigar seu impacto nos biomas onde opera.. A transição já começou — e os resultados mostram que é plenamente possível conciliar competitividade econômica com responsabilidade ambiental e inclusão social. Quem conseguir alinhar estratégia, dados e execução estará preparado para transformar a transição climática em uma vantagem competitiva de longo prazo”, diz Elanne Almeida, Líder Global de Sustentabilidade para Mineração e Metais da EY.

Oportunidades e desafios

A mineração ocupa uma posição estratégica na economia brasileira, fornecendo matérias-primas essenciais para setores como indústria de base, construção civil, energia e tecnologias emergentes. O Brasil é hoje o segundo maior produtor mundial de minério de ferro e o quinto maior produtor de minerais em geral, o que o coloca em destaque no cenário global. Com o avanço acelerado da indústria tecnológica, cresce também a demanda por minerais críticos e terras raras, recursos fundamentais para a transição energética e digital.

“O setor atravessa um momento de profundas transformações. O compromisso com práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) deixou de ser apenas uma exigência regulatória e passou a representar uma nova forma de operar. A implementação de medidas de redução de emissões, eficiência energética, melhor gestão hídrica e de resíduos têm mostrado que investir em sustentabilidade é uma decisão estratégica cujo valor extrapola os típicos indicadores ESG, gerando um impacto real na economia do território”, comenta Almeida.

Os desafios, no entanto, seguem expressivos. Aspectos como  gestão dos recursos hídricos, descarbonização de processos intensivos em energia e segurança de barragens e rejeitos continuam sob forte escrutínio público e regulatório, e competem por capital em um contexto de instabilidade política internacional que reduz o apetite ao risco e cria um mindset  de cautela, redução de custos e a preservação do capital – pelo menos no curto prazo. Além disso, é necessário fortalecer a governança socioambiental, ampliar o diálogo com as comunidades e garantir maior transparência e rastreabilidade nas cadeias de suprimentos minerais.

“Essas dinâmicas vêm redefinindo as prioridades de investimento no setor.  Modelos antes focados em conformidade deram lugar a estratégias estruturadas de criação de valor compartilhado, que unem eficiência operacional e impacto socioambiental positivo. O Impact Edge demonstrou que esse impacto é muito maior do que se conhecia”, finaliza a líder.

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