“Em apenas 17 anos, fomos de zero a quatro milhões de alunos”, diz Ari de Sá Neto, da Arco Educação

Com quatro milhões de alunos em dez mil escolas particulares, a Arco Educação, comandada pelo empresário Ari de Sá Neto, que representará o Brasil na edição global do Programa EY Empreendedor do Ano, tem promovido uma revolução no sistema de ensino. Além de oferecer soluções híbridas – físicas e digitais – de ensino para as escolas, a empresa disponibiliza um software de gestão para facilitar a administração do negócio. 

“Nossas soluções são completas e incluem iniciativas inovadoras, com destaque para a aprendizagem por projeto, que posiciona o aluno como protagonista do seu aprendizado. Como parte desse processo, mostrando na prática o motivo de aprender os conceitos teóricos, o estudante é desafiado a responder a questões ou problemas do mundo real”, diz o executivo. “Outra iniciativa tem relação com a inteligência artificial, que cria trilhas adaptadas à velocidade de aprendizado de cada aluno. Aquele que enfrenta alguma dificuldade precisa de um ensino ainda mais inclusivo, motivo pelo qual a tecnologia adapta o conteúdo para sua realidade, contribuindo assim para o aprendizado”, completa.

Leia abaixo a entrevista na íntegra.

1) Como a Arco Educação se posiciona no mercado?

ARI: Somos uma plataforma de soluções educacionais para escolas, da educação infantil ao pré-universitário, oferecendo a estrutura necessária para que elas possam operar com qualidade. Estamos falando de conteúdo educacional, métodos de avaliação dos alunos, treinamento dos professores, ensino bilíngue, entre outros recursos, para que as escolas possam desenvolver suas atividades pedagógicas. 

Temos marcas muito conhecidas nacionalmente, como Positivo, COC e SAS, esta última surgiu no Colégio Ari de Sá Cavalcante em Fortaleza e se expandiu para outras escolas. No total, já são quatro milhões de alunos usando nossos produtos em dez mil escolas particulares brasileiras. Ajudamos ainda os estabelecimentos de ensino na parte administrativa por meio da oferta de um software de gestão, que inclui contas a receber, cobrança de mensalidades e solução de pagamentos. Quem deseja montar uma escola ou digitalizá-la encontra na Arco Educação todas as soluções para isso. 

2) Depois da pandemia, que acelerou a digitalização, como vocês fizeram para equilibrar materiais digitais com físicos, especialmente para alunos mais novos?

ARI: Temos uma solução híbrida, pensando nesses alunos mais jovens que precisam do material físico, por causa dos riscos das telas para sua formação adequada. O excesso de telas pode ser prejudicial nessa idade. Também por isso, é necessário que a digitalização, com o uso de diferentes mídias, faça parte de uma estratégia de ensino. Além do livro digital e da videoaula, ganha relevância a lição de casa gamificada, a fim de tornar o aprendizado mais divertido. O caminho, como destaquei, é equilibrar o digital e o físico em uma solução híbrida de aprendizado que considere os melhores recursos e experiências de cada um desses formatos.

3) Falando em inovação, de que forma ferramentas como a IA têm sido integradas ao método de ensino de vocês?

ARI: Nossas soluções têm várias iniciativas inovadoras. Uma delas é a aprendizagem por projeto, dando mais contexto para o aluno, o que significa ir além daquele conhecimento teórico que ele não sabe exatamente para que vai usar no futuro. Como parte desse processo, posicionamos o estudante como protagonista do seu aprendizado, sendo desafiado, com frequência, a responder a questões e problemas do mundo real. 

Outra iniciativa tem relação com a inteligência artificial, que cria trilhas adaptadas à velocidade de aprendizado de cada aluno. Aquele que enfrenta alguma dificuldade precisa de um ensino ainda mais inclusivo, motivo pelo qual a tecnologia adapta o conteúdo para sua realidade, contribuindo assim para o aprendizado. 

A IA usa como norte o desempenho do aluno para se aprofundar em algum tema específico que precisa de maior atenção. Esse é um ciclo que se retroalimenta por meio do uso de dados e da tecnologia. Considero que essa capacidade de se adaptar ao perfil de cada aluno é um diferencial de mercado do nosso produto.

4) Quais são os desafios de empreender no Brasil?

ARI: Temos, da mesma forma que outros empreendedores, desafios ligados ao "Custo Brasil". Como atendemos no país inteiro praticamente, o transporte do conteúdo físico, das apostilas, para as escolas é um desafio considerando nossa malha logística. Por parte das escolas, há desafios tributários, com destaque para a carga muito alta, onerando principalmente as menores que têm menos recursos. 

Outro fator de atenção de todo empreendedor é manter alta a motivação do seu time para inovar e vencer os inúmeros desafios diários, o que não é fácil quando o negócio cresce. A prioridade deve ser cuidar das pessoas, com a preocupação de manter o time engajado, contribuindo assim para a perpetuidade da empresa.

5) A que você atribui a escolha de ter sido o representante da categoria Master na edição deste ano do EOY?

ARI: Em apenas 17 anos, fomos de zero a quatro milhões de alunos, e isso é muito relevante no setor de educação em que tudo acontece no longo prazo, como construção de marca, reputação e credibilidade. Nossas soluções têm contribuído para a formação dos brasileiros, criando oportunidades e realizando o sonho de entrar na universidade. Sou apenas um representante da nossa empresa formada por 4,2 mil colaboradores. O time é fundamental para a conquista desses resultados. 

Nova edição do EOY

Idealizado e promovido pela EY desde 1998 no Brasil, o programa Empreendedor do Ano reconhece líderes empresariais de setores e mercados distintos que, com sua visão de futuro, têm algo em comum: a vontade de transformar a realidade do país, deixando seu legado e contribuindo para a construção de um mundo de negócios melhor. 

As inscrições já estão abertas para a 29ª edição. Inscreva-se neste link! 

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Este conteúdo faz parte da série da Agência EY com representantes homenageados da edição 2025 do programa EOY - Empreendedor do Ano.