As 10 principais oportunidades para empresas de tecnologia em 2024

A GenAI está promovendo uma nova era de transformação digital. Para as empresas de tecnologia, o efeito é uma faca de dois gumes. Muitos já estão avançados em sua trajetória de transformação digital e os líderes terão de reavaliar e dinamizar as suas estratégias digitais em curso para garantir que a IA assuma um papel central. Os esforços de transformação que foram concebidos e implementados antes do surgimento da GenAI estão rapidamente tornando-se obsoletos e os que assumiram posição de liderança nos primeiros estágios poderão perder terreno para concorrentes que priorizem novas capacidades.

Em contrapartida, as empresas de tecnologia que ficaram para trás nas fases anteriores da transformação digital têm uma oportunidade clara: ao colocarem a IA no centro das suas estratégias, poderão ultrapassar os concorrentes que anteriormente estavam bem à frente. A IA pode lhes permitir não só acelerar suas trajetórias de transformação, mas também reposicionar as suas operações para capitalizarem tecnologias e modelos de negócio rapidamente emergentes.

Confrontados com este equilíbrio entre riscos e oportunidades, as empresas de tecnologia que procuram reter ou alcançar a liderança da indústria na transformação digital devem instituir uma torre de controle de IA – um grupo diretor dedicado, composto por uma combinação de chefes de unidades de negócios e outros executivos-chave, como o diretor digital ou administradores de dados. Este grupo pode formular uma visão abrangente para a transformação digital do negócio infundida pela GenAI, identificar e traçar estratégias para oportunidades-chave, otimizar estratégias de talentos e garantir que a IA seja implementada de forma responsável.

Fundamentalmente, uma torre de controle de IA garantirá que os humanos permaneçam no centro da transformação digital. Também posicionará os líderes para dar apoio a implantações de IA seguras, confiáveis e éticas, conduzindo políticas e procedimentos apropriados, estratégias de governança e responsabilização e campanhas de treinamento e conscientização.

A GenAI não é a única tecnologia emergente que promove inovações para empresas de tecnologia. As tecnologias edge, cloud e quântica, entre outras, também podem desempenhar papéis fundamentais na transformação digital. Em vez de tratar a GenAI como uma tecnologia isolada, as empresas que integram a GenAI numa transformação tecnológica mais ampla estarão em melhor posição para criar valor sustentado.

Durante o ano passado, o surgimento explosivo da GenAI captou a atenção e a imaginação do público, e as capacidades inovadoras da tecnologia inspiraram as empresas de tecnologia a explorar oportunidades para injetá-la numa série de funções de front e back-office. Os resultados iniciais entusiasmantes destes esforços demonstram como – quando aplicado de forma eficaz – a GenAI pode ajudar as empresas a melhorar os seus produtos e serviços e a gerir os seus negócios de forma mais eficiente.

No entanto, as ferramentas de GenAI trazem alguns desafios, incluindo o fato de poderem consumir muitos custos e recursos. Embora possa ser tentador aproveitar a GenAI para todos os casos de utilização potenciais, as empresas provavelmente serão mais bem servidas se visarem especificamente casos de utilização e oportunidades de transformação de alto impacto e elevado valor, e se considerarem cuidadosamente para onde canalizar os seus primeiros investimentos, pessoal e recursos. Uma boa maneira de começar pode ser desenvolver uma carteira de oportunidades potenciais para aproveitar a GenAI ou incorporá-la nos esforços atuais. Possíveis casos de uso podem então ser avaliados e priorizados com base em métricas, como alinhamento com imperativos de negócios existentes e escalabilidade.

As empresas de tecnologia que pretendam iniciar ou aumentar os seus investimentos em GenAI podem visar um conjunto selecionado de casos de utilização de front-office que podem apoiar o crescimento rentável sem causar ruptura nas estratégias de alocação de capital. Os exemplos podem incluir o aproveitamento da GenAI na codificação de software e o uso de interfaces homem-máquina para acelerar a geração de conteúdo com uma linha direta para a lucratividade.

Os casos de uso de back-office GenAI também podem ajudar a aumentar a produtividade e reduzir custos. Em conjunto com os esforços de front-office, as empresas podem usar a criação de conteúdo com tecnologia GenAI para gerar valor rapidamente em áreas como recuperação e resumo de informações, bem como capacidades de conversação. As funções adequadas a essa abordagem incluem questões jurídicas, conformidade, funcionalidade tributária e sucesso do cliente. Outras oportunidades incluem a otimização do recrutamento através da implantação de ferramentas de IA para atrair, integrar, reter e capacitar talentos.

As capacidades transformadoras das tecnologias emergentes dependem fortemente da coleta e computação de dados ultrarrápidas. À luz do rápido avanço da IA, da proliferação de casos de utilização que exigem processamento ultrarrápido “no limite” e das mudanças contínuas na regulamentação, é imperativo que as empresas de tecnologia otimizem os seus investimentos em infraestruturas digitais para dar suporte a conectividade confiável e capacidades de computação rápidas.

Novos tipos de infraestrutura digital — especialmente conectividade onipresente, de alta velocidade e computação de baixa latência — são requisitos fundamentais para uma ampla gama de novas oportunidades. Embora as empresas de tecnologia possam beneficiar-se do aproveitamento destas capacidades, devem ter cuidado para evitar gastos excessivos em infraestruturas que não sejam adequadas à finalidade. À medida que a “economia periférica” ganha ritmo e escala, as empresas que conseguirem equilibrar os objetivos concorrentes de ativar a infraestrutura digital da próxima geração e permanecerem dentro de restrições de capital cada vez mais rigorosas serão vencedoras. 

O risco de dissociação da cadeia de valor ainda é muito real para as empresas de tecnologia mais focadas em hardware. Como resultado, está em curso uma corrida em subsetores como os semicondutores para realinhar as cadeias de abastecimento de forma a evitar os impactos das turbulências geopolíticas. Um exemplo é a construção de capacidades de produção avançadas nos EUA, o que poderia mitigar alguns dos riscos relacionados com Taiwan. No entanto, a produção avançada é apenas um passo num extenso ecossistema de atividades inter-relacionadas que são essenciais na construção de um chip funcional.

E embora outros países também estejam desenvolvendo as suas capacidades de produção, podem surgir tensões em torno de muitas outras atividades, desde produtos essenciais, como o gálio e o germânio, até ferramentas de produção de missão crítica, software de concepção ou serviços de embalagem e testes.

No EY Global Board Risk Survey de 2023, os eventos geopolíticos e a ruptura da cadeia de valor foram identificados como dois dos três riscos mais proeminentes na agenda dos conselhos de administração das empresas. Neste contexto, estamos presenciando um movimento crescente das empresas de chips para criar operações em mercados emergentes, incluindo a Índia e países da ASEAN, como Singapura, Vietnã, Malásia e Filipinas. Isto reflete uma clara oportunidade para diversificar e expandir as suas operações para longe de áreas geográficas expostas a conflitos comerciais, geralmente começando com atividades como embalagem e testes, com processos mais avançados na sequência, incluindo fábricas de wafer e embalagens avançadas. Para as empresas que servem clientes em todo o mundo, tanto na China Continental como no Ocidente, diversificar ou estabelecer uma cadeia de valor secundária é uma boa forma de reduzir riscos futuros de rupturas comerciais. E embora os investimentos na Índia e nos países da ASEAN atualmente estejam aumentando, outras regiões também tentarão entrar em ação, atraindo operações de empresas de tecnologia.

O uso de IA e LLMs está decolando rapidamente, mas ingressar nesta corrida pode não ser uma tarefa simples. E por que? Por um lado, a demanda por hardware está excedendo a oferta, o que conduz a preços elevados e a uma disponibilidade limitada. Por outro lado, treinar LLMs é demorado e dispendioso, e requer conjuntos de dados muito grandes que podem não ser facilmente acessíveis. Além disso, a personalização e a implementação destes serviços requerem competências e talentos escassos. Todas essas questões surgem quando uma empresa de tecnologia enfrenta a decisão de comprar ou construir em torno do desenvolvimento de novos serviços e da velocidade de lançamento no mercado.

A experiência passada demonstra que aquisições e negócios podem ajudar a acelerar o desenvolvimento. No entanto, os obstáculos de regulamentação para negócios em IA são relativamente elevados por duas razões. Em primeiro lugar, a repressão geral ao comportamento anticompetitivo no setor significa que os negócios – especialmente os grandes – atrairão maior escrutínio. Em segundo lugar, as tensões geopolíticas e os litígios comerciais internacionais estão criando barreiras à negociação, notadamente em subsetores como os semicondutores e a IA. Os acordos transfronteiriços de IA que requerem revisão e aprovação da Comissão de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu (INTA) ou de organismos semelhantes serão mais difíceis de serem fechados. Diante disso, o potencial para negócios ainda existirá, dado que a natureza de plataforma das empresas de tecnologia modernas indica que haverá muitas empresas ágeis e atraentes com modelos de negócio baseados nos ecossistemas de IA existentes.

Portanto, acreditamos que a melhor forma de expandir a IA é através de uma combinação de aquisições de pequeno e médio portes, investimentos empresariais e parcerias. As aquisições ajudarão as empresas a acessar a propriedade intelectual e o talento e as competências necessárias para desenvolver novas propostas com rapidez. Os investimentos empresariais ajudarão com “planos a longo prazo” em novas tecnologias, desenvolvendo diferentes roteiros para aplicações futuras que podem não parecer viáveis hoje; e as parcerias proporcionarão acesso imediato a conjuntos de dados, serviços e mercados necessários para buscar novas oportunidades.

Os modelos de negócios de plataforma tornaram-se o procedimento operacional padrão em todo o setor de tecnologia. Ao utilizar estratégias de plataforma para interagir com os clientes e vender os seus produtos e serviços, as empresas de todos os subsetores descobriram que podem aumentar a escala, explorar capacidades e redes externas e capitalizar as oportunidades dos mercados emergentes. Ao mesmo tempo, os ecossistemas multipartites no centro das estratégias de plataforma apoiam a criação de valor mais eficaz e a colaboração mutuamente benéfica entre empresas, até mesmo entre concorrentes. Mais de metade das empresas de tecnologia acreditam que o seu modelo de plataforma as ajudará a aumentar a proximidade e o envolvimento com os seus clientes e a aumentar as suas receitas e lucros, de acordo com o 2023 EY Platform Economy Transformation Study.

Os modelos de negócios de plataforma também são fundamentais para a revolução da GenAI. As empresas de tecnologia estão entrando no mercado com plataformas GenAI e integrando recursos GenAI desenvolvidos externamente em suas operações internas. Os desenvolvedores de LLM estão usando modelos de plataforma para apoiar o uso generalizado e a melhoria contínua de suas ofertas. Os fabricantes de hardware e semicondutores estão formando parcerias de plataformas e ecossistemas para construir e implementar a infraestrutura necessária para a utilização em larga escala da GenAI. E as empresas que estão na vanguarda da utilização da GenAI para fins empresariais, incluindo assistentes inteligentes internos, estão renovando as suas estratégias de plataforma para fornecer estas capacidades de forma segura e eficaz aos seus usuários.

Como destacam estes exemplos, o setor tecnológico está passando por um período de transição e reinvenção. Durante esse período, as empresas que adotarem uma abordagem orientada para o propósito para acelerar a implementação ou evolução do seu modelo de negócios de plataforma, inclusive a sua estratégia de dados, estarão melhor posicionadas para capturar valor. No futuro, à medida que a IA desencadeia novas convulsões e oportunidades em toda a indústria e as empresas competem por participação de mercado e influência, a capacidade de implementar uma plataforma robusta e diversificada será um atributo fundamental para diferenciar os vencedores.

O sistema fiscal e tributário global em vigor a partir de 1 de janeiro de 2024 terá camadas significativas de complexidade — e os impactos para as empresas de tecnologia irão muito além dos seus departamentos de impostos. Os intervenientes que hoje pensam de forma proativa e agem de forma completa e holística para otimizar os seus perfis fiscais e tributários ganharão uma vantagem sobre os seus concorrentes cujo tempo de resposta é mais lento.

As alterações fiscais e tributárias recebidas são significativas porque o Pilar 2 do BEPS 2.0 da OCDE terá impacto nas empresas de tecnologia de múltiplas maneiras. Incluem, entre outros, um aumento da carga tributária global em dinheiro, a colocação de talentos e ativos funcionais na cadeia de valor, estratégias ESG em toda a cadeia de valor e comprometimento de custos e recursos associados ao cumprimento dos impostos mínimos globais. Na verdade, a introdução de disposições fiscais globais mínimas representa, sem dúvida, a maior e mais perturbadora mudança no ambiente regulamentar desde há gerações.

As empresas de tecnologia com presença global, uma estratégia de plataforma entre jurisdições, uma base de usuários distribuída e uma cadeia de valor complexa poderão beneficiar-se particularmente de uma preparação minuciosa e cuidadosa para as mudanças. Ser proativo na avaliação e resposta aos novos requisitos será vital para enfrentar a tempestade e minimizar as perturbações nos seus negócios. A nova alíquota mínima global de imposto sobre a renda é de 15%, a partir de 2024: as grandes empresas de tecnologia têm a oportunidade de estruturar as suas cadeias de valor globais e apoiar as operações de forma a atingir 15% nas jurisdições em que atuam e, como resultado, liberam capital de giro para investir em seus negócios.

O caminho para a neutralidade em carbono é longo e tortuoso, com diferentes regiões e setores a percorrê-lo em velocidades diferentes. E completar esta jornada é especialmente vital para o setor tecnológico, dado, em primeiro lugar, que há uma pegada ambiental significativa por conta própria e, em segundo lugar, que o mundo depende do setor para fornecer ferramentas para a redução de carbono. Muitas empresas de tecnologia já se comprometeram com metas relativas ao carbono. Mas com orçamentos limitados e margens sob pressão, é importante considerar em que ponto as empresas devem começar — e o que devem priorizar.

Existem muitas áreas potenciais nas quais se concentrar: a redução de resíduos, a reciclagem, a substituição de produtos químicos tóxicos, a utilização de energia sustentável e a redução da poluição da água podem trazer benefícios. Mas sem menosprezar estes esforços, acreditamos que neste ano as empresas de tecnologia deverão concentrar-se particularmente na melhoria da eficiência energética das centrais de dados (data centers). Até o momento, o crescimento no número e no tamanho dos data centers tem sido impulsionado pela quantidade cada vez maior de dados criados em nível corporativo e individual, alimentado por fatores que incluem transformações digitais, migrações para a nuvem e uso crescente de dispositivos de ponta e redes sociais. meios de comunicação. Esses data centers consomem uma quantidade cada vez maior de energia elétrica. No entanto, uma aceleração ainda maior no uso de energia dos data centers é agora iminente, desencadeada pela enorme capacidade de computação e armazenamento necessária para treinar LLMs ou executar sistemas inteligentes. Em 2027, a IA poderá consumir tanta eletricidade como um país do tamanho da Holanda. E a demanda não para de crescer.*

Agora é o momento para as empresas de tecnologia investirem e colaborarem com fornecedores de equipamentos de energia para desenvolverem formas novas e inovadoras de alimentar os seus centros de dados. Tornar os centros de dados mais eficientes em termos energéticos diminuirá o impacto de quaisquer crises energéticas futuras e trará redução dos custos de produção de serviços digitais no curto prazo. E os esforços também serão recompensados a longo prazo, uma vez que, no caminho para o carbono zero, a energia que não é utilizada não tem de ser descarbonizada.

Quanto você valorizaria a capacidade de antecipar o próximo evento de cisne negro? O que será, quando ocorrerá e como afetará seus negócios? Essas questões podem parecer hipotéticas. Contudo, a pandemia da COVID-19 mostrou-nos que eventos perturbadores desencadeiam novos eventos, que criam riscos e oportunidades, e que algumas empresas de tecnologia estavam muito mais bem posicionadas para lidar com a situação do que outras. Estar bem preparado e responder adequadamente pode fazer a diferença entre uma empresa que luta, trimestre após trimestre, para se manter à tona ou se expande rapidamente à medida que novos mercados se abrem.

Tendo isto em mente, as empresas de tecnologia estão ansiosas por melhorar a sua capacidade de enfrentar os riscos emergentes – uma tarefa que se fez ainda mais urgente devido ao aumento da lista de riscos emergentes que o setor enfrenta. Disputas comerciais, conflitos geopolíticos, alterações fiscais e legislativas, intervenções governamentais, crimes cibernéticos e regulamentações de proteção de dados apresentam riscos que são especialmente relevantes para o setor, além de riscos mais gerais, como eventos climáticos, riscos financeiros, a próxima pandemia e a manutenção do ritmo de inovação diante dos concorrentes. Além disso, a natureza global e integrada das cadeias de valor de tecnologia significa que uma única ruptura pode ter repercussões em toda a cadeia de valor.

Do ponto de vista individual, estes riscos podem ser monitorados e geridos por meio da coleta e análise de dados – e de forma ainda mais eficaz quando melhorados com IA. No entanto, vários riscos podem ocorrer de forma simultânea ou influenciar-se mutuamente. Esta possibilidade significa que a avaliação avançada dos riscos e o planejamento de cenários são vitais para determinar a exposição de uma empresa tecnológica a combinações de, por exemplo, sanções comerciais, eventos climáticos, instabilidade regional, aumento da regulamentação e escassez na cadeia de abastecimento. Equipadas com informações sobre estas categorias de risco, as empresas devem rever a seu apetite pelo risco e também a forma como gerem os complexos compromissos entre custos, riscos, resiliência e agilidade. Quando o próximo cisne negro chegar, as empresas que hoje investem em ferramentas avançadas de risco ficarão satisfeitas por terem feito isso. 

Embora as tecnologias emergentes, como a GenAI e as tecnologias quânticas, ofereçam muitos benefícios às empresas, também estão mudando radicalmente a natureza das ameaças cibernéticas e ampliando os riscos que representam. O fato de as empresas de tecnologia tenderem a deter grandes volumes de dados e a manterem uma conjunto substancial e complexa de sistemas técnicos as faz especialmente expostas a ameaças cibernéticas tradicionais e emergentes.

Durante anos, as empresas de tecnologia que investiram em capacidades avançadas de detecção e resposta a ameaças conseguiram resistir melhor aos ataques cibernéticos. O mesmo se aplica na era da GenAI e das tecnologias quânticas, onde as empresas podem utilizar estas tecnologias avançadas para melhorar as suas defesas cibernéticas e diferenciar-se dos seus concorrentes.

Ao investir em comunicações quânticas e em criptografia pós-quântica — e em talentos capazes de desenvolver e implementar estas tecnologias — as empresas podem preparar-se para um futuro próximo em que a criptografia tradicional já não será suficiente. Assim como os agentes mal-intencionados que utilizam a computação quântica serão capazes de penetrar em sistemas de segurança desatualizados com rapidez e facilidade, também as empresas que utilizam tecnologias quânticas para se defenderem serão mais capazes de combater e afastar os ataques.

A GenAI também tem um papel a desempenhar. Nos dias de hoje, as empresas de tecnologia podem utilizar a GenAI para esclarecer os seus processos de negócio, compreender melhor as suas operações e classificar e rotular com precisão os seus dados e sistemas. Isto beneficia as suas defesas cibernéticas porque os sistemas de dados não classificados, os dados empresariais não rotulados e a dívida técnica – códigos e estoques tecnológicos desatualizados – são três vulnerabilidades principais que os atacantes cibernéticos podem explorar. A utilização de métodos tradicionais para reduzir a complexidade e a opacidade dos sistemas e processos de dados de back-office seria dispendiosa e demorada. Lidar com estes fatores de risco cibernético de forma automatizada através da GenAI pode mitigar os riscos cibernéticos de forma mais rápida, mais abrangente e com menor custo.