Só 31% dos Conselhos de Administração consideram muito eficaz supervisão de riscos da transformação digital

4 Minutos de leitura 9 jan 2024
Por Agência EY

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4 Minutos de leitura 9 jan 2024

A evolução da tecnologia ocorre em um ritmo nunca antes visto, com o advento da inteligência artificial generativa e do metaverso, o que traz para as empresas implicações regulatórias e crescimento dos riscos cibernéticos, aponta estudo da EY

Somente três a cada dez Conselhos de Administração (CAs) consideram muito eficaz sua supervisão de riscos oriundos da transformação digital, de acordo com o Global Board Risk Survey, produzido pela EY. Já 19% reconhecem que esse trabalho é pouco ou nada eficaz. O trabalho principal dos conselheiros é assegurar que as organizações estão no ritmo correto de adoção das tecnologias considerando o nível de exposição aos riscos. Apenas 40% dos CAs estão muito confiantes de que compreendem os maiores riscos de cibersegurança enfrentados por suas organizações. E apenas um terço tem essa mesma confiança em relação ao tempo dedicado para a discussão sobre riscos cibernéticos. A constatação do levantamento é que as organizações correm sério risco de sofrer algum incidente que possa comprometer sua reputação perante os stakeholders, com reflexos no desempenho financeiro. 

O estudo entrevistou 500 conselheiros de administração de organizações com receitas anuais superiores a US$ 1 bilhão de vários setores econômicos. Os resultados, obtidos nos últimos três anos, revelam como os conselheiros estão supervisionando a gestão de riscos corporativos, com foco nas ações para melhorar a supervisão dessas ameaças e impulsionar objetivos transformacionais de negócio

A evolução tecnológica em ritmo nunca antes visto, com o surgimento de tecnologias como inteligência artificial e metaverso, tem trazido uma série de desafios para as empresas sobre como lidar com essas inovações. As implicações regulatórias e o crescimento dos riscos cibernéticos são dois desses riscos provenientes do contexto de transformação digital. Na União Europeia, por exemplo, proposta para regulação da IA prevê que as organizações paguem multas de até 30 milhões de euros pelo uso de sistemas de IA que violem a segurança das pessoas e os direitos humanos.

Ameaças cibernéticas

Para mensurar a confiança dos Conselhos de Administração em relação à supervisão do risco tecnológico, o levantamento apresentou aos conselheiros algumas afirmações. Sobre a compreensão dos investimentos-chave em tecnologia e transformação digital, como IA e metaverso, 52% dos CAs altamente resilientes disseram que estão muito confiantes a respeito. Apenas 20% dos menos resilientes tiveram essa percepção. 

Em relação ao entendimento das maiores ameaças de cibersegurança para suas organizações, 49% dos altamente resilientes afirmaram que estão muito confiantes a respeito – ante 29% dos menos resilientes. Já sobre os processos para gerir a privacidade dos dados e contornar vazamentos de dados, 48% dos altamente resilientes disseram estar muito confiantes a respeito – ante 26% dos menos resilientes. Sobre as medidas adotadas para mitigar o impacto do viés algorítmico na tomada de decisões ou na geração de resultados, a proporção foi 49% para os altamente resilientes e apenas 21% para os menos resilientes.

Por resiliência, o levantamento considerou a capacidade de as organizações se anteciparem, se prepararem, responderem adequadamente e se adaptarem a uma mudança sensível no ambiente de negócios. Como principais responsáveis pela gestão do risco, os conselheiros desempenham papel crucial na construção dessa resiliência. É seu papel auxiliar os executivos C-Level a identificar mudanças no ambiente de negócios, supervisionando como a organização reconhece essas transformações e responde aos riscos e oportunidades. Para criar valor a longo prazo, as empresas precisam da confiança dos clientes, colaboradores, investidores, membros da comunidade em que estão inseridas, reguladores, entre outros públicos. A resiliência é requisito indispensável para construir confiança.

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