Soluções baseadas na natureza reduzem vulnerabilidade às mudanças do clima

3 Minutos de leitura 1 jun 2023
Por Agência EY

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3 Minutos de leitura 1 jun 2023

No podcast EY Futuro, líder de ESG da EY conversa com a vice-presidente do IPCC sobre como implementar essas soluções com eficiência e qual o papel das empresas

O sócio da EY e líder de ESG e sustentabilidade para a América Latina Sul, Ricardo Assumpção, conversa com Thelma Krug, atualmente vice-presidente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima) e indicada pelo governo brasileiro para presidir esse órgão da ONU (Organização das Nações Unidas), no segundo episódio da nova temporada do podcast EY Futuro. O programa aborda as “soluções baseadas na natureza” ou nature based solutions, como são conhecidas no mundo inteiro.

“Essas soluções estão voltadas para aumentar a resiliência dos sistemas e das pessoas, reduzindo a vulnerabilidade em relação aos efeitos adversos das mudanças climáticas. A vertente mais forte é no bem-estar das pessoas, com um portfólio de ações que incluem a parte terrestre, inclusive as florestas, e aquática, contemplando os oceanos. Espaço, ainda, para ações de reflorestamento, que se mostram relevantes no contexto de captura dos gases do efeito estufa”, destaca Krug.

Para Assumpção, os negócios, muitas vezes, caminham, assim como os governos, sem levar tanto em conta a ciência, apostando em soluções que talvez não sejam as mais eficientes para combater os efeitos das mudanças climáticas. Esse comportamento prejudica a busca de soluções adequadas para cumprir as metas do Acordo de Paris. Nos últimos tempos, segundo Krug, o mundo de fato perdeu o foco na crise climática, ainda que exista preocupação com o tema. Isso porque houve uma série de acontecimentos que exigiu esforço global, como a pandemia, a guerra entre Rússia e Ucrânia e, mais recentemente, o devastador terremoto na Turquia e Síria.

“De certa forma, essas emergências globais desviaram o financiamento que poderia ser destinado para apoio às medidas de mitigação nos países em desenvolvimento, que são aqueles que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas”, observa a especialista. “O global sul é realmente a região mais impactada pelos problemas advindos do clima, mas percebemos que a maior parte dos recursos do G20 é destinada para seus próprios países”, complementa Assumpção.

Por fim, para Krug, “o que falta mesmo a todos os envolvidos com o clima é não se iludir com respostas simples a problemas que são sempre complexos. Soluções baseadas na natureza só serão realmente eficientes quando você souber onde implementá-las. Nesse trabalho, as empresas, por exemplo, precisam ter apoio dos institutos de pesquisa que sejam capazes de modelar os eventuais impactos climáticos na região que receberá determinada solução baseada na natureza. Esses pesquisadores devem ajudar as empresas a tomar decisões embasadas, tendo o risco climático no horizonte”.

Ouça aqui o episódio “Nature based solutions”.

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