4 Minutos de leitura 2 set 2020
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Como as questões ambientais, sociais e de governança irão moldar o seu futuro?

Por EY Brasil

Ernst & Young Global Ltda.

4 Minutos de leitura 2 set 2020

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Por Mariana Faria, Gerente Sênior de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas da EY

Oinvestimento em ESG (Environmental, Social and Governance) é um requisito imperativo tanto para a atualidade quanto para o futuro. Essa é a conclusão apontada pela publicação “Fifth global institutional investor survey – How will ESG performance shape your future?, lançada pela EY em julho deste ano, que traz as quatro principais razões para esta visão: a maior aposta nas questões ambientais, sociais e de governança, por parte dos investidores; a desconexão entre o desempenho de ESG e a necessidade de dados concretos e padronizados; o uso destas informações para determinar o valor de um negócio; e o futuro da performance em ESG com base em transparência e credibilidade.

No entanto, para atuar nestas questões, é necessário que as empresas tenham a adequada visão, gestão e o reporte de riscos de ESG aos quais estão expostas. É de suma importância que as companhias tenham ciência das ameaças associadas a estas questões, assim como seus investidores, e que consigam entender as possíveis crises às quais estarão sujeitas caso não consigam realizar uma gestão adequada dos riscos relacionados.

 De acordo com o Relatório de Riscos Globais 2020, do Fórum Econômico Mundial, os riscos referentes ao meio ambiente assumiram, pela primeira vez, as cinco primeiras posições do ranking no quesito probabilidade, além de serem listados como primeiro, terceiro e quarto lugares no quesito impacto. Vale ressaltar que a falha nas ações para as mudanças climáticas assumiu as posições 1 e 2 para impacto e probabilidade, respectivamente.1

Figura 1: Panorama dos Riscos Globais 2020, Fórum Econômico Mundial.

Fonte: Relatório de Riscos Globais 2020, do Fórum Econômico Mundial.

Segundo a pesquisa mais de 200 das maiores empresas do mundo estimaram que as mudanças climáticas custariam a elas um total de quase US $ 1 trilhão, no caso de uma inércia em relação à questão. Ao mesmo tempo, elas reconhecem que há oportunidades significativas, desde que estratégias certas sejam colocadas em prática. Não só as maiores empresas do mundo, mas os bancos centrais vêm as mudanças climáticas como um risco sistêmico para o mercado de capitais global e reconhecem que “nenhuma ação” não é uma opção1.

Mais de 40 bancos já estão examinando como as mudanças climáticas podem ser integradas em seus aspectos econômicos e financeiros. De acordo com o Banco da Inglaterra, empresas de indústrias com base em matrizes não renováveis podem ir à falência se não entenderem o risco de seus modelos de negócio se tornarem obsoletos, à medida que os investimentos seguem para alternativas de emissão líquida zero de carbono1.

A comunidade de investidores também está respondendo aos riscos climáticos, com um desenvolvimento notável recentemente, o lançamento da Net-Zero Asset Owner Alliance, convocada pela ONU1.

Para endereçar estes riscos é necessário melhorar a conexão entre dados financeiros e não financeiros – investidores consideram que há um abismo entre eles; construir uma abordagem mais robusta para os riscos de ASG – investidores vêm o framework do TCFD (Task Force on Climate-related Financial Disclosures) como uma abordagem valiosa para divulgação dos riscos e, adquirir maior disciplina nos processos e controles dos relatórios não financeiros, de forma a gerar credibilidade e confiança ao investidor – basear-se em métricas específicas dos investidores, valorizadas por eles e dentro da lósgica de análise.

É primordial que governos e empresas identifiquem e priorizem os riscos, desenvolvendo métricas e estratégias para gerenciá-los. Isso se tornará essencial não só para redução das emissões, mas também para desenvolver estratégias de adaptação coerentes, incluindo infraestrutura à prova de clima, preenchendo a lacuna de proteção do seguro e aumentando financiamentos de adaptação público e privado1.

Mariana Faria é Gerente Sênior de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas na EY.

 

Fontes:

1 Relatório de Riscos Globais 2020, do Fórum Econômico Mundial.

Fifth global institutional investor survey – How will ESG performance shape your future?

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Resumo

Pesquisa  “Fifth global institutional investor survey – How will ESG performance shape your future?”,  lançada pela equipe de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas da EY mostra porque investidores estão fazendo das questões ambientais, sociais e de governança (ASG) um requisito imperativo para o hoje, o amanhã e além.

Sobre este artigo

Por EY Brasil

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