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O papel dos conselhos no reposicionamento da função de compliance como um ativo estratégico

Por Roberta Martinho e Eryta Karl, da área de Forensic & Integrity Services da EY Brasil


Atualmente, as empresas enfrentam um cenário desafiador, marcado por pressões para redução de custos, incertezas econômicas e a necessidade de adaptação rápida às mudanças regulatórias e do mercado. Em momentos como este, muitas organizações priorizam resultados imediatos, o que pode comprometer a integridade. Embora isso possa gerar ganhos de curto prazo, como aumento temporário de lucros ou redução de custos, pode resultar em consequências negativas a longo prazo, incluindo danos à reputação, perda de confiança dos stakeholders e potenciais sanções legais.

Com o ambiente de negócios se tornando cada vez mais complexo e dinâmico, os conselhos precisam estar prontos para guiar suas organizações, adotando uma mentalidade de antecipação e adaptação. A integridade deve ser um princípio orientador nessa jornada, pois é fundamental para a construção de uma cultura organizacional sólida e confiável. A transição de um compliance reativo para um compliance proativo, que antecipa e previne riscos de integridade, é essencial nesse contexto. Uma função de compliance robusta garante que a empresa esteja em conformidade com as regulamentações e promove práticas éticas que sustentam a integridade em todas as operações.

Os conselhos devem desempenhar um papel relevante na promoção de uma cultura de compliance que minimize riscos e crie valor estratégico. Ao sinalizar a importância do compliance, os conselhos estabelecem um exemplo que influencia diretamente a prioridade que os executivos e gestores de área darão ao tema. Essa liderança reforça a responsabilidade compartilhada em toda a organização e promove um ambiente colaborativo em que as práticas de compliance são vistas como parte integrante do sucesso organizacional.

Essa transformação fortalece a posição da empresa no mercado e promove um legado de integridade e responsabilidade que ressoa com os stakeholders e a sociedade como um todo.

Resumo

Diante de um cenário econômico desafiador, as empresas precisam reavaliar sua abordagem em relação ao compliance. Os conselhos devem promover uma cultura de compliance proativa, que antecipa riscos e assegura a integridade organizacional. Essa mudança não apenas minimiza riscos e potenciais sanções legais, mas também fortalece a reputação da empresa e cria valor estratégico, estabelecendo um legado de responsabilidade que ressoa com stakeholders e a sociedade.