Comunicado de imprensa

2 mai 2022

Mercado global de IPOs desacelera no primeiro trimestre de 2022, diz EY

Apesar de janeiro ter sido o mês com o melhor resultado em 21 anos, os volumes globais de IPOs caíram 37% em 2022

Contato de imprensa
EY Brasil

Ernst & Young Global Ltda.

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São Paulo, 2 de maio de 2022 - Após o mundo ter obtido níveis recordes em operações de IPO em 2021, as condições voláteis do mercado resultaram em uma desaceleração significativa no primeiro trimestre de 2022, segundo dados do estudo EY Global IPO Trends. Impulsionado pelo quarto trimestre do ano passado, o mês de janeiro foi o que apresentou melhor resultado em termos de receitas e rendimentos nos últimos 21 anos.

Em fevereiro, as estatísticas do mercado global mudaram drasticamente a trajetória do trimestre, registrando apenas 321 negócios no período, equivalentes a US$ 54,4 bilhões em volume - o que equivale a uma queda de 37% em transações e 51% em volume na comparação com o ano anterior, respectivamente.

O cenário brasileiro

No Brasil, o cenário não foi diferente. O país vinha de um movimento muito grande de transações nos anos anteriores, mas que perdeu força nos últimos meses. O mercado brasileiro de IPOs parou em 2022, quando dezenas de empresas cancelaram ou adiaram seus planos de abrir o capital. Segundo levantamento da EY, a volatilidade no mercado brasileiro deverá continuar em alta devido à inflação, às taxas de juros elevadas, considerando, ainda, o período de eleições e as consequências das tensões geopolíticas internacionais.

Em 2021, foram realizadas 46 transações de IPO no Brasil, movimentando, aproximadamente, R$ 65,6 bilhões. O setor de programas e serviços foi o que obteve o melhor resultado no país, com oito transações que geraram R$ 6,8 bilhões. Em segundo lugar, ficou o setor da saúde, gerando R$ 4,8 bilhões com apenas três operações, enquanto o setor de segurados, que teve apenas uma única transação, conseguiu R$ 4,3 bilhões. No primeiro trimestre de 2022, nenhuma transação de IPO foi realizada no país.

Para Flávio Machado, sócio-líder de IPO e Assessoria em Contabilidade e Finanças da EY, os cenários global e nacional influenciaram essa queda. “O ano de 2022 começou muito fraco, se compararmos com o primeiro trimestre de 2021. Isso aconteceu em decorrência de diversos fatores de mercado, como o aumento da inflação e o aumento dos juros como medida para conter esse avanço. Em um ano de eleições, isso acaba aumentando a volatilidade.”

A desaceleração repentina pode ser somada ainda às questões geopolíticas, como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, com o consequente aumento do preço-base do barril de petróleo, o aumento dos preços de energia e de certas commodities, pressionando ainda mais a inflação e gerando alta nas taxas de juros globais.

Segundo Machado, é possível que haja alguma recuperação dos IPOs após as eleições, com expectativas de que certas transações que ficaram adiadas possam ser retomadas, desde que haja melhora dos cenários de riscos internos e externos. Setores de infraestrutura, saneamento ou energia podem puxar algumas transações de IPO ao final do ano. Enquanto isso, diversas negociações de fusões e aquisições estão ocorrendo no país, inclusive com o envolvimento de startups. As empresas continuam se preparando para quando o momento for favorável.

Desempenho geral das Américas

O continente americano registrou 37 ações de IPO no primeiro trimestre de 2022, movimentando US$ 2,4 bilhões, o que equivale a uma queda de 72% no número de ações e de 95% na movimentação financeira em relação ao ano anterior.

Nas Américas, a área da saúde liderou o número de negócios e ficou em segundo lugar em receitas, perdendo apenas para o setor financeiro, que, com um único grande acordo, ficou em primeiro lugar nos lucros. O setor de materiais foi o segundo melhor em volume de negócios, impulsionado apenas pela bolsa canadense. É esperado que os IPOs aumentem à medida que o ano avança, porque mais de 25% dos mais de 600 SPACs ativos, muito populares no mercado financeiro americano, expiram no final deste ano, enquanto outros 60% vão expirar no primeiro semestre de 2023.

Mudança no desempenho global

Mesmo com uma queda de 16% no volume, a região denominada como Ásia-Pacífico, teve o maior número de transações totais. Foram 188 no total, resultando em uma receita de US$ 42,7 bilhões, equivalente a um aumento de 18%. Já a região da EMEA (Europa, Oriente Médio e África) registrou 96 IPOs, equivalente a uma queda de 38% em transações na comparação com 2021 e de 68% em receita (US$ 9,3 bilhões).

Em todo o mundo, os setores de tecnologia e de materiais lideraram em número de IPOs com 58 cada, levantando US$ 9,9 bilhões e US$ 5,9 bilhões, respectivamente. A área de tecnologia se manteve em primeiro lugar em números de negócios pelo sétimo trimestre consecutivo, ficando apenas em segundo lugar em receitas, após registrar, durante sete trimestres consecutivos, os maiores lucros do IPO no globo.

O setor de energia assumiu a liderança global em termos de receitas, com US$ 12,2 bilhões, por meio de 15 IPOs, sendo o maior deles tendo sido realizado no primeiro trimestre na bolsa coreana (Korean Exchange), enquanto o setor de telecomunicações ficou em terceiro, movimentando US$ 8,6 bilhões por meio de seis IPOs realizados. Segundo o levantamento da EY, as perspectivas para o segundo trimestre de 2022 ainda são desafiadoras, pois muitas incertezas ainda irão permanecer no ambiente socioeconômico, mantendo o mercado volátil e frágil.

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